CNJ suspende redes sociais de juiz acusado de atuar como coach de advogados

Publicado em por em Justiça

CNJ suspende redes sociais acusado de atuar como coach de advogados
Edifício sede do CNJ em Brasília: suspensão cautelar das redes sociais de juiz federal. Foto: Reprodução

O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) determinou, cautelarmente, a suspensão dos perfis em redes sociais do juiz federal da primeira instância do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) Erik Navarro.

De acordo com a coluna Ancelmo Gois, de O Globo, o CNJ quer analisar a acusação de que o magistrado estaria atuando como coach, expondo técnicas e meios para advogados obterem uma “performance” melhor na tramitação de seus recursos, além de aumentar a procedência dos pedidos, com honorários maiores.

O conselho analisa ainda se o juiz quer autopromoção ou a superexposição, o que proibido pelo Código de Ética da Magistratura.

Os perfis do magistrado – no Twitter, Youtube, Facebook e Linkedin – registram mais de 74 mil seguidores. A Corregedoria oficiou a Presidência do TRF2 para que o magistrado apresente a sua defesa em 15 dias.

Segundo o corregedor, o ministro Luis Felipe Salomão, “há indícios de que as postagens analisadas afrontam as normas regulamentares que regem a magistratura brasileira”.

Na decisão, Salomão reforçou que a manifestação do pensamento e a liberdade de expressão são direitos fundamentais constitucionais dos magistrados, mas não são direitos absolutos.

“Tais direitos devem se compatibilizar com os direitos e garantias fundamentais do cidadão (…), em especial com o direito de ser julgado perante um magistrado imparcial, independente e que respeite a dignidade do cargo e da Justiça”, disse no pedido de providências.

— O JC também está no Telegram. Siga-nos e leia notícias, veja vídeos e muito mais.


Publicado por:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *