
O Ministério Público do Pará (MPPA) abriu inquérito para apurar um suposto caso de nepotismo que perdurou por 4 anos no município de Mojuí dos Campos, oeste do estado, e que envolveu um vereador do PSDB e sua esposa.
O inquérito civil foi instaurado no início deste mês (dia 4). É presidido pelo promotor de justiça Adleer Calderaro Sirotheua. Motivo: em virtude dos fortes indícios da prática ilegal que resultou em elevados “danos ao erário público” no período de 2013 a 2017.
No epicentro das investigações está Antônio Wellinton Sena da Silva, o Tete, 60 anos, reeleito em 2020 e um dos campeões de mandato da Câmara de Vereadores de Mojuí. É filiado ao PSDB.
Sua esposa, Maria Angélica Silva Sena, também investigada, é outro alvo do inquérito que tramita na 9ª Promotoria de Justiça (Defesa da Probidade Administrativa) de Santarém, sob o nº 009195-031/2022.
Caso sejam comprovados os atos de improbidade administrativa, Tete e Maria Angélica devem ser denunciados à Justiça pelo MP em processo por danos aos cofres públicos, com possibilidade de terem os seus direitos políticos cassados, entre outras penalidades.
Nepotismo e gratificação
De acordo com o Ministério Público, Maria Angélica Silva Sena, sem ter sido aprovada em concurso ou processo seletivo simplificado, foi contratada em 2017 como pedagoga pela Prefeitura de Mojuí dos Campos, gestão do ex-prefeito Jailson Alves, ex-tucano, hoje no PSD.
A pedagoga, que foi lotada à época na Semtras (Secretaria Municipal de Assistência Social), é esposa do vereador reeleito Antônio Tete Silva.
Ainda segundo o MP, o mais grave é que no contrato de trabalho assinado por Maria Angélica não há indicação de valor do seu salário-base e nem se ela teria direito a receber gratificações.
De julho a dezembro de 2017, a pedagoga ganhou um montante elevado em gratificações. As diligência para apurar o caso, por parte do MP, já estão em curso.

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