Da jornalista e professora Lila Bemerguy, pelo contato do blog:
Nesse último final de semana, tive o prazer de assistir no cinema do Shopping Paraíso o filme “Django Livre”, de Quentin Tarantino, que tem o dom de mostrar com leveza e humor, situações violentas. Mas não venho aqui para comentar o filme. E sim a falta de alternativa de assistir a cópia com o som original, legendado.
Quando vi o cartaz no site, sinceramente não prestei atenção que lá estava escrito “dublado”. Ora, a não ser em filmes infantis, a prática nos cinemas é apresentar cópias com o som original, e por vezes UMA sessão com o som dublado, para os que assim preferem, e com a palavra “DUBLADO” escrita com destaque, para que os telespectadores não se enganem.
Após a experiência, consultei o site e vi que todos os filmes em cartaz só são exibidos em cópia dublada!
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Desculpem os que acham isso irrelevante, mas para os cinemaníacos, como eu, faz uma enorme diferença assistir a um filme com o som original, com a voz do ator, com entonações e intenções que ele ou ela, quis dar, do que com um dublador.
Em que pese a qualidade da dublagem brasileira, principalmente em filmes infantis, nada substitui a voz de um Samuel L. Jackson com o maravilhoso “Stephen”, em Django Livre, dublado com uma voz de idoso que já vi em muitos filmes.
Ou o Leonardo di Caprio, que também faz o perverso Calvin Candie, cuja maldade com certeza seria maior na voz do ator, que amadureceu desde “Titanic” e faz um ótimo trabalho. Isso sem falar no próprio Django, de Jamie Foxx, e do Dr. King Schultz, de Christoph Waltz, vencedor do Oscar de melhor ator coadjuvamte, e dublado com uma voz enjoada…
Enfim, peço encarecidamente aos responsáveis pelo cinema do shopping que disponibilizem pelo menos UM horário das sessões com cópia legendada. Fiquei felicíssima com a possibilidade de voltar a freqüentar cinema em Santarém. É louvável a iniciativa de abrir novas salas. Só falta esse detalhe para ficar perfeito.
Os leitores que compartilham da mesma opinião se manifestem, pra ver se a gente toca o coração deles!
Uma coisa não bate. A maioria prefere dublado, colocaram em porcentagem de aproximadamente 60%, no entanto hoje TODOS os filmes estão ficando como Dublado, se fossem 60% dos filmes apresentados eu entenderia, mais quase todos os filmes dublados, não entendo e não tem lógica.
ps. Governo tem a mão nisso?
Lila falou tudo!Parabéns por sua colocação, quem tem costume de assistir filmes legendados, quando se depara com a “OBRIGAÇÃO” pelo filme duplado, consegue perceber a grande diferença que tem um filme originalmente legendado, é uma emoção diferente! Eu acho, que todos tem direito de assistir o filme de acordo com suas preferências, por isso que tinha que ter pelo menos UMA sessão de filmes legendados. Queremos pelo menos 1 sessão!!!!
Eu sou da turma dos que preferem filmes dublados, porque perco muito dos detalhes visuais enquanto estou “perdendo tempo” lendo legenda. E concordo que o áudio original é de maior qualidade, por isso respeito àqueles que se manifestaram anteriormente por preferência a legendados. Mas daí a rotular os demais como “pessoas com dificuldades de leitura”, idosos ou crianças, é um pouco de exagero. Eu posso garantir que não me enquadro nesses estereótipos.
Para os que não abrem mão do áudio original, sugiro estudar inglês e aproveitar o que há de melhor nos filmes em termos de som e imagem. Como eu ainda não cheguei lá, priorizo os detalhes gráficos.
A resposta é simples… hoje em dia, são feitas mais cópias dubladas do que legendas,então os filmes podem ser exibidos em Santarém e outros interiores com muito mais rapidez, já que as regiões Sul e Sudeste concentram as cópias legendadas, assim como as capitais das outras regiões e precisa-se esperar certo tempo para tê-las disponíveis para nós do interior, o que antigamente essa espera eram de meses. O filme O Mágico de OZ teve estréia nacional na sexta-feira dia 8 de março, e Santarém estava incluído… achei isso legal, pois foi uma sacada muito boa do Cine Laser em conseguir que os filmes passem aqui mais rápido, já que esse era o desejo antigo dos santarenos, mas o preço é esse. Pessoalmente, não suporto filme dublado, mas como um dono de cinema que precisa de público pra se manter, eu usaria da mesma estratégia. Um dos motivos do Cinerama fechar foi esse, insistíamos em exibir filmes legendados, o que demoravam meses para se conseguir uma cópia, e a cidade já tinha assistido antes em pirateiros ou outros meios paralelos. A televisão brasileira instituiu a dublagem de filmes desde seus primórdios e levando em consideração a baixa qualidade da educação brasileira, o dublado instituiu-se como um padrão e o público atual é composto por uma nova platéia, diferente das décadas anteriores…vou deixar dois links que abrem luz sobre os fatos : https://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1511201010.htm
https://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-2/artigo/devido-aos-novos-consumidores-dublagem-cresce-muito-no-brasil/
… ah só para esclarecer, os processos de legendagem e dublagem em português são feitos no Brasil, em laboratórios no Rio e/ou São Paulo. Aproveito também para chamar a atenção para a baixa frequência de público nas salas do do Shopping Paraíso… tenho frequentado e observado isso nessas últimas semanas….”depois, depois”
Apoio Lila. Na estreia do cinema, como cinefilo, protestei na net. Alem disso, eles nao deixam os creditos até o final.
