Sindpol vai à Justiça contra JC por matéria sobre policial envolvido em tráfico de drogas

Publicado em por em Almeirim, Belém, Justiça, Pará

Sindpol vai à Justiça contra JC por matéria sobre policial envolvido em tráfico de drogas
No detalhe, o investigador Fernando Pereira, diretor de Patrimônio do Sindpol. Foto montagem: JC

O Sindpol-PA (Sindicato dos Serviços Públicos da Polícia Civil do Estado do Pará) entrou com uma ação judicial nesta quinta-feira (16) visando a remoção de seu nome de postagens consideradas ofensivas e prejudiciais em redes sociais e site do portal JC.

A ação foi protocolada na 8ª Vara Cível e Empresarial de Belém e tem como alvos também o Facebook Serviços Online do Brasil Ltda., responsável pelo aplicativo Instagram.

Na ação, o Sindpol alega que seu nome foi utilizado de maneira inadequada em reportagem que associa a entidade a atos ilícitos praticados por um indivíduo, sem qualquer envolvimento do sindicato. O indivíduo, conforme o JC apurou antes da publicação da matéria, é o investigador Fernando Guilherme Lorenz Pereira.

Há 35 anos da Polícia Civil do Pará, Fernando Pereira está lotado na delegacia do distrito de Icoaraci, município de Belém. Ele é diretor de Patrimônio do Sindpol-PA. O sindicato é presidido por Ednaldo Araújo dos Santos.

O investigador fugiu do cerco da Polícia Militar do Pará, no município de Almeirim, depois de ser flagrado com 200 quilos de maconha, carga abandonada pelo policial na fuga. Ele se encontra na condição de foragido.

Matéria compromete a imagem do sindicato

Para o Sindpol, o uso do nome do sindicato na matéria “não agrega informações essenciais ou relevantes para a notícia”. Destaca ainda que tal associação “compromete a imagem do SINDPOL”.

O sindicato argumenta ainda que manutenção dessa reportagem pode causar “dano irreparável ou de difícil reparação à reputação e à credibilidade da entidade”. A ação solicita a remoção imediata do nome do Sindpol das publicações, sob pena de multa diária de R$ 500,00 em caso de descumprimento.

A entidade reitera que a responsabilidade pelos atos ilícitos recai sobre o indivíduo que os praticou e que “é fundamental separar a conduta individual de qualquer vínculo que o agente tenha com instituições ou organizações”.

A defesa do Sindpol é feita pela advogada Clêbia de Sousa Costa, e inclui um pedido para que o processo tramite em segredo de justiça. Na ação, ela também manifesta desinteresse em autocomposição, seja por audiência de conciliação ou mediação, e dá à causa o valor de R$ 1.518,00.

Contraponto

O JC ainda não foi notificado pela Justiça.

— O JC também está no Telegram. E temos ainda canal do WhatsAPP. Siga-nos e leia notícias, veja vídeos e muito mais.


Publicado por:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *