
O escritório local da Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural) do Pará em Alenquer, na regiçao do Baixo Amazonas, está mobilizando pescadores artesanais da comunidade Nova Esperança para contratos de crédito rural com o Banco da Amazônia (Basa).
A expectativa é, segundo o presidente da Emater no estado, Joniel Vieira, que, até o fim do semestre, pelo menos 56 famílias recebam, individualmente, até R$ 25 mil para comprar apetrechos, como malhadeira, e eventualmente para renovar as pequenas embarcações, conhecidas na região como “bajaras”.
João Gabriel da Silva, de 22 anos, proprietário da fazenda Nova Esperança I, é um dos interessados. Atendido pela Emater desde 2020, o pescador trabalha também com mandioca, milho, gado, carneiro e galinha caipira, em uma área de 36 hectares, na cabeceira do rio Cuipeia, onde a captura é sobretudo de acari, carauaçu, piranha, tambaqui e tucunaré.
“Será um dinheiro muito bem-vindo. Precisamos reformar, reestruturar. Penso longo em uma canoa melhor”, diz o trabalhador João Gabriel.
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Basa Digital
No começo deste mês de fevereiro, a Emater promoveu, dentro da própria Nova Esperança, em um núcleo comunitário, mais uma reunião com os pescadores, para esclarecer dúvidas e fortalecer orientações.
Uma das possibilidades é crédito rural pela plataforma Basa Digital, na qual o acesso é acelerado, pelos desentraves burocráticos. Para o chefe do escritório local da Emater em Alenquer, o técnico em agropecuária Waldomiro Yared, o acompanhamento da Emater reforça o viés de sustentabilidade e de segurança alimentar da pesca artesanal no município.
“É uma atividade nobre, que valoriza tradições nutricionais, mas que exige respeito ao biossistema, para preservar. Nossa parceria é de difusão tecnológica, educação ambiental, intermediação de recursos”, explica.
De acordo com o especialista, ainda, o aporte financeiro deve aumentar a produtividade e a qualidade dos produtos, repercutindo em geração de renda.
“A família começa a ter capacidade de, por exemplo, investir na compra de isopor e de equipamentos, para conservar o peixe por mais tempo e ampliar o leque de comercialização”, completa.

Com informações da Agência Pará de Notícias e redação do JC
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