Erenice no top do Twitter

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Na Veja Online:

A saída de Erenice Guerra da chefia da Casa Civil, após revelação de reportagem de Veja desta semana de que o filho dela fizera tráfico de influência junto à pasta, ganhou rapidamente o Twitter – e o mundo.

O nome da ex-ministra, que era braço-direita da candidata petista à Presidência Dilma Rousseff quando esta ocupava a Casa Civil, atingiu, no início da tarde desta quinta-feira a primeira posição nos Trending Topics do microblog.

Boa parte dos tweets compartilhados por usuários mostrava indignação com o episódio ocorrido no governo federal.


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3 Responses to Erenice no top do Twitter

  • É uma tristeza a sociedade deparar mais um desserviço à exemplar, inclusive para o mundo, gestão do presidente Lula. É complicado para o presidente, pois é muito difícil saber quem é quem no meio da escolha para ser seus auxiliares, muitas vezes saída de acordo político, fato que ocorre em todos os governos democráticos do mundo. Na minha modesta opinião, para a escolha de um auxiliar de primeiro escalão, e outros escalões também, deveria se levar conta a vida ilibada até à última gota de sangue da cava da honestidade e da ética do felizardo. Infelizmente, a Erenice Guerra enfrenta um inferno astral de acusações envolvendo membro de sua família no chamado tráfico de influência. Azar dela, porque os fatos estão no furacão eleitoral, um momento reservado para o vale tudo, salve-se quem puder. Podem esperar, ainda vem mais batata quente por aí. É bom saber separar o joio do trigo. Ainda bem que o barco do Ficha Limpa está a todo vapor, mesmo enfrentando banzeiro forte. E o povo precisa estar do lado do poder Judiciário, porque embora os “subversivos” da ditadura tenham tomado chá de sumiço, os corruptos da democracia dão sinal de que não vão desaparecer tão cedo. Uma pena!

  • https://analisedeconjuntura.blogspot.com/

    A FONTE DA FOLHA

    O jornal Folha de S.Paulo publicou hoje entrevista com Rubnei Quícoli, consultor da empresa EDRB, especializada em energia. O consultor afirma que a empresa de Israel Guerra, filho da ministra da Casa Civil, teria pedido 40 mil reais mensais, durante seis meses, para facilitar um financiamento no valor de 9 bilhões de reais junto ao BNDES. Além do valor, seria cobrada uma comissão de 5% sobre o total do dinheiro. O consultor ainda acusa Marco Antonio Oliveira, ex-diretor dos Correios, de ter cobrado 5 milhões de reais para “pagar a dívida lá que a mulher de ferro tinha”.

    Quícoli, fonte das informações, já foi condenado em São Paulo por receptação e coação. Em 2000, foi preso com dinheiro falso em um posto de gasolina em Campinas. Em 2007, passou 10 meses na cadeia pelo crime. Em 2003, foi denunciado por “ocultar em proveito próprio e alheio” uma carga roubada de condimentos.

