Ipea diz que cálculo do Tapajós é “irrealista”

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Citado no mais recente artigo do articulista Evaldo Viana (Estado do Tapajós já nasce independente), o pesquisador do Ipea Rogério Boueri escreveu o contraponto, abaixo:

Caro Sr. Jeso Carneiro,

Para começar, os R$ 2,5 bilhões de reais calculados pelo Sr. Evaldo Viana são uma estimativa completamente irrealista, visto que o Estado do Pará como um todo recebeu a título de FPE em 2010 R$ 2,385 bilhões (ver planilha oficial da STN). Como poderia o futuro Estado do Tapajós, sozinho, contando com pouco mais do que 10% da população do Pará inteiro receber mais FPE?

Impossível.

As receitas que calculei foram baseadas na arrecadação atual do Pará, onde as rateio segundo a população e o PIB dos municípios que formariam (ou formarão) o Estado do Tapajós. As estimativas de gastos foram obtidas de acordo com metodologia por mim desenvolvida no seguinte texto para discussão https://www.ipea.gov.br/082/08201008.jsp?ttCD_CHAVE=2966.

Entendo os anseios da população local por melhorias nas sua condições de vida, bem como sei que tal população é frequentemente negligenciada pelo governo estadual. No entanto, a criação de um estado novo implica gastos vultuosos para toda Federação e é uma forma muito cara de se fazer os recursos chegarem a quem realmente precisa.

Estou à sua disposição para esclarecimentos.

Atenciosamente,

Rogério Boueri
DIRUR – IPEA


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42 Responses to Ipea diz que cálculo do Tapajós é “irrealista”

  • TAPAJÓS JÁ….TANTOS OUTROS SOBREVIVERAM E FORAM AJUSTANDO E CRESCERAM….TAPAJÓS JÁ E AGORA….

    1. É, pior não vai ficar, com certeza, mesmo que o governador de Santarém venha ser o atual Senador Flexa Ribeiro, o mais votado na região, Prefeito o atual Deputado Federal Lira Maia, e dentre os Deputados Federal o conhecido Alexandre Von, o que não deixa de ser uma opção considerável. Os Governantes do Estado do Pará, por muito tempo, desprezaram a Região do Oeste do Pará, não permitindo ao menos o escoamento de sua produção através da Rodovia Santarém Cuiabá, foram completamente omissos e ao menos tentaram, junto ao Governo Federal, a viabilização do programo das obras necessárias para recuperação da rodovia, que apesar de existente é inoperante e intrafegável, na maioria de sua extensão, graças à maioria dos políticos inoperantes e interesseiros das administrações passadas.

      Mas não é só, o atual Governo Federal, por não ter maioria no Congresso, encontra-se obrigado e sujeito aos caprichos e interesses dos Partidos Aliados do Governo, citando-se como exemplo a concessão de verbas referentes às Emendas dos Deputados Aliados do Governo, destinadas a utilização em “obras” e “projetos”, que pelo se sabe através da imprensa, na quase maioria das vezes são utilizados em benefício próprio dos parlamentares e ou de pessoas a eles “ligadas”., para que somente assim possa vir a ter os seus interesses aprovados no Congresso.

      Chegou a hora de mudar, mudar de vez, chega de descaso com a Região do Oeste do Tapajós, o Governo agora tem que arcar com a sua parte, mesmo que no início, Srº. Ricardo, tenha ele que inibir o desvio de verbas públicas, como por exemplo os fatos que vem ocorrendo nas áreas da construção e reforma das rodovias do País, como vem noticiando a imprensa diariamente, de um modo geral.

      O Estado do Oeste do Tapajós é uma realidade quer queiram ou não aqueles que dele são inimigos.

  • OS SEPARATISTAS ESTÃO TÃO EUFÓRICOS PRA SEREM IMDEPENDENTES QIUE ME LEMBRA O ADOLESCENTE DOIDO PRÁ CASAR E SAIR DE CASA DESDE QUE O PAPAI PAGUA A CONTA !!! MAS ASSIM????

