Atraso em repasse financeiro do governo Helder afeta quase 2 mil alunos de 24 escolas no Pará

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Atraso em repasse financeiro do governo Helder afeta quase 2 mil alunos de 24 escolas no Pará
Alunos da rede de Casas Familiares Rurais no Pará na cidade de São Félix do Xingu. Foto: Reprodução

O atraso no repasse financeiro, que já dura 9 meses, por parte do governo Helder Barbalho para as 24 escolas vinculadas às Casas Familiares Rurais no Pará está gerando graves consequências a quase 2 mil alunos nelas matriculados.

Por conta dessa negligência, a evasão escolar e insegurança alimentar dos alunos, devido a falta de merenda escolar, entre outros problemas, emergiram, avolumando-se para uma “situação crítica”, conforme nota pública divulgada pela Federação das Casas Familiares Rurais do Pará (Fecafar-PA) sobre o caso.

Leia a íntegra no link disponível o final da matéria.

Em um esforço para resolver a situação, a Fecafar-PA organizou uma série de ações e reuniões em Belém. No final de outubro, cerca de 50 pessoas de diversas regiões do estado participaram de uma reunião com o chefe da Casa Civil, Luiziel Guedes, com o objetivo de garantir a liberação das verbas necessárias.

Além disso, uma manifestação foi realizada nas dependências da Seduc no dia 23 de outubro, quando representantes do setor financeiro e do departamento de cultura afrodescendente receberam o grupo, mas sem encaminhamentos positivos.

Educação em regiões onde o ensino estadual não alcança

A federação também se reuniu com o ouvidor geral do Pará, Luiz Henrique Reimão, e com deputados estaduais e federais, incluindo Airton Faleiro e Dirceu Ten Caten, ambos do PT. Esses encontros visavam mobilizar apoio político e garantir uma reunião com o governador Helder Barbalho, caso as negociações não avancem.

Uma reunião com o secretário Rossieli Soares, titular da Seduc, e Renata Mirella Coelho, secretária estadual Planejamento e Administração, foi agendada para o dia 29 de outubro, com o objetivo de discutir a liberação de verba orçamentária para a regularização repasse.

Escola rural em Abaetetuba: no estado, há 24 ao todo. Foto: Reprodução

A situação afeta diretamente, segundo a federação, “24 escolas comunitárias, 1.820 alunos, 219 servidores e inúmeras comunidades”. Ela destaca que a manutenção das Casas Familiares Rurais é crucial para garantir acesso à educação em regiões onde a rede regular de ensino do governo estadual não alcança.

Organização coletiva

O presidente da Fecafar-PA, Edson Luís Azevedo Moura, enfatizou a importância da organização coletiva para o avanço das negociações, afirmando que “todo avanço alcançado só foi possível graças ao esforço de cada indivíduo que se disponibilizou a envolver-se direta ou indiretamente neste movimento”.

Leia a íntegra da nota.

O JC tentou contato com a Seduc e assessoria do governador Helder Barbalho, mas até o fechamento desta matéria não obteve retorno. O espaço fica aberto para o oportuno contraponto.

O que são CFRs

As Casas Familiares Rurais (CFRs) são escolas comunitárias privadas que oferecem ensino médio e técnico gratuito a jovens do campo e adultos que não tiveram acesso à educação.

A CFR de Santarém (PA), por exemplo, foi fundada em 1999 e é um exemplo de escola desse tipo. Ou seja, não tem fins lucrativos e a gestão é democrática e participativa; oferece cursos técnicos em agropecuária, agroecologia, zootecnia, entre outros.

As CFRs utilizam a Pedagogia da Alternância, que permite aos alunos analisar e participar da realidade em que vivem. Elas são essenciais para o desenvolvimento da agricultura familiar e de base agroecológica

Integrantes da Fecafar-PA no Ministério Público. Foto: Reprodução

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Uma comentário para

  • Gostei da matéria,pos a mesma expõe o descaso que este governo tirano,nos submete

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