por Jorge Waghon (*)
O meu técnico, o que cria as rotinas de treino visando o Brasileiro de junho, em Santo André, é o mesmo que viajou comigo em 2000, quando conquistei o Brasileiro em minha categoria, com uma equipe de 3 atletas.
Lá estavam 4 santarenos: sargento PM Nogueira (categoria até 72 kg, – 2º colocado), Adamor Carlindo (categoria até 82 kg – 3º colocado), eu (categoria até 67,5 kg – campeão) e meu irmão Ricardo Sousa, técnico da equipe.
Na academia, nesta sexta-feira (4) fiz repetições com 180 kg no terra (sem agarras). Logo em seguida, fiz o exercício “bom dia”, com 130 kg, que dá muita força nas costas, mas que na hora de executar dá a impressão que vai arrancar os músculos dos ossos de tão duro que é. E eu forço bastante. Na hora da dor, penso no progresso do próximo treino, na estrutura que estou construindo e aí vai: 1, 2, 3, 4, 5, 6 repetições, até a exaustão.
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E o Ricardo me observando.
Ele sabe o que me espera pela frente. Não é mole, a responsabilidade é muito grande. Num dia de treino estava com dores nos braços e perguntei a ele se não seria melhor abortar aquele treino e voltar no dia seguinte. Ele falou:
– Pega o Salonpas ali e passa no braço, vai arder mas vai aliviar a dor.
Depois que passei o gel ele perguntou: “E aí, acha melhor parar ou vai continuar?”. No final do treino, já nem sentia mais tanta dor, apenas a satisfação do dever cumprido.
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* Atleta santareno campeão nacional em levantamento de peso. Treina para participar em junho do Campeonato Brasileiro de Powerlifting 2011. Até lá, vai escrever rotineiramente aqui neste espaço sobre o seu dia a dia. É patrocinado pelo blog.
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