    1. esse adolescente tem muito mais de vinte anos, vejo o fato muito mais como a história da mãe que embora ter chegado a hora de voar com as próprias asas, ainda o quer nas barras de suas saias.

  • Deveria o Sr. Rogério preocupar-se primeiro com vernáculo. A palavra correta no sentido que empregou é vultoso e não vultuoso.

  • Falando pelo lado emocional mesmo, por favor não empatem nossa esperança, pois como dizia o ilustre Tiririca, “Pior que tá, não fica!!”

  • A preocupação dos economistas deve sim vir junto e ser respeitada, mas também devemos levar em consideração que não cresce quem não investe. Crescer vem acompanhada de gastos e até de dividas.

    Outro ponto, a planilha do Sr. Rogério deveria inserir uma célula contendo os valores de “Prejuizos causados por perda de crescimento”, pode ser estimado mesmo, tenho certeza que será um cálculo ganho fraco pro IPEA levantar, afinal nossas perdas devem obreigatoriamente ser computados.

    O que deixamos de ganhar até agora? ninguem vai calcular isso!

    Não é quando vamos gastar é quanto vamos investir para ganhar, essa é a visão. Tá na hora dos grandes centros pagarem alguma conta para a região.

    Telma

  • Jeso,
    Sobre o assunto é bastante oportuna a matéria postada hoje, 13/06, no blog do Manuel Dutra com o título Tópicos Plebiscitários.

  • Quem vai perder arrecadação é o Pará, lógico, Tapajós e carajás não, vão ganhar, isso é claro como nosso rio.
    Hoje qualquer apartamento em Belém é carrissimo, o m² mais caro que Fortaleza. Isso não existe, vão ter que rever isso. Mas, não vão morrer de fome heheheh . Vão procurar ser melhores gestores e sair do comodismo.
    Só não generalizem os economistas, muitos são a favor.
    Não culpem um erro médico a todos os médicos, seria injusto.
    Tenho conversado com gestores de grandes empresas de Belém e eles me dizem que se a imprensa perguntar eles dizem que são contrários a divisão, mas internamente são favoráveis,
    Não têm grandes terrenos por aqui, a toa.
    querem vender mais, só não querem ficar mal vistos com o governo estadual. Não são nada bobos. hehehe
    Sejam a favor sem medo de ser feliz!

  • Caro é a reforma do maracanã 1 bilhão, aí tá tudo certo?
    Só contou repasses do FPE e o ICMS que ficará por aqui e a evolução com os novos investimentos?
    Esse estudo só vê o hoje, me desculpe, mas esse estudo está incompleto.
    O Tapajós tem muito mais condições de ser estado que Roraima, Amapá, Tocantins etc.
    Sei porque já estive por lá antes e depois.
    Ora faça-me favor.
    Duvido que piore a nossa situação e esses recursos para a União não são nada perto dos benefícios.

  • Acho que falta dizer a este senhor, que nós somos filhos do estado do Pará, e disso nos orgulharemos sempre.
    Mas como qualquer filho que fica adulto e quer sair de casa, jamais deixará de amar seu pai.
    A interferência de terceiros nesta decisão dizendo que o filho não tem condições de se sustentar, é como a opinião do vizinho que vem dar conselho sem ser chamado.
    Sr. Rogério, se o sr. não nos conhece, obrigado por seus conselhos, mas por favor não se intrometa em nossas questões familiares.
    Tenho dito.

  • Gente, podem ficar tranquilos. inclusive, podem dizer sim aos novos Estado do Tapajós e Carajás. senhor Rogério, não se preocupe com verba pra implantação da maquina administrativa, eu me responsabilizo pela conta, pode faturar e mandar pra mim, eu pago.

  • Não tinha lido o comentário do Tiberio Alloggio!! Eu sei que ele tem conhecimento de sobra sobre essa discussão da criação do estado do tapajós. Ainda bem que não é a Ana Júlia governadora do estado do Pará, senão posicionamento dele seria contrario a criação do estado.

