Se vivo, o poeta e autor do “Diário de um Convertido” (2000) Emir Bemerguy (foto) completaria hoje 83 anos.
O escritor católico santareno morreu em novembro de 2012.
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Eis a opinião dele, em artigo publico no jornal O Liberal em janeiro de 1986, sobre o polêmico ex-prefeito Elias Pinto
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– Era um autodidata, sem cursos regulares, porém um dos mais convincentes oradores e jornalistas que já encontrei até hoje. De quebra, um conversador brilhante que prendia os interlocutores sem ser palavroso demais.
Esse e outros artigos de Bemerguy estão reunidos no livro Santarenices, coisas de Santarém, lançado pelo ICBS em 2010.
Na frase que cito do livro do Dr. Emir, o certo é “…quanta luz há…”. Abraços
Sobre o Sr. Elias Pinto, foi vítima da máquina política dominante à época. Visionário, foi o principal artífice da construção e implantação da Tecejuta, o que foi conseguido depois de 10 anos de luta. Percebeu que o beneficiamento da juta produzida na várzea da Amazônia traria mais benefícios à população e assim lutou para que deixássemos de ser somente fornecedores de matéria prima para o Sul. Se vivo estivesse, certamente estaria lutando para que a soja que aí é colhida, também aí fosse industrializada. Carecemos de líderes, cuja principal característica, como o Sr.Elias Pinto, é pensar no povo. Chega de falsos líderes que só pensam no próprio bolso. TAPAJOARAMENTE AZUL,
Trazido pelo meu querido e inesquecível irmão Eriberto que, sem qualquer senão, era um dos devotos e muito amigo do Dr.Emir, devorei o volumoso “Diário de um Convertido” em poucos dias. Além da riqueza do texto, vinha com uma carinhosa dedicatória, menos por meus méritos e mais por méritos do meu irmão. Penso que talvez sua paixão pelo Leão deu também uma forcinha na dedicatória pois, Azulino de berço, é autor do nosso belíssimo hino. Ao final do livro fiquei lamentando a pressa que a deliciosa, leve e rica leitura me fez imprimir, eis que nele o Dr. Emir torna pública a alma do amoroso marido da sua adorada Berenice – amor desde os anos da faculdade de Odontologia em Belém -, e do não menos amoroso filho, pai e amigo, do ímpar poeta, do santareno apaixonado – o que cantou em inúmeras canções e, não é preciso dizer, lindas canções – e, por findo, azulino. Dentre as muitas pérolas do fulgurante livro, guardo na memória e no coração esta que transcrevo: “As estrelas são buracos que Deus faz no céu para que vejamos quanta graça há do lado de lá”. Linda frase, como lindo era a alma do nosso inesquecível poeta e odontólogo, nas horas vagas. Nunca estive pessoalmente com ele, assim como nunca estive com o não menos ilustre ‘Seu”Isoca, embora quando com eles cruzava ou passava em na porta de suas casas, de longe os admirava. Para mim eram pessoas de uma dimensão espiritual e humanitária tão ricas, que os considerava inatingíveis. Hoje sempre que seus nomes vêm à tona, lamento minha timidez e é uma das coisas que invejo positivamente no meu irmão Eriberto, Bebeto, ou Ariba. Ele conviveu com os dois. Por um burro e tacanho comportamento, só me restou “curti-los através de suas obras. TAPAJOARAMENTE AZUL,