Uma virada cultural com o novo secretário

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Advogado e economista, Helvecio Santos comenta o post Cantor e, agora, secretário: repercussão:

Não conheço o Nato, mas pelo entusiasmo da minha sempre querida Cristina (Caetano) e dos amigos Roberto (Vinholte) e Cidinho (Paulo Cidmil), estou otimista. Precisamos muito de alguém que coloque a cultura em nível de alimento para bem viver. É urgente! Santarém precisa diminuir os índices de violência e creio que a cultura é um importante instrumento.

Como exemplo, penso que o nosso Sairé precisa voltar às origens, deixando de ser um festival de bebedeira,de promoção de botos que copiam os bois de Parintins que copiam as escolas de samba do Rio e de cantores de “axé bunda” (normalmente são músicas que se referem ao glúteo em letras “culturalmente ricas” do tipo “vai abaixando/vai abaixando/ vai subindo/ vai subindo”e só) que logo depois do show pegam a grana e só voltam no próximo ano.

O povo e nossas raízes têm que voltar a ser “moda”. A festa tem que ser do povo e que tal pensar numa corrida de canoas em variadas modalidades no Lago Verde? Não seria lindo? As canoas todas enfeitadas e o povo na beira do lago torcendo. Isso é só uma pequena sugestão. Pelo lado objetivo, diria que um “papo” com o Cidinho seria de grande valia ao secretário, não só pelo conhecimento aquele tem dos meandros dos projetos de captação de recursos, como pela penetração no meio cultural em nível nacional e também pela própria bagagem cultural do mesmo.

Cidinho se encaixa naquela máxima caolha de que “santo de casa não faz milagre” e está na hora de usufruirmos do que os nossos “santos” podem fazer pela nossa sofrida Santarém, sob pena de um dia não termos mais cidade como forma de promoção de seus cidadãos, mas tão somente um amontoado de casas num calor infernal.


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6 Responses to Uma virada cultural com o novo secretário

    1. O secretário é o Nato mas a cidade é de todos e esta se compõe de forças que se complementam: Poder Público e povo. Se estas caminharem juntas, a cidade lucrará. No entanto, se o povo esperar sentado de braços cruzados que o grande irmão (Poder Público) resolva tudo, a vaca vai pro brejo e, no mínimo, ficaremos no mesmo lugar. Também o Nato não é um mágico, detentor de toda sabedoria da cultura, especificamente, do que Santarém precisa em termos de cultura. Assim, sugiro, dê sua contribuição, enriquecendo, culturalmente, as possibilidades de atuação do secretário. TAPAJOARAMENTE AZUL,

  • Helvécio, agradeço pela estima e reconhecimento. Nós que vivemos fora da cidade temos essa angustia de ver as coisas melhorando. De minha parte não alimento muitas esperanças, mesmo assim sempre estive à disposição para colaborar seja governo do PT, PSDB, DEM, PV ou qualquer outra sigla, nesse caso o que importa é Santarém.
    Ouça essa: Em 1997 estive em Santarém ajudando o meu irmão Guilherme Taré na organização de um evento esportivo de paraquedismo. Fiz questão de conhecer o então jovem vice prefeito e Secretário Alexandre Von, depois de longa espera ele nos atendeu por cerca de 3 minutos, em pé, na sala de recepção de seu gabinete. falei de minha qualificação como produtor cultural, na época eu já trabalhava com as leis de incentivo do Rio, São Paulo e a Rouanet do Governo Federal. Externei o meu desejo de colaborar com o município. Alexandre me respondeu o seguinte: Olha rapaz, primeiro tu vaz ter que fazer alguma coisa aqui pra gente conhecer o teu trabalho.
    fiz a seguinte leitura da resposta de Alexandre. Primeiro: ele duvidava de tudo que eu havia dito. segundo: de boa intenção o inferno esta cheio.
    Outra: em 2004, em um evento sobre cultura com a presença de um representante do Ministério da Cultura em Santarém, fui participar, e ao final cumprimentei o técnico do Ministério que eu já conhecia, e pedi a meu irmão que me apresentasse a Prefeita Maria do Carmo Ela mal me estendeu a mão e falou “Teu irmão Taré. Que bom”. Falei prefeita eu trabalho com cultura há muitos anos gostaria de poder colaborar com nossa cidade. ela me respondeu: isso tá sendo tratado por outras pessoas, não é diretamente comigo, mas qualquer coisa eu ligo para o Taré e chamamos vcs para conversar. Assim se passaram 8 anos e é provável que tenham perdido o numero do telefone de minha casa em Santarém.
    Sempre quis colaborar, tudo faria por minha cidade, mas não sou de frequentar curriola.

    1. Cidinho, v. não precisa agradecer por eu estimá-lo e reconhecê-lo pois se assim não fizesse, estaria passando atestado de insanidade. Por Santarém, lamento pelo pouco caso descrito no primeiro encontro com o Alexandre. Também por Santarém, espero que ele nos leia e leve em conta a minha humilde mas significativa sugestão, no sentido de considerar sua ajuda. Infelizmente, se a tônica continuar sendo a fala do então vice prefeito, de “fazer alguma coisa por aqui pra gente conhecer o teu trabalho”, cairemos novamente no vazio, pois v. mora no Rio e aqui desenvolve seu ofício. Mas, se alguma dúvida pairar sobre a competência, basta visitar, contigo, o Circo Voador, um dos berços da cultura carioca e por extensão do Brasil, para sentirem o quanto v. é expressivo. Isso é só um pequeno exemplo do teu universo. TAPAJOARAMENTE AZUL,

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