  • Acho que estão dando ibope para esse IPEA que ante da aprovação do plebiscito ele para a maioria da população não existia, certo que é um grande instituto mais age as vezes com fanatismo politico ou interesse de alguns, não sei se ele é conhecedor dos projetos que estão locados para essa região como: Construção de hidrelétricas, BR-163, Hidrovia Teles Pires e Tapajós, grandes mineradoras se alojando na região, ampliação do porto de exportação sabendo que o porto de Santarém (DOCAS) esta entre os 10 portos maiores do país em exportação, ampliação do aeroporto, e outros tantos da iniciativa do Governo como privado,será que tudo isso é envão, grandes empresa querem se instalar na região mais devido a política desse governo do Pará em não incentivar as grandes empresas elas tomam rumu diferente, com esses novos estado TAPAJÓS e CARAJAS isso pode ser viável sempre ha esperança. Será que esse IPEA poderia me informar quem vai pagar as despesas com a COPA 2014 e Olimpíadas de 2016???, sendo dessa forma não se pode criar nada mais nesse país, nem sonhar Qual o País que não deve??, Qual o Estado que não deve??, Qual o Município que não deve?? vocês que são inteligentes e sábio (IPEA) poderiam me informar quais são se todos praticamente quem sustenta somos NÓS. esse argumento fajuta do IPEA que até agora nunca acerto nada não influenciara na vontade e oportunidade de um povo sofrido na tomada de decisão é por isso que digo queremos mudança não separação pois somos brasileiros e nortista DIGO SIM AO ESTADO DO TAPAJÓS sem medo de DIVIDA mais com a certeza da vitória que vai dá tudo certo é o povo que quer e a vontade de DEUS será feita, nem IPEA, nem Zenaldinho de nem alguns paraense, não tem quem segure mais essa corrente TAPAJÓS JÁ para mudar esse pedaço do NORTE para melhor novo e diferente TAPAJÓS SIM.

  • Esses gatos vultosos com a criação do estado do Tapajós não vai ser o Sr. Rogério Boueri do IPEA que vai arcar! Isso é notório! Mesmo que esses números estejam certos, não vamos nos amedrontar, vamos votar SIM. É importante que fique claro que esse sr. Rogério Boueri do IPEA está a serviço do Deputado Zenaldo Coutinho, figura contrária a criação do estado do tapajós. Esse sr. Eduardo Monteiro deve ser uma figura que carrega a bolsa do Dep. Zenaldo! Ninguem tá cego meu caro, estamos de olhos bem abertos, queremos deixar de ser quintal de Belém! Vamos fazer uma campanha sem parar a favor do SIM.

    1. Eu não concordo nem um pouco com esse Sr: Rogério Boeri do IPEA ele não tem nada haver com a nosa luta que não é de hoje ,e não é por causa de uma pesquisa de nada que vai fazer nós da região Oeste do Pará mudar de ideia e fazer nos desacreditar da criação do Estado do Tápajós que é o principal modo de acabar com a desorganização política que vem assolando o nosso estado do nosso estado

  • Sr. Rogerio,
    Sendo criado os Estados do Tapajós e Carajás com déficit, como ficaria o futuro Estado do Pará? seria muito rico? ou o atual Pará já está com esse rombo sendo custeado por todos?
    Obrigado.

    1. Só sei de uma coisa: queira ou não, o Oeste e o Sudeste do Pará respondem por um bom percentual da arrecadação e não os tendo mais, o Pará precisará cortar vários gastos, inclusive com pessoal – ônus político altíssimo que nenhum gosvernador quer pagar.

  • Jeso e amigos do Blog,

    O felicito, e também o Boueri pela preocupação em se manifestar no blog. Embora os cálculos sejam um esboço (me parece que o IPEA está fazendo um estudo de viabilidade mais aprofundado com dados atualizados, podendo ser mais ou menos do que os montantes apresentados pelo Rogério), não seria sensato negarmos os custos que implicam a criação de um novo Estado. Com o Tapajós nao seria diferente.

