
Deflagrada na manhã desta quinta-feira mais uma fase da operação Perfuga, a 10ª.
Denominada “Primeira Arte”, tem como alvo o Instituto Maestro Wilson Fonseca, investigado por indício de desvio de recurso público do município de Santarém.
O Ministério Público do Pará, com atuação em Santarém, e Polícia Civil, cumpriram mandados de busca e apreensão, autorizados judicialmente pela 2ª Vara Criminal de Santarém.
O IMWF é beneficiado com recurso público municipal, decorrente da lei 15.939, de março de 1997.
A lei estabeleceu o limite máximo de 50 bolsas e tem como destinatário somente integrantes da banda sinfônica.
BOLSA CULTURAL
Pelas investigações, pessoas ligadas ao instituto estariam, em tese, apropriando-se ilegalmente de parte da bolsa cultural, além de contemplar, indevidamente, pessoas estranhas aos integrantes da banda sinfônica com esse recurso público.
O nome da operação, “Primeira Arte”, é uma referência à música, como a primeira das manifestações artísticas culturais mais conhecidas, a exemplo do cinema, classificado como a “sétima arte”.
A investigação apura fatos ilícitos praticados, em tese, pelos gestores do Instituto Maestro Wilson Fonseca, dirigido pelo maestro Agostinho Fonseca.
Pela decisão judicial, a gerência do instituto foi afastada pelo prazo de 180 dias, inclusive com proibição de manter contato com os integrantes da banda sinfônica e proibição de acesso às dependências do instituto, até ulterior deliberação.
O juiz determinou, também, ao diretor, a entrega do cartão e senha que movimenta a conta do instituto, e deferiu o prazo de 15 dias para que seja eleita nova diretoria, provisoriamente, se os integrantes assim entenderem.
HISTÓRICO E DIREÇÃO
O Instituto Maestro Wilson Fonseca (IMWF) completou 25 anos de existência neste ano.
É dirigido pelo maestro Agostinho Fonseca, o Tinho, um dos filhos de Wilson Fonseca, maestro santareno de fama internacional falecido em março de 2002 aos 89 anos.
Outro integrante da diretoria do IMWF é José Cândido Corrêa, diretor Cultural.
O IMWF atende cerca de 1 mil alunos, entre crianças, adolescentes e jovens, para quem são ofertados cursos de música, dança e teatro. Pela sua importância cultural, ganhou o prêmio “Mário Andrade”, concedido pelo Ministério da Cultura.
Com informações do Ministério Público do Pará e da redação
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Esse episódio já acontece há muitos anos, Tinho, sempre pagava um valor x para os integrantes da banda sinfônica, que nunca chegou a ser um salário mínimo, os monitores ganhavam um pouco mais… Que seja punido, e que com certeza que vá pra cadeia corrupto.
Filantropia ou Pilantropia ?
Não era esse Tinho Fonseca que dizia que o Lula era ladrão?
e mais a questao e o dinheiro que e desviado gente que nem ta na banda recebe enquanto existe alunos que se doam e nao recebem pra tal fim pois os “bonitoes”estao recebendo por eles e ainda falam que e uma doacão ao instituto
Espero que a investigação possa no final das apurações divulgar as reais condições que passa o instituto, com pouco reconhecimento, sem a devida valorização, incentivo e financiamento a exemplo do qual passa a Cultura em Santarém.
O Instituto sobrevive de doações voluntárias e está prestes a iniciar um reforma no prédio com recursos que ganhou em concorrência em edital da Rede Celpa.
Estou nessa torcida, caro Rodney.
Concordo com você, mas isso não justifica a corrupção. Ou justifica um crime?