Concordo com a opinião da Lila,
mas também acho que deve-se oferecer a outra opção, logo as sessões mais cedo poderiam ser dubladas para atender crianças, idosos e quem gosta de dublagem, e outra sessão mais tarde com o filme legendado. Desta maneira contempla-se ambos os gostos.
Faendo um contraponto ao Cristovam Sena em: “Mas também, para quem assiste filme acompanhado de pipoca e refrigerante a voz original dos atores é irrelevante.” Não vi nenhuma ligação nos fatos.
Talvez eu tenha uma explicação. Aqui em são paulo frequento o cinema Santa Cruz. Fica num shopping pequeno (menor que o nosso), mas com um cinema excelente onde assisto dublado, 3d e tudo o mais dos lançamentos.
Certa vez estive no Shopping itaquera (zona leste), que é imenso, e percebi o seguinte: os filmes eram na maioria dublados. E o pior: apenas filmes de “porrada” e de romances vampirescos baratos. Nada do musical Os miseráveis que eu tanto queria.
O que isso tem a ver com a nossa cidade? O publico do primeiro cinema é na maioria de universitários da UNIFESP e funcionários dos hospitais da região. O Segundo, de pessoas que transitam com camisas de torcidas organizadas, funkeiros e toda a sorte de pessoas que cresceram à margem de uma cultura mais erudita. Claro que estes não prefeririam um filme de um clássico da literatura francesa a um sangrento e cafajeste filme (mal dublado).
Errata: onde assisto dublado ou legendado
Obrigada por avisar. Quer matar um filme é ver dublado. Não vou.
Já estou preocupada se Lincon virá dublado, estou ansiosa aguardando este.
Pensem na Voz de Paccino dublada, é um crime!
Caro JESO,
Fikei triste com essa campanha, e eu como muito outros que somo anal fabeto, como fica, vou pra ver as cenas e ouvir os atores também, como não consigo ler rápido, é melhor que seja assim, dubrado.
Fica aqui meu desejo que não mude a forma de passar na telona os filme.
Abraços.
Meu querido Jeso, nós somos exceção, minoria, e as minorias no mundo gerenciado economicamente, só contam, pelo que podem render de dividendos, por isso, indignação pouca é bobagem.
Abraço do teu amigo Nelson Curica.
Lila, o fato é que atualmente no Brasil estão chegando mais filmes dublados que legendados, e isso vem acontecendo porque a maioria dos amantes da 7ª arte prefere os dublados. Infelizmente essa é a realidade. Como a maioria prefere assim, seja feita a sua vontade, afinal os donos das salas de cinema conhecem as estatísticas e oferecem o que lhes é solicitado: filmes dublados.
Sabemos que a dublagem não altera o enredo da obra, mas, como bem ressaltaste, altera para pior a qualidade do espetáculo. Mas também, para quem assiste filme acompanhado de pipoca e refrigerante a voz original dos atores é irrelevante.
Outro detalhe Lila, é que a dublagem é extremamente importante para as crianças e idosos com dificuldade de leitura. Público que não consegue assistir filmes legendados e que hoje representa a maioria que frequenta as salas de cinema. Sem falar nos que não gostam e tem preguiça de ler.
Assim, nós que gostamos dos legendados ficamos privados das vozes e sussurros dos nossos artistas preferidos. Casablanca dublado é terrível!
Para quem passou longa temporada sem dublado ou legendado, é bem vindo o retorno das salas de cinema pra Santarém, e tua sugestão para que disponibilizem pelo menos um único horário com cópia legendada tem minha adesão.
Sempre cada um puxa a brasa para a sua sardinha. Idosos, crianças, semianalfabetos têm direito aos filmes dublados. Mas, em nome deles, os deficientes audititivos devem ser radicalmente banidos das salas de cinema?
