
Os deputados da Comissão Externa de Barragens, da Alepa (Assembleia Legislativa do Pará), irão visitar nesta sexta (7) as dependências do projeto Salobo, localizado em Marabá, sudeste paraense, inserido dentro da Floresta Nacional (Flona) Tapirapé-Aquiri, cerca de 90 Km de Parauapebas, margem direita do Igarapé Salobo, afluente do rio Itacaiunas.
Pelo roteiro de viagem, os deputados embarcam para Marabá, nesta quinta à tarde. De manhã cedo, viajam de carro para Parauapebas, e em seguida de micro-ônibus da Vale para a mina.
A chegada de volta a Marabá está prevista para ocorrer à noite. O embarque para Belém ocorre na madrugada de sábado (8).
A comitiva será composta e coordenada pela presidente da comissão, deputada Marinor Brito (PSOL), e ainda contará com os seguintes membros titulares: Toni Cunha (PTB) e Heloisa Guimarães (DEM).
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A deputada Marinor Brito explica que o deslocamento e as vistorias que serão lá realizadas foram demandadas na audiência pública em Marabá, realizada quando da sessão especial da Alepa no dia 4 de abril passado.
“Vamos para cumprir mais uma etapa de vistorias de barragens, considerando a importância que tem a mineração que ocorre em Marabá, no projeto Salobo, por estar entre as barragens consideradas de alto risco pela classificação da Agencia Nacional de Mineração, e pelo tempo que está instalada no Pará”, detalhou Marinor Brito.
Para a deputada, a visita terá a função ainda de averiguar denúncia recebidas. “Que dão conta da existência de danos ambientais e sociais nas áreas do entorno e também nos rios do município, e por último, analisar a preocupação da população pelo fato de não haver uma fiscalização nos empreendimentos”, disse.
PARÁ: 69 BARRAGENS
No Pará, segundo dados da ANM, existem 69 barragens cadastradas com potencial alto de danos ambientais e outras com alto risco de desabamento, mas nenhuma delas estão enquadradas nas duas situações.
Só existem três barragens no Brasil classificadas em ambas as categorias consideradas. Segundo a agência, 41 barragens já foram vistoriadas fisicamente este ano no Pará e todas estão dentro dos padrões exigidos pela legislação. Outras 67 barragens ainda serão visitadas este ano.
O Salobo é o segundo projeto de cobre desenvolvido pela Vale no Brasil. A mina está localizada no sudeste paraense, e entrou em operação em novembro de 2012. O empreendimento tem capacidade nominal estimada de 100 mil toneladas anuais de cobre em concentrado. Com a expansão da operação, o Salobo II, a capacidade de produção do empreendimento será duplicada para 200 mil toneladas anuais do produto.
VISTORIA EM 2018
Salobo envolve a operação integrada de lavra a céu aberto, beneficiamento, transporte e embarque. O escoamento da produção é feito por rodovia, da mina até terminal ferroviário existente da Vale em Parauapebas (PA), de onde é transportada pela Estrada de Ferro Carajás até o terminal marítimo de Ponta da Madeira (MA).
Uma vistoria noticiada realizada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), de Marabá, em conjunto com o CREA-PA, no empreendimento no projeto Salobo Metais, ocorrida em novembro do ano passado, constatou que o licenciamento estava em dia. A Vale é a proprietária das barragens de rejeitos de Mariana e de Brumadinho.
Com informações da Alepa
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