Caps reúne imprensa para falar sobre suicídio em Alenquer, onde o número de casos é elevado

Publicado em por em Alenquer, Pará, Saúde

Adson Batista (psicólogo), Elaine Bezerra (assistente social), Liliane Leitão (enfermeira), Silvan Cardoso (repórter do JC), Carlos Brilhante (Portal HR) e Alesandra Mesquita (psicóloga). Foto: JC

O Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de Alenquer (PA) convidou representantes das emissoras de televisão, rádio, portais de notícias e redes sociais do município para uma reunião. Objetivo: a campanha de prevenção ao suicídio, que está sendo realizada pelo órgão e que faz parte da programação deste ano.

Compareceram à reunião às 9h desta terça-feira (30) somente o representante do JC, Silvan Cardoso, da assessoria de comunicação da Prefeitura de Alenquer, Marcelinho Sousa, e da página Hermes de Roma, Carlos Kleber Brilhante, o Bibi.

Os represententes da Rádio Comunitária de Alenquer (RCA), da TV Ponta Negra e da TV Nazaré não justificaram a ausência. Representantes do Portal Leitão compareceram somente uma hora mais tarde ao horário previsto.

Na reunião estiveram dois psicólogos, Alessandra Mesquita e Adson Batista, uma assistente social, Elaine Bezerra, além da coordenadora do Caps e enfermeira, Liliane Leitão, que mediou o encontro.

Casos de suicídio

O elevado número de casos de suicídio ocorridos em Alenquer em 2023 – 6 mortes – e dos já ocorridos neste ano de 2024, que chegam a 3 mortes, praticamente metade do ano passado, foi o tema destacado no encontro.

Foi também abordado as transmissões ao vivo nas redes sociais promovidas por repórteres de Alenquer, em que mostram em tempo real o lugar, expõe a família e, algumas vezes, os objetos utilizados pelo suicida, fato que, de acordo com a psicóloga Alessandra Mesquita, chama-se Efeito Contágio.

A atitude de divulgar com destaque nos meios de comunicação as mortes por suicídios motiva outras pessoas com problemas psicológicos a praticarem o mesmo ato. É uma realidade que a cidade está vivendo no momento, pontou a psicóloga.

Transtorno

Foi solicitado aos presentes toda colaboração possível para ajudar no combate à prevenção, evitando que se dê ênfase à população dos casos confirmados e, assim, sejam evitados mais estímulos para outras possíveis vítimas. Alessandra Mesquita disse ainda que a maior parte dos suicídios em Alenquer acontecem com quem apresenta algum transtorno.

A assistente social Elaine Bezerra disse que a família é fundamental nesse combate, entretanto, muitas famílias alenquerenses não conseguem dar o devido apoio à pessoa próxima que possui transtorno.

Liliane Leitão complementou afirmando que a maioria das vitimas por suicídio em Alenquer são do sexo masculino, viviam numa família desestruturada emocionalmente e costumavam fazer uso de substâncias nocivas, como álcool, tabaco e drogas ilicitas que, segundo ela, “dá o gatilho” para o ato.

Busca de ajuda

O Caps de Alenquer informou que dará continuidade à programação de combate ao suicídio em Alenquer e que está à disposição dos comunicadores e da sociedade em geral para dar informações ou ajudar no que cabe ao órgão.

Para quem está procurando ajuda psicológica ou qualquer informação sobre o assunto em Alenquer, a pessoa pode entrar em contato pelo número (93) 91226-825 ou com o Centro de Valorização da Vida (CVV), pelo número 188, ou com o Caps de Alenquer.

Alessandra Mesquita e Marcelino Sousa, da Ascom da PMA. Foto: JC

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