    Assim como é importante reforçar que esse apoio federal é temporário, nos primeiros anos (no caso da Amazonia, entendo como investimentos – razões já explicitadas em artigos anteriores).

    É bom lembrar ainda que gastos deste tipo não são novidade no Brasil. Já fizemos o mesmo por diversas vezes, com o povo do Tapajós inclusive ajudando a custear a criação do DF (1960), Acre (1962), Mato Grosso do Sul (1977), Rondônia (1981), além do Tocantins, Roraima e Amapá a partir da constituição de 1988 (com o Tapajós em pauta). Sem falar que em alguns casos, cidades inteiras foram criadas, o que onera ainda mais. Falamos então de 7 novas unidades federativas para um total de 27, em um passado não tão distante assim.

    Isto nao quer dizer desmerecimento à preocupacão do economista com os recursos públicos. Pelo contrario. Acredito que este debate deveria vir junto com outros assuntos vigentes de interesse nacional para modernização do país como a tão esperada reforma politica (de preferencia que otimize gastos – como por exemplo, voltar a ter 2 senadores ao invés de 3, instancias mais enxutas, etc – e que atenda as realidades distritais/territoriais); e também a tão prioritaria reforma tributária (esperando a adocão de políticas redistributivas como acontece nos países mais ricos).

    Aí, os resultados quando aplicada a metodologia seriam com certeza diferentes. E por falar em formulas, se o país quiser se modernizar, precisa se reeducar na forma de enxergar o horizonte, incluindo variáveis como qualidade de vida e custo ambiental ao planejamento do seu crescimento.

    Se a reflexão em torno do Tapajos (ou a sua propria criação) ao menos agilizar estas reformas, já terá prestado um grande serviço a Nação.

    1. Então, amigo, defenda a criação de um Território Federal ao invés de estado, por ter uma máquina bem mais leve e por fabricar apenas 4 ao invés de 37 mandatos eletivos.

    2. Sr. Caetano Scanavinno Filho,

      o sr. deveria era se infelicitar com o Rogério Boueri por ter inventado uma mentira de que o Estado Tapajós não é viável. O sr. deveria era se envergonhar de elogiar esse sujeito que vai ao Jornal nacional dizer que o tapajós so vai ter um bilhão por ano.

      O senhor se conhece o Boeri deveria cobrar dele que ele rebata os argumento técnicos e muito bem fundamentados do Evaldo Viana que matou a cobra e mostrou o pau.

      O senhor deveria saber que nosso povo é inteligente e não se deixa levar por argumentos de medalhões que acham que podem dizer qualquer coisa e nosso povo acredita.

      Não esqueça, cobre do Rogerio fujão Boeri uma explicação para os números que apresentou porque senão vai ficar claro que um caboco da amazônia como o Evaldo viana derrotou e deu uma surra de argumentos num figurão de brasilia.

  • O Tibério está totalmente com a razão. Quais são os grandes feitos, iniciativas, realizações do “homem IPEA” que calcula? Este, medroso, não arrisca, não ousa. Sempre será um técnico, especialista. Apenas.

  • QUEM VAI PAGAR A CONTA? É O GOVERNO FEDERAL?
    NÃO QUERO NEM SABER, SÓ SEI QUE A VONTADE DO POVO É SOBERANA.
    350 ANOS PAGANDO TODA BANDALHEIRA, MENÇALÃO, DENUBIO, MARCOS VALERIO ETC.
    AGORA É A NOSSA VEZ. EU QUERO É SER FELIZ COM O ESTADO DO TAPAJÓS.
    QUERO LENBRAR A TODOS, QUE, NÃO DEVEMOS DISCUTIR A ECONOMIA, OU MUDAR O FOCO,DEVEMOS É FAZER A NOSSA CAMPANHA PARA O ¨SIM¨.
    É ISSO QUE ESSE POSSOAL DO IPEA QUE É DO GOVERNO ESTADUAL QUER.
    JESO, SOLICITE IDEIAS DOS TEUS LEITORES, IDEIAS DE CAMPANHA PRO SIM.
    OBS. NEM O EVALDO E NEM NIGUEM VAI MUDAR A OPINIÃO DOS QUE QUEREM QUE AGENTE CONTINUE SEM ESCRAVISADO, PAGANDO IPVA, NOSSA BAUXITA ETC.

