Os polos políticos para sucessão de Helder em 2026. Por João Salame

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Os polos políticos para sucessão de Helder em 2026. Por João Salame
Helder, Daniel, Passarinho, Jatene e Ana Ghassan: tabuleiro de 2026 em formação. Foto montagem: JC

As eleições municipais geralmente são uma prévia para as estaduais, que ocorrem dois anos depois. No Pará, o polo consolidado é o comandado pelo governador Hélder Barbalho, que pretende eleger um número recorde de prefeitos, principalmente pelo MDB, e por partidos aliados.

Um segundo polo deve ser liderado pelos deputados Joaquim Passarinho, Delegado Caveira e Eder Mauro, aliados ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Disposto a ser candidato a governador em 2026, o prefeito de Ananindeua, Daniel Santos, ensaia a formação de um bloco de apoio nos municípios e já estimula o lançamento de dezenas de candidatos a prefeito.

Daniel não pretende ser oposição ao governador, mas sabe que não deve ser o candidato apoiado por Helder para sua sucessão. Por esse motivo, ainda que cautelosamente, estuda a possibilidade de ter um partido pra chamar de seu e vem negociando nessa direção.

Nos bastidores circula a informação que o prefeito Daniel Santos tem se movimentado e já conversou com os presidentes nacionais do PP (Ciro Nogueira), PSDB (Eduardo Leite) e do Solidariedade (Eurípedes Júnior), mas não tomou uma decisão definitiva ainda.

Por conta dessa movimentação, aliados do prefeito teriam sido demitidos de cargos que ocupavam no governo do estado.

Três candidaturas

Nesse contexto, em 2026 existe a possibilidade de pelo menos 3 candidaturas a governador se apresentarem. Uma apoiada pelo governador Hélder Barbalho. Especula-se os nomes da vice-governadora Hana Ghassan (MDB), do senador Beto Faro (PT) e do presidente da Alepa, deputado Chicão (MDB).

Um nome do bloco bolsonarista, possivelmente entre os deputados Joaquim Passarinho e Eder Mauro, e o prefeito Daniel Santos. Composições podem ocorrer entre esses postulantes.

Com popularidade em alta, Helder Barbalho não descuida da articulação política e prepara um bloco suprapartidário em apoio às suas pretensões de dar voos maiores no plano nacional e ao mesmo tempo eleger seu sucessor.

Chicão, deputado estadual reeleito e atual presidente da Alepa. Foto: Alepa

Nada menos que 10 partidos com tempo de televisão participam de seu governo – MDB, PSDB, PP, PSD, PCdoB, União Brasil, PT, PDT, PSB e Podemos. Na oposição, apenas o PL tem tempo de TV. O Solidariedade e o Republicanos ainda não se definiram e o PSOL, em função da reeleição do prefeito Edmilson Rodrigues, deve seguir aliado ao governador.

No PT, existe a expectativa que o prefeito Edmilson Rodrigues retorne aos quadros do partido. Nessa articulação, Ed viria à reeleição pelo Partido dos Trabalhadores com um vice do MDB, apostando na força eleitoral que o governador tem hoje na capital.

Em 2026, o prefeito renunciaria para vir candidato a senador e o partido de Hélder assumiria o comando da prefeitura. Mas, primeiro, tudo passa pela recuperação da imagem do alcaide junto ao eleitorado da capital.

Na ausência de um nome forte para fazer frente ao bloco governista, a pergunta que não quer calar é se o ex-governador Simão Jatene vai colocar seu nome à disposição para a disputa da Prefeitura de Belém ou pendurou as chuteiras para se dedicar à vida de professor e amante da música.

O fato é que os partidos sequer estão cogitando essa hipótese, talvez muito em função da dificuldade que Jatene tinha em lidar com as lideranças políticas.

João Salame

É jornalista, ex-deputado estadual, ex-prefeito de Marabá, onde nasceu. Tem 62 anos e é o editor-chefe do site Opinião em Pauta, onde o artigo acima foi publicado originalmente. Ele pode ser encontrado também no…

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3 Responses to Os polos políticos para sucessão de Helder em 2026. Por João Salame

  • como Jatenista de quatro costados posso afirmar ,que Jatene só sera candidato em 2026; e com certeza pelo PL, agora seu liderado, Júlio Saraiva será candidato a vereador de Belém em 2024, pela agremiação do Partido Liberal.

  • Rapaz, do jeito que o homem é tinhoso e já provou isso, não duvido nada que Helder seja candidato a presidente da república, no futuro não tão distante. Se ele vai se eleger, bom, aí são outros quinhentos, mas vejo que ele tem lastro pra peitar uma candidatura à presidência. Mas, como diria minha vó, o futuro não me pertence. O que sei, hoje, no presente é que os bozistas sem brilho Passarinho, Eder Mauro e Caveira, são apenas cachorros mortos no lixão do Aurá, ou seja, não fazem frente à robustez política do filho preferido de Jader Barbalho.

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