  • https://analisedeconjuntura.blogspot.com/

    Para atacar o centro do poder e da coligação lulo-dilmista, a velha mídia se aliou a um empresário que já passou dez meses na cadeia.
    Nassif explicou aqui quem é o empresário que serviu de “fonte” para a “Folha”, na nova denúncia a envolver o nome da (agora) ex-ministra Erenice Guerra.
    O tal empresário narra episódios ocorridos há meses e que, convenientemente, resssurgem agora – do nada – em plena reta final da eleição.
    Acho normal que a imprensa vasculhe as relações de personagens próximos aos principais candidatos. É a tal função fiscalizadora do poder. O curioso é saber: por que a fiscalização é unilateral? Nos velhos jornais e revistas, nenhuma palavra sobre Ricardo Sérgio, sobre Preciado e tantos outros personagens próximos a Serra. Leandro Fortes escreveu aqui sobre o silêncio generalizado – na velha mídia – a respeito da denúncia que ele, Leandro, levou ás páginas da CartaCapital: mostroucomo a empresa de Verônica Serra, a Decidir, quebrou o sigilo de milhões de brasileiros.
    Esse é o jogo. Sujo. Por isso, desde que Dilma passou Serra nas pesquisas, dedico-me a escrever aqui: calma, gente. Serra está em queda, a mídia já nao tem tanto poder. OK. Mas, juntos, podem sim provocar estragos. Meus argumentos estão num texto intitulado “Sobre fábulas e o menosprezo”.
    Acabamos de ver comprovada minha tese. O governo Lula aceitou a pressão midiática, e Erenice se demitiu.
    A “Folha” derrubou Erenice. Esse é o fato. Um jornal que perdeu muita força, mas que hoje – como “produtor de conteúdo” para as edições do “JN” e para os programas de Serra na TV – ainda tem algum peso.
    As pesquisas mostram que grande parte do eleitorado não muda o voto em Dilma por conta do escândalo. Isso é fato.
    Outros fatos:
    – nas camadas médias, entre eleitores mais escolarizados e com renda mais alta, Dilma caiu sim após o bombardeio; se dependesse apenas desse segmento, a eleição iria pra segundo turno;
    – nos setores populares e mais próximos do lulismo, a tática do escândalo não pega; o que poderia pegar é o terror religioso; e isso está em marcha, como escrevi aqui; nos últimos dias, tive relatos de gente que, no trabalho, já começou a ouvir de colegas (de origem humilde) que “o pastor pediu pra não votar na mulher do Lula, porque ela é a favor do aborto”.
    Isso quer dizer o que? Por agora, os números indicam vitória no primeiro turno, e Serra ainda tem que pagar um preço alto por bater tanto: cresce a rejeição a ele. Isso é um “meio” problema. Para Serra forçar o segundo turno, basta que Dilma perca votos – mesmo que o tucano não os ganhe. Para isso, existe Marina Silva. Ela é claramente contra o aborto, evangélica, pode receber parte dos votos que Dilma venha a perder se a campanha do terror religioso prosperar.
    Vamos aos números. No DataFolha (com resultado muito parecido ao do Sensus), Dilma tem 51%, Serra 27% e Marina 11%. Se calcularmos que Plinio e os nanicos cheguem a 1%, teríamos o seguinte quadro: Dilma 51% x Todos os outros 39%. Parece muito, mas não é. A diferença é de 12 pontos. Portanto, bastaria Serra tirar 6 pontos de Dilma, transferindo esse total para Marina, Plinio e para o próprio tucano.
    Como?
    Paulo Henrique Amorim já avisou que Onésimo vem aí. Quem é ele? O tal araponga que a turma do PT – em dado momento- teria tentado contactar (e contratar?). Onésimo conversou com a “Veja” essa semana.
    Portanto, teremos nos próximos dias o seguintes quadro:
    – governo ainda a sangrar pelo escândalo de Erenice e a saída da ministra;
    – novas denúncias do consórcio “Veja”/”Folha”, que ganharão farto espaço no “JN”;
    – campanha terrorista nas Igrejas.
    Serra não precisa de muito pra forçar o segundo turno: basta que ele chegue a 29%, Marina suba para 15% e Dilma caia para 45%.
    Impossível? Eu não acho. Tenho dito isso há 3 meses. Ainda mais porque parte do eleitorado dilmista pode ter dificuldades com a exigência de dois documentos para votar.
    O governo Lula não enfrentou o PIG durante 8 anos. Franklin Martins teve um papel importante, democratizando em parte o acesso às verbas públicas de publicidade. O PIG chiou, a grana agora vai para mais jornais, não só a velha turma. Isso foi feito.
    Mas e o trabalho político e pedagógico de mostrar o que é essa velha mídia? Lula poderia ter travado esse combate. Não o fez. Tentou ganhar no gogó. Em parte teve sucesso, mas mesmo assim precisou encarar segundo turno em 2006 – graças a 15 dias de bombardeio, numa eleição que parecia ganha.
    E se agora vierem mais 15 dias de bombardeio, como em 2006? Vocês acham impossível virar 6 pontos percentuais? O guru indiano, os pastores e padres de direita, os Civita, o Ali Kamel, a família Marinho e o Serra. Nem eu. Lamento estar em péssima compania.
    Como enfrentar esse quadro? Com resposta política dos movimentos sociais. O ato público covocado pelo Barão de Itararé é só um exemplo. Mas falta o ator principal entrar em campo: Lula precisa vir a público e peitar a velha mídia.
    Não o fez durante 8 anos. Fará isso agora em 15 dias? O futuro da eleição pode passar por aí.
    E, para concluri: mesmo que Dilma vença no primeiro turno, terá que pagar um preço altíssimo pelo fato de Lula não ter usado sua força para enfrentar esse complexo midiático – transformado em partido politico. Dilma iniciaria o governo já na defensiva. Encurralada pela velha mídia, e sem o apelo da mística lulista.
    Um quadro político complicado. Mesmo que os números das pesquisas e da economia, hoje, apontem o contrário.

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