  • Prezado Jeso,

    A discussão em torno da criação dos Estados do Tapajós e Carajás tem exacerbado-se em diferentes áreas do tema. As ciencias humanas não trabalham com verdades absolutas, mas com aproximações da realidade; ou seja as afirmações que fazemos são sempre tentativas de buscar a aproximação do real; a dimensão economica é apenas um dos campos importantes que compõe a agenda de discussão do Estado do Tapajós. A posição do senhor Ricardo Boueri será superada quando colocarmos os outros elementos deste processo que não estão presentes na sua posição. Quero me reportar aqui a colaboração que Tibério faz em sua análise sobre o Estado do Estado do Tapajós no seu contraponto as afirmações jujstamente do senhor Ricardo Boueri. Realmente, ele tem razão, a criação do Estado do Tapajós não está localizada apenas no ampo econômico; na verdade o novo Estado faz parte de um desejo identitário histórico desta região; sendo esta a maior justificativa do processo somando-se aos outros elementos: desenvolvimento econômico, isolamento geográfico, abandono, aceso a politicas, etc. Como disse Tibério, a questão econômica é apenas uma peça que agora não determina a criação do novo Estado; o que agora determina a criação do Estado do Tapajós é a afirmação da sua criação através do processo plebiscitário, a viabilidade (econômico, social, cultural, etc). Mas alguém pode dizer: mais não é interessante sabermos se o Estado do Tapajós é viável econômicamente? É interessante agora sabermos se a população quer o novo Estado; pois se discutirmos a viabilidade econbômica e o Estado não passar no plebiscito de nada adiatará o esforço. Mas o que eu quero afirmnar aqui é a imporancia de focarmos o nosso esforço na estratégia de criação do novo Estado. A contraopinião será vencida pela afirmação da nova identidade regional que já existe – isso se resolve como? Na minha opoinião se resolve com manifestação de massa; com uma intensa massificação de mídia e com o povo na rua até a deflagração final da decisão plebiscitária. Portanto, este é o momento da bandeira na rua, na janela, nas casas, nos carros, etc, etc.

  • Será que só o IPEA viu o óbvio, ou vocês que querem esse Estado são cegos pra não admitir isso?

  • É sempre bom este tipo de debate, especialmente quando é feito com base em dados concretos e por pessoas que se dedicam a estudar a realidade de forma séria e aprofundada. Mas isto não impede que as análises carreguem posicionamentos ideológicos. E nem mesmo que sejam passíveis de falhas. Também quero, como manifestou Maralice, ouvir os especialistas, mas também quero ouvir os apaixonados, os esquecidos, os esperançosos… Afinal, o debate é do interesse de todos, o Estado (ou os Estados) alnaça/m a todos.
    Não sendo economista não me atrevo a discutir os números “frios” como já afirmaram, mas como estudiosos da história, reafirmo que se a questão fosse meramente calcular receitas e despesas, muitas coias importantes não seriam realizadas, e a humanidade ainda estaria em um estágio bastante rudimentar. Concordo com Antonio Silva quando argumenta que a criação de novos estados é muito mais do que uma mera vontade de gerenciar recursos.
    Em todo caso, é bom sabermos como estamos financeiramente, para não proliferar um discurso ufanista e ilusório, como se a criação do Estado por si produza a mágica da imediata transformação da realidade social. Ao contrário, pode até representar uma perda, em um primeiro momento. Mas, mesmo assim, isso não pode ser a única razão para a desmobilização em torno de uma luta que é maior do que as eventuais fragilidades que se apresentam nos argumentos que nos alertam quanto a aspectos importantes, mas não necessariamente os únicos a serem considerados.

  • Mais uma vez o Sr. Evaldo “marionete da oposição” Viana, deu com seu números n’água.

