Morte de Aguinaldo: MP quer que Will seja levado a júri popular por tentativa de homicídio

Publicado em por em Justiça, Política, Santarém

Morte de Aguinaldo: MP quer que Will seja levado a júri popular por tentativa de homicídido
Aguinaldo, o amigo Will e a namorada Isabela: novo desdobramento do caso. Foto montagem: JC

A morte do empresário e vereador Aguinaldo Promissória, por suicídio, em setembro do ano passado em Santarém (PA), tem um novo desdobramento.

O MPPA (Ministério Público do Pará) pediu à Justiça que Wilkson do Rego Figueira Teles de Sousa, o Will, seja julgado não por lesão corporal leve e ameaça. Mas sim por tentativa de homicídio contra Isabela Pereira Ataíde Lira, a namorada do parlamentar.

O fato ocorreu no mesmo dia em que Aguinaldo Carvalho de Aguiar disparou sua pistola Springfield, calibre 9 milímetros, contra a própria cabeça.

Crime contra a vida

O pedido para que o caso, sob sigilo, saia do Juizado Especial Criminal e seja julgado na 3ª Vara Criminal de Santarém, especializada em júris populares, foi feito pelo promotor Adleer Calderaro Sirotheua.

“Como bem se nota das circunstâncias e especificidades do caso concreto”, destacou o promotor, “vê-se claramente que o bem jurídico primordialmente atacado, de forma dolosa, foi a vida humana, de forma tentada”.

Adleer Sirotheau enumerou quatro fatos que justificariam o seu pedido para que Will seja levado a júri popular por tentar matar Isabela. Eis:

1º) Will atribuiu à Isabela a responsabilidade pela morte de Aguinaldo Promissória, de quem era amigo;

2º) Will, ao chegar ao local do suicídio, logo depois de ser informado pela própria Isabela do ocorrido, tentou matá-la disparando arma de fogo contra ela;

3º) Will só não matou Isabela “por motivos alheios a sua vontade”, pois ela teria corrido e “os disparos não a atigiram”.

4º) Antes de tentar matar Isabela, ainda na casa onde aconteceu o suícidio de Aguinaldo, Will teria agredido-a fisicamente, conforme constatato em exame pericial feito pela Polícia Científica do Pará.

“Dessa forma, pelos elementos colhidos, verifica-se claramente que o investigado [Wilkson Sousa] agiu com animus necandi, ou seja, com dolo de ceifar a vida da ofendida [Isabela Lira], só não consumando seu intento por motivos alheios à sua vontade”, pontou Adleer Sirotheua, da 1ª Promotoria de Justiça de Santarém.

Na cena do crime

A morte de Aguinaldo Carvalho de Aguiar, o Aguinaldo Promissória, 46 anos à época, aconteceu na madrugada do dia 25 de setembro do ano passado, em sua residência, na avenida Anysio Chaves, bairro do Aeroporto Velho.

Ele se suicidou com um tiro de pistola. Isabela Ataíde Lira estava junto com o namorado na suíte do empresário. Após o disparo, ela ligou para polícia e mais dois amigos de Aguinaldo, entre os quais Will, e ainda para uma filha do suicida.

Will e Graziele chegaram antes da polícia. Ao se depararem com o corpo de Aguinaldo em meio poças de sangue, os dois começaram a proferir palavrões à Isabela, que ainda sofreu agressão física (socos, tapas, chutes) de Will.

Na sequência, Will teria pego a pistola que estava ao lado do corpo de Aguinaldo e apontou em direção de Isabela, momento que ela correu, e conseguiu escapar dos tiros que Will disparou em sua direção.

Posição (decúbito dorsal) em que o empresário foi encontrado morto na suíte em sua casa na avenida Anysio Chaves. Foto: Reprodução/Polícia Científica do Pará

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Câmera interna: Vídeo mostra chegada de Isabela com outro homem na casa de Aguinaldo; assista.

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