Em nota, magistrados do Pará defendem juíza alvo de críticas em caso de feminicídio

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Em nota, magistrados do Pará defendem juíza alvo de críticas em caso de feminicídio
Prédio que abriga a sede da Amepa, em Belém. Foto: Reprodução

Em nota nesta terça-feira (28), a Amepa (Associação dos Magistrados do Pará) se manifestou sobre um caso de feminicídio ocorrido na cidade de Soure (PA), reportado pelo O Liberal, com sede em Belém, de modo distorcido.

A Amepa contesta a versão do portal, com críticas à juíza Rafaella Kurashima. “A narrativa [de O Liberal] não é verdadeira”, destaca na nota a entidade, dirigia pelo juiz Líbio Araújo Moura.

“É completamente inverídica e descabida a afirmação da notícia de que foi indeferida medida protetiva pelo juízo [de Soure]”.

A seguir, a íntegra da nota.

NOTA DE ESCLARECIMENTO

A Amepa, Associação dos Magistrados do Pará, vem a público ESCLARECER o conteúdo de reportagem publicada no Portal de O Liberal nas redes sociais, acerca de atos judiciais na comarca de Soure, cuja titularidade é da Juíza de Direito RAFAELLA MOREIRA LIMA KURASHIMA:

Segundo a notícia, um feminicídio teria ocorrido naquela cidade e o apontado responsável não teria contra si determinada qualquer medida protetiva anterior em relação à vítima, mesmo com suposto episódio envolvendo violência entre as partes.

Ocorre que a narrativa não é verdadeira!

Em fatos anteriores à chegada da magistrada na comarca, o mesmo acusado foi preso em flagrante no dia 27/04/2022 pelo crime de lesão corporal com violência doméstica nos autos de nº 0800418-86.2022.8.14.0059, convertida em preventiva na audiência de custódia.

Posteriormente, após o término da instrução processual, a pedido da defesa e do Ministério Público, em 09/08/22 foi colocado em liberdade provisória mediante cautelares diversas da prisão.

Em momento algum houve representação da vítima por medida protetiva. Logo, é completamente inverídica e descabida a afirmação da notícia de que foi indeferida medida protetiva pelo juízo.

Em 28 de fevereiro deste ano, o agente teve a prisão em flagrante convertida em preventiva e audiência de custódia designada para a presente data.

Nesse sentido, a Amepa se solidariza com sua associada e repõe a verdade dos fatos desencadeados na cidade de Soure, como forma de esclarecer a sociedade e restabelecer a credibilidade no Poder Judiciário.

Belém, 01 de março de 2023

DIRETORIA EXECUTIVA


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