Uma estratégia de resistência de ribeirinhos e quilombolas aos megaempreendimentos na Amazônia, como a construção da hidrelétrica de São Luiz do Tapajós e o complexo portuário do Tapajós.
Esse é o tema de fundo do documentário “Protocolos de Consulta no Tapajós: experiências ribeirinhas e quilombolas”, produzido pela ONG Terra de Direitos em parceria com a Comissão Pastoral da Terra, o Movimento dos Atingidos por Barragens, a Federação das Organizações Quilombolas de Santarém (FOQS) e Misereor.
O filme será lançado hoje, 28, na sede da FOQS, para os moradores das comunidades que participaram da construção do material.
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O documentário conta como comunidades quilombolas e ribeirinhas dos municípios de Santarém e de Trairão se organizaram para enfrentar as recentes ameaças aos seus territórios.
Em pouco mais de 15 minutos, os moradores explicam de que forma poderão ser afetados pelos recentes projetos e contam como viram na construção de protocolos de consulta a possibilidade de resistência.
Em breve, o documentário estará disponível na internet.
Apesar de serem diretamente impactados com a construção de portos, de hidrelétricas e pelo avanço do agronegócio através da soja na região, os moradores dessas localidades dizem que não foram consultados sobre esses projetos.
Para impedir essa violação de direitos, as comunidades integrantes da FOQS e as comunidades ribeirinhas de Pimental e São Francisco construíram Protocolos de Consulta Prévia, Livre e Informada. Esses documentos foram construídos em conjunto pelos moradores da região, e conta de que forma querem ser consultados.
Acesse esses documentos aqui e aqui.
Moradora de Pimental, Lúvia Heidy chegou a contar a experiência de construção desse material no Fórum Social Mundial, em março de 2018.
“Pela falta de respeito das empresas e do governo que negam nossa existência, a gente construiu esse protocolo para falar que existimos e queremos ser respeitados. A gente vê isso como uma ferramenta de luta que vai nos ajudar”, falou.
Presidente da FOQS, Dileudo Guimarães também falou da importância do Protocolo. “Ele serve para outras ações e para mobilização da comunidade”, destacou.
Serviço
Lançamento do documentário
Protocolos de Consulta no Tapajós: experiência ribeirinhas e quilombolas
Data: 28 de maio de 2018, às 8h30
Local: Travessa Sorriso de Maria, 250 (entre Tv. Verbena e Tv, Girassol)
Com informações da ONG Terras de Direito
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Toda luta tem respostas e uma vez adquirido os seus direitosé imoral fazer qualquer tipo de exploração,negando assim seus direitos e esforços.Projetos sem ddiálogos ou permissão… Invasão!
Enquanto isso Itaituba já possui 04 portos em operação e mais 5 já estão em instalação! Hoje Miritituba recebe diariamente mais de 700 carretas. Santarém não conseguiu instalar nenhum. Isso que é desenvolvimento. É por essas e outras que ficamos de fora da concessão pública da BR 163 que agora só vai até Miritituba, assim como a ferrogrão que também só irá até Miritituba! Parabéns aos nossos pseudos ambientalistas.