Taxa de letalidade alta da covid-19 está associada à subnotificação, diz professor

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Taxa de letalidade alta da covid-19 está associada à subnotificação, diz  professor
Mapa do coronavírus em Santarém solicitado pelo Ministério Público do Pará à Semsa e Pa Sespa com casos confirmados, suspeitos e mortes por covid-19. Dados de 20/04/2020

A propósito da matéria Letalidade da covid-19 em Santarém é de 17%; 3 vezes maior que média nacional, eis a opinião de Clayton Santos, professor universitário (Ulbra) e doutorando em Ciências Ambientais, pela Ufopa, sobre essa taxa.

Ele aponta como é possível baixar essa elevada taxa de letalidade, que em Santarém é acima da média nacional.

Clayton Santos

É notório que a taxa de letalidade do novo coronavírus no Brasil e em Santarém vem aumentando nos últimos dias. A taxa de letalidade de uma doença é dada pela razão entre a quantidade de óbitos e o número total de infectados. O resultado é uma porcentagem que indica a gravidade de uma doença. No Brasil, essa taxa é de aproximadamente 6,4% e em Santarém, incríveis 17%.

Após algumas pesquisas, observou-se que existem diversos fatores que podem ser apontados como cruciais para a elevação dessa taxa, tais como:

✔ Variação na taxa de letalidade nos países pode ser explicada pela quantidade de testes feitos;

✔ O problema é que no Brasil, por enquanto, só tem testado os casos hospitalizados; os de clínicas sentinelas e os profissionais de saúde, o que acarreta subnotificação de casos;

 

✔ Outro fator relevante para o cálculo de letalidade é a capacidade dos sistemas de saúde de cuidar de seus pacientes. Além da ausência de testes para todos no país, a sobrecarga no sistema de saúde leva esse número para cima.



Importante ressaltar que países como Alemanha e Coreia do Sul têm taxas mais baixas devido às testagens em massa e maior quantidade de leitos de UTI. Alemanha e Coreia do Sul possuem taxas de morte, de 0,8% e 1,5%, respectivamente.

A preocupação de diversos infectologistas neste momento é em achatar a curva de contaminação. Evitando a sobrecarga e, consequentemente, o colapso do sistema de saúde, é possível manter uma taxa de letalidade baixa.”


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