A linguagem do surdo não é alfabeto como o nosso, mas a Lingua Brasileira de Sinais, ou LIBRAS. Legenda não é solução de linguagem ou entendimento para surdos. A não ser os alfabetizados, que são minoria.
Sem mencionar que 90% da emoção sentida em um filme se dá pela trilha sonora.
Putz… Esta foi a pior hein Junior!
Nem todo surdo não ouve 100%, existem vários graus de surdez. Sendo assim, muitos ainda gostariam de ir aos cinemas, mas por falta da legenda não tem como.
Sem contar, que os filmes nacionais também deveriam ter legendas. Mas, ultimamente, as distribuidoras de cinemas, tem pensado somente nos analfabetos, preguiçosos etc, e quem prefere o áudio original que se vire em conseguir um horário para assistir.
Lamentável!!
Se um dia você ficar surdo, mas não totalmente, irá questionar sobre a falta dos filmes legendados… Só queria estar perto para rir da sua cara!!! kkk
Sem contar que os filmes dublados são uma odiosa discriminação aos deficientes auditivos, que inclusive estão sendo prejudicados pela dublagens dos filmes e programas até nos canai da TV paga. Apesar de já ser obrigatória pelo menos a disponiibilização do recurso da legenda oculta (“close caption”), as emissoras não cumprem a lei e ninguém fiscaliza.
Concordo 100% com a Lila!
Nada melhor que um filme com som original.
Também assisti ao “Djando livre”, grande obra do Tarantino, que, todavia, seria muito melhor na versão legendada.
Faço coro para que a empresa modifique esse importante “detalhe”.
Apoiadíssima!
concordo com cada palavra.
não suporto ver filme dublado..parece que perde metade da magia.
Muito ruim ir assistir a um blockbuster e perceber que a voz do personagem principal é a mesma do scooby-doo ou Frodo Bolseiro…
Assisto desenhos no shopping, e, muito raramente, filmes com atores “físicos”. Prefiro esperar sair o filme na locadora (Apenas nesse fim de semana fui ver 007 – Skyfall).
Colaboro com a campanha da escritora.
Lila,
Concordo 100% com o que você escreveu. A única razão pela qual ainda não fui em nenhuma sessão no cinema é exatamente essa.
No entanto, essa invasão de filmes dublados já vem acontecendo há algum tempo também nos canais de filmes das TV’s pagas, por exemplo. Várias pesquisas afirmam a preferência da maioria dos brasileiros por filmes dublados.
Resta pra gente esperar os filmes sairem em DVD/Blu-ray.
https://veja.abril.com.br/noticia/variedade/brasileiro-prefere-assistir-filmes-dublados-303712.shtml
Os espectadores de cinema brasileiros, que gostam das grandes produções hollywoodianas, preferem assistir a filmes dublados do que às obras legendadas. Um levantamento encomendado pelo Sindicato dos Distribuidores do Rio e realizado pelo instituto Datafolha revelou que 56% dos freqüentadores das salas optam pela dublagem, contra 37%, que preferem a legenda. Segundo a pesquisa, 68% das pessoas já sabem que título assistirão na telona antes de sair de casa. Os resultados ainda mostraram que 45% escolhem a partir da leitura de jornais e 38% decidem de acordo com o tema do filme.
A pesquisa também mostrou que 44% gostam de ver filmes em DVD. No levantamento, 43% dos espectadores apontaram os títulos americanos de ação como seus preferidos. Entre os gêneros nacionais, 37% dos entrevistados gostam mais das comédias. Para chegar ao perfil do freqüentador brasileiro de cinema, o Datafolha ouviu 2.120 pessoas.
https://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/tag/filmes-dublados/
https://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/cultura/filmes-internacionais-dublados-dobram-no-mercado-brasileiro/
https://zerohora.clicrbs.com.br/rs/cultura-e-lazer/segundo-caderno/noticia/2011/07/pesquisa-mostra-que-56-dos-brasileiros-preferem-filmes-dublados-3402573.html
Lila, oportuno comentário.
Também me empolguei para assistir à nova obra do Tarantino. Mas quando me deparei com o “versão dublado”, dei meia volta, volver. Não tive coragem de encarar o filme, pelo menos a primeira vez, nessa versão.
Quero apreciá-la no estado bruto, na voz e emoção dos atores, como tu bem frisas. É emoção incomparável.
Não que eu tenha ojeriza a filmes dublados, mas quase sempre deixo para assisti-lo, quando assim se apresentam, no segundo momento, só após sorver a versão original. Sem dublagem.
Faço coro a teu pedido, Lila!
Crítica construtiva. Também sinto falta dos sons originais.