Arquivo: Sidney Canto
Interior da igreja de N.S. da Conceição, em Santarém, antes da reforma ordenada pelo frei Vianey
Veja também:
Barracas na Tapajós.
Praça da Matriz.
Escadaria.
Aeroporto de Santarém.
Avenida Dom Frederico Costa.
Seringueiro em Belterra.

A catedral do tempo da vovó é bem mais vultuosa do que se vê hoje. Não dá prá voltar atrás?
Sinceramente eu achei um sucesso essa foto.É uma pena que perdemos a verdadeira estrutura que era antes da reforma,mas penso que serve como um exemplo pra nós sabermos valorizar,cada vez mais a nossa história expressa nos patrimônios históricos de hoje. Valeu!
Penso que se deve respeitar o trabalho de Frei Vianey e D. Tiago, pois naquela época não se tinha arraigado o conceito atual de manter as obras de arte e os monumentos o mais próximos possível do estado original, e a intenção de ambos com certeza foi dar mais conforto aos fiéis.
Se fosse nos dias atuais, creio que, mesmo que o bispo autorizasse, alguém entraria com ação na Justiça para impedir a reforma, alegando que ela iria desfigurar o traçado original ou, pelo menos, já tradicional da Matriz.
Nos dias de hoje essa reforma não seria feita.
Caro Jeso,
Demais amigos e irmãos santarenos (ou não)…
Diante do que tem sido postado, quero fazer algumas observações…
Não adianta culpar A ou B (Frei Vianney e Dom Tiago fizeram grandes coisas por Santarém, sim). Aliás, na época, pessoas que hoje se dizem consternadas pela “reforma” da Catedral, foram a jornais e outros meios (até no Programa da Festa daqueles anos 1965-68) para ELOGIAR a dita “reforma”.
E não foi só o interior da Catedral que veio abaixo. Casas de FAMÍLIAS tradicionais também vieram abaixo, e POR INTEIRO (aliás, continuam vindo). E não somente o patrimônio histórico. Que dizer da PRAIA DA VERA PAZ, da COROA DE AREIA, da PRAIA DE SÃO MARCOS (tão branquinha, como diz o poeta), que foram destruídas, arrasadas ou mesmo espoliadas de sua beleza? As fotos nos ajudam a ver como era antes, mas também nos questionam: AS FOTOGRAFIAS que tiramos hoje, servirão para que nossos descendentes nos questionem no futuro… E o que deixaremos nós para eles?
Os tempos eram outros, as mentalidades eram outras… Culpá-los não vai trazer nada do passado de volta, apenas uma consciência do tipo: nós não temos nada a ver com isso. Mas, aí que está… Temos sim! Temos culpa enquanto deixamos que HOJE a história da Catedral repita-se nos poucos prédios que ainda se mantém de pé em nossa Tapajônica Cidade.
A hora, creio eu, não é de “queimar as bruxas”, mas de mudar nossa consciência em relação à preservação de nosso patrimônio histórico, artístico, cultural e ambiental.
O O Padre Sidney,
Depois dessa CAGALHOPANÇA, que frei Vianey cometeu, na epoca, não seria caso de excomungá-lo?
Como ela era bonita!!..pena q mudou.
Confesso que fico triste em não ter conhecido tal interior da nossa basílica. Mas o Padre Sidney conseguiu, com seu belo trabalho de documentação, preencher uma grande espaço da minha curiosidade a respeito desse passado da nossa catedral. Gostaria de saber se o Padre Sidney tem curiosidade com relação às obras realizadas na nossa cidade durante os anos que D. Tiago liderou a diocese sendo que uma delas a Fundação Esperança serve inclusive hoje como um grande instituto educacional. Os anos passam mas os moradores devem conhecer seu passado pra saber de onde vieram e o que já tivemos em nossa sociedade.
Foi muito infeliz a reforma do Frei Vianey. Me lembro ainda criança o quanto meu pai lutou para que esta reforma não acontecesse.
Só pra não crucificar o frei Viamey como o único pai da malfadada reforma, Ney. O dom Tiago Ryan avalizou a iniciativa.
JESO,
SIMPLESMENTE LINDA….SANTÍSSIMA… DIVINAL!!!
ABENÇOE-NOS Ó SANTA MÃE E PADROEIRA!!!
CHAGUINHA AD
Que merda que o frei Vianey fez na reforma da Catedral, heim!
Caro Jeso,
Só para constar…
Essa foto foi tirada na década de 1920. O fotógrafo foi Apolônio Fona.
Nessa época o piso era um assoalho de madeira, com desníveis em relação aos “corredores laterais”. O Altor mor (que se vê ao fundo) era de mármore SOMENTE na sua parte central (onde fica a imagem de Nossa Senhora) na suas laterais foi usado madeira para a construção.
A pintura que se apresenta nesta foto, foi feita pelo “Mestre Ligeiro”, a mando de Dom Amando.
Existe ainda, em meus arquivos, uma foto mais antiga do interior desta nossa Catedral, tirada por Horácio Silva, em fins do século XIX…
Senhor pesquisador Padre Sidney Canto
A foto do altar mor da Igreja Matriz traz a nossa memória um tempo que não volta mais. Quando nós íamos ao centro com nosso pai e mãe era parada certa na Igreja e depois ir a garapeira Ypiranga.
É de notar a iluminação existente e veio à curiosidade de saber, pois em 1920 salvo engano não havia iluminação pública em Santarém.
Havia um motor, ou seja, um gerador próprio da Igreja?
Caro João Guilherme,
Energia elétrica no “Centro de Santarém” começou a funcionar em 1915, com a utilização de um motor de 30 HP, que era de propriedade do cidadão Antonio Dias Vieira, que em contrato com a Intendência Municipal, fornecia a eletrecidade.
Além disso, em 01 de setembro de 1920 foi firmado um novo contrato que deu origem à antiga Usina de Luz e Força, que ficava no que hoje é o mercado municipal Modelo, próximo a praça Rodrigues dos Santos e que aparece em outra foto, também da década de 1920, que consta dos meus acervos…
Sendo assim, é fato verídico a Igreja Catedral já dispor de luz elétrica na década em questão.
Senhor Padre Sidney Canto
Agradeço o esclarecimento, pois a foto que tenho no Álbum “Centenário de Santarém – 1948” não consta a iluminação, e com seu esclarecimento podemos afirmar que a foto que está no “Centenário de Santarém – 1948” deve ser anterior a 1920. Valeu.
Caro João Guilherme,
Pelo contrário,
A foto que está no Álbum “Centenário de Santarém – 1948” é da década de 1940 mesmo, tirada logo depois da “reforma” mandada efetuar por Dom Frei Anselmo Pietrula.