
Um dos acusados pela força-tarefa da Perfuga por fraude à licitação e peculato em esquema criminoso contra os cofres públicos da Câmara de Vereadores de Santarém virou servidor do Senado. Ele é genro do ex-prefeito multiprocessado Lira Maia (DEM).
Reinaldo Jati de Sousa ocupa o cargo comissionado de “ajudante parlamentar” no gabinete do senador paraense Jader Barbalho (MDB). De acordo com o Portal de Transparência do Senado, Reinaldo ganhou cerca de R$ 4 mil de salário em setembro.
O genro de Lira Maia está abrigado no Senado há 3 meses. Nesta semana, ele foi visto em Santarém, com esposa e filhos.
Reinaldo é sócio da empreiteira R. Sousa Construção, envolvida em esquema de corrupção montado na Câmara de Santarém por Henderson Pinto (MDB) quando presidiu a Casa no biênio 2013-2014.
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A força-tarefa da Perfuga os acusa de peculato e fraude à licitação. A Justiça bloqueou os bens de Henderson Pinto, atual “governador regional” do Baixo Amazonas — nomeado pelo governador Helder Barbalho, filho de Jader — e de Reinaldo Sousa até 56 mil reais.
“Odiosa prática criminosa“
Neste link, confira o modus operandi da quadrilha envolvida no esquema.
Segundo o juiz do caso, Rômulo Nogueira de Brito, se o esquema for devidamente comprovado até o final do processo, “estaremos diante de odiosa prática criminosa que tem o condão de solapar os cofres públicos”.
Lira Maia é réu condenado em primeira instância em pelo menos 5 processos — a maioria deles por dano ao erário público (desvio de recursos). Não é único da família a virar réu por esse tipo de crime.
Ficha de Reinaldo no Senado
Antes do Senado, Lira Maia arranjou emprego em Brasília (DF) para o genro na Secretaria de Infraestrutura Hídrica, vinculada ao Ministério da Integração Nacional. A contratação foi revelada em novembro do ano passado pelo Blog do Jeso.
Reinaldo Sousa ficou lá até o final do governo Michel Temer. O presidente Jair Bolsonaro, logo depois de tomar posse, o exonerou do cargo.
o Brasil não apenas elegeu um novo presidente como renovou tudo , até a moralidade pública. Agora ninguém pode dizer nada em tais casos se já não tiver sido condenado em última instância e não posso trabalhar de tornozeleira