Da leitora que se assina Nanda Fernandes, pelo contato do blog:
A imprensa nacional precisa saber que o Consórcio Belo Monte não está cumprindo uma das principais condicionantes da obra que é priorizar a MÃO DE OBRA LOCAL.
Infelizmente, o que nos altamirenses vemos hoje são hotéis da cidade entupidos de pessoas do Sul e Sudeste, profissionais de nível superior são quase todos de fora da região Norte. É a enfermeira esposa do engenheiro paulista, o administrador irmão ou primo do médico sulista da obra, e por aí vai.
Principalmente engenheiros, advogados, administradores, enfermeiros, psicólogos e outras graduações com alta remuneração, nem o pessoal de Belém o consórcio estão priorizando, uma vez que existe um escritório RH para seleção na capital paraense. E o povo com formação superior da região do Xingu a ver navios.
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Exemplo, sou enfermeira. Com muito sacrifício, estudei em Santarém. Há muitos enfermeiros de fora aqui e nos da cidade só nas promessas ainda.
O pessoal, principalmente profissionais da saúde, vêm pra trabalhar na obra e não se garantem com a rotina de trabalho e se jogam para os hospitais da cidade tomando nossas vagas.
O mesmo certamente vai acontecer com as hidrelétricas do Tapajós, pois serão gerenciados por pessoas do Sul e Sudeste, por não acreditarem no potencial e formação profissional nortista, como exemplo histórico o Polo Industrial de Manaus, até hoje ainda administrado por pessoas do Sudeste, que ocupam os melhores cargos.
Até quando viveremos as margens do Brasil?
O pessoal de nível superior local para trabalhar em Belo Monte faz um processo seletivo rigorosíssimo, prova objetiva e descritiva, avaliação psicológica e tudo.
Mas será que a esposa, irmão ou primo do engenheiro ou do médico fulano que veio com ele de fora pra trabalhar na obra fizeram todo este processo de testes?
Dilma e Lula – PT , é esse o desenvolvimento prometido à região do Xingu (Pará)? kd a fiscalização das condicionantes?
E o pior ainda ficam desdenhando e falando mal de nossa região e de nosso povo, como se fossem superiores a nós amazônidas !!! Pode isso?
Parabéns, Jeso!!
O melhor blog do Pará!!!
Infelizmente isso que o Brasil imagina, ainda trazem consigo a visão do Brasil colônia, pensam que a Amazônia só tâm índios inúteis!!!!!!
Até quando?! Até sempre! #BeloMonteDeMerda
Certa vez, navegando em barco de linha por aí, conheci um advogado de uma grande construtora. Ele me disse que eles tem muito problema com quem mora próximo ao empreendimento. Acaba a obra e o trabalhador entra na justiça. A orientação do escritório dele, de Belo Horizonte, era evitar o pessoal de perto. Quem mora longe depois que acaba a obra vai embora para outra e não volta para entrar na justiça.
Simples!
Paulo Lima
Caro Jeso,
O comentário da Nanda Fernandes põe a luz uma prática que foi e continua sendo regra na gestão dos grandes projetos implantados em nosso estado e nos encaminha a uma profunda reflexão e não vamos compreender nunca essa crônica descriminação contra profissionais da nossa região. Vejamos:
Eletronorte, empresa ligada a Eletrobrás, tinha como sede em Belém, porém sua administração ficava em Brasília e chegou a arraia do absurdo a declaração de um de seus presidentes, um coronel comissário da ditadura militar, quando cobrado porque não contemplava profissionais do Pará, declarou que os engenheiros formados pela UFPA, eram incompetentes e a Universidade não tinha credibilidade;
Mineração Rio do Norte, subsidiária da Cia. Vale do Rio Doce tinha sua sede em Belém, mas sua administração funcionava no Rio de Janeiro, no famoso prédio de numero 200 no aterro do Flamengo, seus diretores todos indicados pelo então homem (civil) forte da ditadura José Sarney, não tinham nenhum comprometimento com o Pará e muitos menos com a região. Como disse a Nanda: a mulher superintendente era secretária do gerente de patrimônio, o cunhado era o gerente de contabilidade, a esposa era secretária do chefe da divisão de planejamento. O primo do Sarney era gerente da Segurança (por sinal um cara muito boa praça) e assim por diante. Prestei serviços a essa empresa, ao longo de seis anos só conheci dois profissionais que ocupavam cargo de gerência: Um engenheiro de Oriximina e um administrador de Santarém.
Vou parar por aqui, mas não vamos esquecer o desastre que foi a gestão da hidrelétrica de Tucurui, recheada de escândalos, corrupção etc., e que estava sob supervisão da Eletronorte.
Chico Corrêa
O que pode cooperar pra isso também é o fator “custo de vida” o que em Altamira está altíssimo, e também a falta de qualificação e capacitação de mão-de-obra local. Os que estão lá em cima querem claro beneficiar os seus, e como a maioria é de fora, não confiam na mão-de-obra daqui, por não nos julgar competentes.
Esse tipo de preconceito existe não só em Altamira, existe em Santarém, Belém, Manaus. Em Manaus é comum um paraense ficar com a vaga de um manauara.Por mais que falem mal da gente, sabem que nos preparamos mais que eles, e lá, a maioria dos empresários, concursados enfim, pessoas bem sucedidas não são de lá, são do Pará e de outros estados. Em Belém também, em uma entrevista de emprego entre uma pessoa de São Paulo e uma de Belém, ambas com a mesma formação, é comum a de São Paulo ficar com a vaga.
A Georadar a serviço da Petrobrás está usando pessoal local. Houve fila para uma vaga para abertura de picadas na mata. Engenheiros e geólogos, estes são de fora.
Petrobrás está recrutando os peões locais apenas.
A pergunta que não quer calar é: por qual motivo não colocam um psicólogo da região para fazer a seleção ?
A georadar só contratou pessoas como mateiro e pessoal sem formação porque o contarto é dá DNP porque se fosse da petrobrás seria contratual dar valor a mão de obra local de todos os nívies ou seja a DNP não tá nem ai pro contrato e nem pra mão de obra……..