    Ele, deve ser da mesma escola que o Lima, devem calcular juntos este números.

    Ora, é claro e notório que não iniciaremos um novo Estado sem a ajuda da federação maior, é claro, que ficaremos endividados, é claro que os dados que o IPEA mostra estão certos, afinal, não colocariam o nome de um órgão a risos.

    Vou com Tibérios, brinquem os estudiosos, os marionetes, o que nós queremos é virar estado, a conta… NÓS PAGAREMOS COMO SEMPRE.

    1. A invibialidade deste estado, não se prende sòmente a questão econômica, nós temos que levar em conta também, os politicos que estão por traz desse projeto.
      Afinal eles estão no poder a muitos anos, e será que nesses anos todos, eles foram tão inoperantes, ao ponto da região chegar no ponto que está?
      Cabe uma pergunta será que tudo o que se passa ai é somente culpa do governo do estado?
      A prefeita é do PT, parceira de Ana Julia e lula e dilma, etc……..O tal de Lira Maia, já foi prefeito é deputado federal há muitos anos o que foi que ele fez, pela região, além, de reclamar do governo.
      Os irmãos dela são todos politicos influentes no estado. O que esta acontecendo com os politicos da região será que são tão inoperantes, que só ficam reclamando de Belém?
      Não será mais uma promessa de campanha?
      Sou Santareno e acho que nós temos que abrir nossos olhos e ver esse outro lado.

      1. Sérgio…

        Meus olhos estão voltados todos para os concursos que ocorrerão de montão pois nossa região tem um defcit mtooooo grande.
        Quanto ao Lira, depois de criado o Estado é só não votar nele! O mandatário do poder somos nós, então vc ta sendo um poucoegoísta em não querer o Estado somente por essa ou aquela pessoa…..
        O denominador como falei é simples….não votar em aproveitadores!!!!

  • É claro que a “economia” tem a sua importância. Mas numa discussão sobre o novo Estado do Tapajós, ela não passa de um mero detalhe.

    Aqui estamos falando da criação de um Estado, não de uma Empresa, cuja discussão não pode ficar “engessada” á números e planilhas.

    Não podemos nos atrelar à logica dos “cabeças de planilha” para estabelecer a legitimidade do novo Estado. Entrar nesse plano de discussão é um suicídio. Pois, se assim for, muitas Nações desse mundo deixariam de existir nessa lógica economicista.

    É de um novo Estado da União, que estamos tratando, na Amazônia, o que comportará Ônus e Bônus, inclusive econômicos para a Federação Brasileira.

    Um Estado é um Território com tudo aquilo que lá está.

    É a lógica geo-politica, sua vocação territorial, que deve nortear todo o debate e não a logica reducionista da economia.

    Os nossos “cabeças de planilhas” e os “deles”, por bons que sejam em fazer as contas, tem que se conter e deixar o debate fluir para a direção certa. A direção do fortalecimento da população tapajônica e do Brasil. .

    É isso que interessa.

    Tiberio Alloggio

    1. Por favor, deixe de presepadas filosóficas. O senhor sabe muito bem que se um governo estadual não tiver caixa, nada sai do papel.

  • Espero que o Evaldo e outros com conhecimento de causa, e de forma técnica façam o confronto da manifestação do pesquisador do IPEA( que pode também estar errado), precisamos de replica, de treplica…, esse debate é construtivo e a população agradece. É no confronto das ideias que se avança.

    1. Maralice, em contato com Evaldo Viana, ele garantiu que réplica já está sendo devidamente tecida.

  • Caro Sr. Rogério,

    O senhor desconhece a realidade da nossa região. Os número são frios e exatos, mas tem que se analisar o contexto. Se o senhor conhecesse a nossa regiao, saberia que a sonegacao fiscal aqui eh muito alta (ateh nao deixa de ser uma forma de protesto com o descaso do estado com a regiao). o Senhor tambem nao sabe das perpectivas de crescimento economico da nossa regiao (com o asfaltamento da BR 163, Usinas Hidreletricas, Grandes Mineradoras e etc).

    Ou seja, fazer um estudo e ignorar tudo isso, é no minimo parcial.

  • O que é esse Ipea? Será que seus técnicos, incluse esse Rogério Boueri, conhecem a realidade da Amazônia, aliás, a nossa realidade aqui no Oeste do Pará? E o que esse senhor tem contra a redivisão territorial do Pará, ou melhor, o que ele tem contra nós? Gostaria de dizer a esse senhor que a frieza dos números que ele tanto defende em nada vai mudar a nossa opinião sobre a criação dos estados do Tapajós e Carajás. Se investir dinheiro em novos estados é prejuízo para os cofres da União, então o que dizer dos mais de 23 bilhões que foram desviados (roubados) somente de obras inacabadas pelo Brasil? Mas uma coisa é certa, o Ipea, a Globo e os políticos de Belém não mandam na nossa vontade. Estado do Tapajós e Carajás já!!!

    Júlio Ferreira

  • Não faz muito tempo e todos os economistas do Brasil diziam categoricamente com fundamento em estudos profundíssimos que o País iria quebrar. No entanto, deu apenas marola no País.
    Esse exemplo é apenas para lembrarr como nos últimos anos os economistas e os órgãos de estudos e pesquisas têm sobrevevido de erros.
    O que dizer também das previsões desastrosas e pessimistas da arrecadação federal.
    Saliente-se também a célebre frase do pessimista “NÃO VAI DAR CERTO”, que por sinal ve-se no texto do economista do IPEA.
    A questão da criação do Estado do Tapajós não se encerra no fim do plebiscito, mas é aí que começa.
    É lamentável ver um economista ter como certo o suposto fracasso de um possível futuro estado, com base em dados de 2010 e atuais. Mestre, a mundo gira e as potencialidades é que determinam o sucesso. E a região tem potencial para produzir riquezas. Olhe para frente!
    Não é demais lembrar que mesmo que no primeiro momento a Federação toda tenha que arcar com custos com o novo estado, tal situação não será privilégio do Tapajós. Quem é que banca as UPPs no Rio, a cosntrução de estádio e cidade olímpica? A alça viária em São Paulo, o aeroporto de Belém? E os projetos do Vale do Jequitinhonha em Minas?
    Caro estudioso do IPEA pelo País afora existem projetos sustentados pelo goveno federal. Sempre foi assim e sempre será. Entretanto, me parece que para o senhor, a federação gastar com São Paulo, Rio, Belém, pode. O que não pode é gastar com uma região abandonada há muito tempo?
    Afinal, não me parece que a almejada criação do Tapajós busque apenas fazer chegar recursos a essa região. É muito mais que isso. É cuidar de seu destino e explorar as potencialidades todas que a região tem, mas que desde sempre é desprezada pelos govenantes da capital que me parecem vivem no mundo do “NÃO VAI DAR CERTO”.

  • Fico muito feliz de ver a presença do Dr. Ricardo Boueri neste blog, sinal do prestígio de ambos lados. Com certeza o economista tem acompanhado as intensas movimentações e discussões (mais educadas e as menos) acerca do tema.

    Só exigimos uma coisa dos opinantes: respeito. Respeitem a pessoa do Sr. Ricardo Boueri. Podem atacar seus diagnósticos, oriundos de anos a fio de estudos, mas não a sua pessoa.

  • E agora? Como ficamos se isso for verdade? Há mais de 15 anos atrás tive acesso a pepelada de criação do Tapajós onde era descrita a viabilidade econômica. Será que não temos um especialista na região pra contestar ou confirmar essa afirmação do Rogério Boueri do IPEA? E o Congresso como deixa tramitar algo inviável se é assim? Só sei dizer que se a divisão não for viável, estaremos fritos de vez nas desse governo chorão aí que só sabe botar a culpa de sua incompetência nos outros. Serão mais 4 anos de atraso nas mãos da tucanada privatista e que faliram o Brasil na era FHC. E agora Jeso Carneiro? Como ficamos?

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