
Logo após ser resgatado neste sábado (6) da floresta, depois de ficar desaparecido quase 40 dias, o piloto Antônio Sena, o Toninho, fez à Agência Pará de Notícias os primeiros relatos sobre o seu acidente aéreo.
Ele foi resgatado nas redondezas do rio Paru e um pequeno vilarejo próximo à pista de pouso do Paricá, na divisa com o estado do Amapá. De lá, Toninho foi levado de helicóptero em um voo de 45 minutos até cidade de Prainha. E posteriormente, em outro avião, para Santarém, onde chegou no final da tarde.
Abaixo os trechos de seu depoimento aos policiais que fazem parte do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp), do Governo do Pará, responsável pelo resgate do piloto santareno.
Por que o avião caiu, diz o piloto
Pousei forçado. A aeronave parou (de funcionar). Como eu vinha voando baixo, em três mil metros, e ali tinha serra de dois mil metros e um pouco mais, o tempo que eu tive foi de tentar reacender (o avião) e não consegui. Como não consegui, já fui buscando local para pouso. Fui encontrando um vale, desviando das árvores maiores até que consegui pousar em um valezinho no meio de duas serras.
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A queda
[O avião] entrou [na mata] e bateu nos açaizeiros e entrou de bico no igarapé, certinho. Ele está de cara no igarapé. Como é tudo muito rápido, eu só lembro de conseguir sair do cockpit [cabine] e minha mochila estava jogada do lado. Peguei minha mochila, um saco de pão, algumas coisas e me afastei da aeronave, que tinha muito óleo diesel. Aí peguei uma corda e mais o que pude pegar que tinha na aeronave e fosse me ajudar no meio do mato. Não demorou muito e a aeronave começou a pegar fogo. Ela está queimada. Uma parte está queimada.
— LEIA também: As primeiras imagens do piloto Toninho Sena, resgatado da floresta no Amapá
Perto do avião
[Antônio Sena disse ainda que marcou pelo GPS a localização da queda da aeronave]. Ainda fiquei uma semana lá [perto do avião]. Eu ouvia aeronave passar um pouco longe, nenhuma muito próxima. Passada uma semana que vi que demorou e mudou a frequência de aeronaves entendi que não viriam mais. [Quando então decidiu deixar o local e buscar ajuda].

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Ele é um grande milagre d Deus, q sua vida seja sempre debaixo da proteçao divina, q bc e sua familia sejam muito felizes!
Surreal… Graças ao Homem lá de cima!!!
Na minha opinião o governo do Estado abandonou as buscas. A família e amigos foram persistentes e nunca desistiram estão de parabéns! Aí depois vem o governo dizer nós apoiamos a última esperança, querendo se aparecer na mídia.
Antes de abrir a latrina e soltar maldades, procure se informar! O centro de comando das buscas era na delegacia de Alenquer, e contou com policiais civis, militares, bombeiros, defesa civil (todos órgãos do Estado). Agora concordo que a família nunca desanimou e merece todo o mérito!