Ministério da Agricultura proíbe plantio de soja por 90 dias em 37 cidades do PA; saiba o motivo

Publicado em por em Pará, Santarém

Por 90 dias, está proibido o plantio de soja 37 municípios do Pará; saiba o motivo
Pé de soja em uma área de cultivo em Santarém: proibição por 90 dias, desde ontem. Foto: Arquivo JC

O Pará iniciou nesta quinta-feira (15) o terceiro Vazio Sanitário da Soja, período de 90 dias em que não é permitido cultivar plantas de soja em qualquer estágio de desenvolvimento. A medida visa proteger o território paraense do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem asiática, doença grave que pode ocasionar até 90% de perda da safra.

O cultivo fica proibido em 37 municípios de três regiões de Integração do estado: Baixo Amazonas, Xingu e Marajó, até 15 de novembro.

A Adepará (Agência de Defesa Agropecuária do Pará) alerta aos sojicultores que é fundamental quebrar o ciclo do fungo, para que não se manifeste na próxima safra. Por isso, o cultivo de soja e a presença de plantas vivas da espécie nas propriedades produtoras ficam proibidos durante os três períodos de vazio sanitário.

Os 90 dias de proibição foi estabelecido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para o estado.

A fiscal estadual agropecuária Thaís Leão, responsável técnica pelo programa da Soja na Adepará, explica que “o Ministério da Agricultura determina esse período de vazio no país inteiro. Nós, da Adepará, aplicamos o cumprimento da legislação. O nosso estado, como tem dimensões continentais, apresenta condições climáticas diferentes de uma região para outra. Essa janela imposta pelo vazio consegue agrupar esses três períodos, em que temos essas condições climáticas semelhantes. É uma medida fitossanitária para proteger o estado contra essa praga severa, que atinge esse cultivo e pode comprometer comercialmente a sojicultura”.

A Adepará faz o controle da ferrugem asiática em todas as regiões produtoras de soja no território paraense. Para manter a sanidade do cultivo, a agência faz o cadastro anual de produtores, o monitoramento de ocorrência da praga durante o período de safra e a fiscalização do cumprimento dos períodos do vazio sanitário e do calendário de semeadura.

Para evitar o fungo, os fiscais estaduais agropecuários realizaram quase mil inspeções nos 150 mil hectares de área plantada de soja no estado. Atualmente, estão cadastrados 824 produtores em 44 municípios atendidos pelo programa da Soja na Adepará, além de quase duas mil propriedades.

Vazio Sanitário, de 15 de agosto a 15 de novembro

Municípios e respectivas regiões de Integração

Baixo Amazonas: Alenquer, Almeirim, Belterra, Curuá, Faro, Juruti, Mojuí dos Campos, Monte Alegre, Óbidos, Oriximiná, Porto de Moz, Prainha, Santarém e Terra Santa

Xingu – Altamira (exceto os distritos de Cachoeira Grande e Castelo de Sonhos), Anapu, Brasil Novo, Medicilândia, Placas, Rurópolis, Senador José Porfírio, Uruará e Vitória do Xingu.

Marajó – Afuá, Anajás, Bagre, Breves, Cachoeira do Arari, Chaves, Gurupá, Melgaço, Muaná, Ponta de Pedras, Portel, Salvaterra, Santa Cruz do Arari e Soure.

Colheita de soja no polo Tapajós: proibição por 90 dias. Foto: Sirsan/arquivo JC

Com informações e fotos da Agência Pará de Notícias

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