Faltando apenas 10 dias para o primeiro turno das eleições, a corrida eleitoral no Pará se acirra e o eleitor vai definindo seu voto. Com o apoio do governador Helder Barbalho (MDB) e de Lula (PT), candidato à Presidência, o deputado federal e candidato ao Senado Beto Faro (PT) tem consolidado seu crescimento no oeste do Pará.
Uma das pautas de maior interesse para o Norte do país, especificamente para o oeste do estado paraense, diz respeito às propostas para ribeirinhos, ribeirinhas e povos da floresta, parte significativa da população da região e, ainda assim, abandonada e perseguida pelo atual governo.
O candidato faz eco ao discurso de Lula, quando diz que “a boiada não vai passar mais”, citando declaração do ex-ministro do Meio Ambiente da atual gestão federal.
- Foco político: Agricultura familiar e meio ambiente: pautas centrais de Beto Faro, candidato ao Senado.
“Temos que criar, na sociedade brasileira, a consciência de que a manutenção da floresta em pé é mais saudável, é mais rentável do que tentar derrubar árvore para plantar soja, milho, cana ou para criar gado. Até porque os grandes produtores que têm responsabilidade, porque vendem os seus produtos no mercado estrangeiro, não querem correr o risco de serem prejudicados porque estão praticando violência contra a nossa Amazônia”, explica o candidato.
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Os planos da nova gestão Lula também incluem representação oficial no governo e a priorização da preservação ambiental, não só para quem vive nas áreas preservadas. Como senador da República, Beto Faro pretende trabalhar diretamente com a promoção dessa agenda, como aliado da luta no estado do Pará e fazendo a ponte entre os governos federal e estadual.
O candidato explica que a gestão de Lula será pautada em um programa que vai sintetizar as necessidades do povo brasileiro, com envolvimento dos indígenas, que terão um ministério específico para tratar dos seus interesses, o Ministério dos Povos Originários. Também confirmou a intenção de Lula de nomear uma liderança indígena ou quilombola para comandar a Funai.
Consepi
Além disso, Faro defende a promoção da pesquisa para transformar parte da riqueza da biodiversidade paraense em possibilidade de melhorar a vida do povo que vive na Amazônia; e também a garantia a demarcação, para impedir garimpo ilegal em terra indígena na Amazônia.
Na esfera estadual, a população indígena já conta com um Conselho de Política Indigenista (Consepi), liderado pela Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh). A entidade foi criada no Pará na gestão do atual governador, Helder Barbalho, em novembro de 2019.
Por meio do Consepi, os povos tradicionais têm um canal de diálogo com o governo para discutir demandas e políticas públicas para as comunidades.
O Pará abriga mais de 70 mil indígenas. A missão do conselho é que o governo esteja em sintonia, ouvindo de forma plural todas as demandas, para que possa construir políticas públicas que efetivamente protejam e garantam os direitos de cada comunidade.
O Consepi conta com 38 representantes de diversas secretarias do governo paraense, órgãos públicos, além de indígenas e instituições indigenistas. Eles vão cumprir mandato de dois anos.
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