
Doca Albuquerque, prefeito de Terra Santa (PA), decidiu nesta semana instaurar PAD (Processo Administrativo Disciplinar) contra um dos seus ex-secretários (e servidor público concursado) acusado pelo Ministério Público do Pará de crime de stalking (perseguição) contra mulheres do serviço público municipal.
A portaria que oficializa a abertura do PAD, assinada na quinta-feira (9), ocorreu depois de Iranildo Silva ter elaborado um relatório, e entregue a órgãos públicos de controle externo, inclusive à Câmara de Vereadores, com denúncias de corrupção (improbidade administrativa) praticadas pelo governo Doca e Jaciara Picanço, a vice-prefeita, ambos do PSD.
O PAD contra o suposto stalker foi recomendado pelo MPPA ao prefeito em agosto deste ano.
Na época, Iranildo da Conceição dos Santos Silva ocupava o cargo de titular da Controladoria Geral de Terra Santa, nomeado por Doca depois de tê-lo demitido do comando da Semsa (Secretaria Municipal de Saúde).
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O prefeito ignorou a recomendação do MP assinada pelo promotor Guilherme Lima Carvalho. Resolveu, no entanto, acatá-la nesta semana – 71 dias depois de receber o documento que lhe foi enviado pelo órgão ministerial.
Reação
Iranildo Silva sentiu o golpe após tomar conhecimento da abertura do PAD contra ele. E reagiu: foi às redes sociais nesta sexta-feira (10), e, em vídeo, revelou as causas do seu “afastamento e de outra colega” da Controladoria Geral de Terra Santa.
Assista!
Quem é ele
Iranildo da Conceição dos Santos Silva é servidor público municipal concursado. Até pouco tempo, comandava a Controladoria Geral de Terra Santa, por nomeação do prefeito Doca (PSD). Antes, dirigiu a Secretaria Municipal de Saúde.
Foi nesse cargo que, supostamente, teria deflagrado perseguição obsessiva (assédio moral e sexual, segundo nota da prefeitura) contra ao menos 6 mulheres lotadas na pasta.
Em setembro deste ano, o MP ajuizou o processo por prática de stalking contra servidoras subordinadas a ele em Terra Santa, oeste do estado.
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O JC entrou em contato com Doca Albuquerque. Até a publicação desta matéria, ele ainda não havia se manifestado sobre o caso.
No entanto, em “Nota de Esclarecimento” nesta sexta-feira (10) sobre o PAD, a Prefeitura de Terra Santa disse que o “prefeito condena qualquer atitude relacionada a assédio moral ou sexual, e afirma que as irregularidades, caso confirmadas pela Comissão Processante, serão devidamente punidas na forma prevista no Regimento Jurídico dos Servidores Públicos do Município”.
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