O Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais (MPP) realiza, entre os dias 24 (amanhã) e 26 (sexta-feira), o Seminário de Preparação para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Santarém (PA). Essa é a primeira vez que pescadores artesanais se organizam coletivamente para participar do evento global.
O seminário começa na quinta-feira (24) e tem como tema “Pescadores e pescadoras artesanais rumo à COP 30, na luta por justiça socioambiental”. No primeiro dia, serão debatidos a conjuntura socioambiental do país, a crise climática e seus efeitos nos territórios pesqueiros, bem como as falsas soluções, como o mercado de carbono e a transição energética injusta.
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Na sexta-feira (25), as discussões se concentraram na COP30, com foco em soluções comunitárias. Já no sábado (26), haverá um ato público com entrega de um documento político em defesa dos direitos dos pescadores artesanais.
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O evento reúne representantes de comunidades pesqueiras de 12 estados: Amazonas, Pará, Amapá, Maranhão, Piauí, Ceará, Bahia, Sergipe, Minas Gerais, Espírito Santo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
“Esse seminário nacional surge da necessidade de olhar o processo da emergência climática que estamos vivendo no mundo e no Brasil, com a seca na Amazônia, a cheia no Sul e em várias partes do Brasil. Pensamos em refletir sobre esse tema porque é uma COP no Brasil e não seremos mero espectadores, mas como participantes, apresentando as nossas pautas”, destaca Josana Pinto da coordenação nacional do MPP.
Sobre o MPP
O MPP é um movimento nacional e popular composto por comunidades pesqueiras, formado por povos de águas doces e salgadas, dos rios, lagoas, lagos, açudes, riachos, mares e manguezais.
Nasceu em 2010 como uma resposta coletiva para combater o intenso processo de violação e perda de direitos, além do avanço dos empreendimentos econômicos sobre os territórios pesqueiros.
Atualmente, o MPP está organizado em 18 estados do país e organiza aproximadamente 500 mil pescadores e pescadoras artesanais.
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