No cargo, salário da nº 2 da Saúde duplicou

Publicado em por em pessoas, Política, Saúde

O salário médio pago pela Prefeitura de Santarém (PMS) à médica Lívia Correa e Castro duplicou a partir no ano que ela passou a ocupar o cargo de secretária adjunta da pasta municipal de Saúde (Semsa), em janeiro de 2013.

A informação consta no Portal Transparência da PMS.

Von, Livia e Valdenira
Valdenira Cunha, nº 1 da Saúde, Von e Lívia

O blog pesquisou os 6 últimos contracheques da médica antes dela assumir o cargo de nº 2 da Semsa (julho a dezembro de 2012), e constatou que, em média, ela recebia cerca de R$ 10 mil/mês, já com os descontos legais.

Agora, com base no período de julho a dezembro de 2013, a média salarial de Lívia Correa saltou para R$ 21 mil.

No Leia Mais, abaixo, confira os 6 salários antes e depois dela ocupar o posto de nº 2 da Saúde.

Além de secretária adjunta, Lívia tira “plantões” na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) do HMS (Hospital Municipal de Santarém), conforme ela revelou ao blog.

Mês passado, a médica recebeu R$ 28,2 mil (líquido) dos cofres públicos. Em janeiro, o contracheque dela também bateu a casa dos R$ 20 mil (exatos R$ 22.032,83).

Como secretária adjunta, Lívia recebe pouco mais de R$ 6 mil.

Pela lei que rege o SUS (Sistema Único de Saúde), ocupantes de cargos de confiança, é caso da médica, só podem exercê-lo em regime de dedicação exclusiva – Lei 8.080/1990, artigo 28.

Ano 2012

Mês – Salário bruto – salário líquido

Julho R$ 16.377,59 R$ 10.562,05
Agosto R$ 17.377,59 R$ 11.287,05
Setembro R$ 15.377,59 R$ 11.592,97
Outubro R$ 12.077,59 R$ 9.200,47
Novembro R$ 12.077,59 R$ 9.200,47
Dezembro R$ 11.077,59 R$ 8.475,47
TOTAL  R$      84.365,54  R$       60.318,48
Média  R$      14.060,92  R$       10.053,08

 

– – – – – – – – – – – – – – – – – – – –  – – – – – — – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –

Ano 2013

Mês – Salário bruto – salário líquido

ANO: 2013
Julho R$ 26.724,33 R$ 19.834,04
Agosto R$ 26.724,33 R$ 19.834,04
Setembro R$ 26.724,33 R$ 19.834,04
Outubro R$ 26.724,33 R$ 19.834,04
Novembro R$ 36.965,77 R$ 27.259,08
Dezembro R$ 26.724,33  R$ 19.834,04
TOTAL R$ 143.863,09 R$ 126.429,28
Média R$ 23.977,18 R$ 21.071,55

 

– – – – – – – – – – – – – – — – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –

 

 ANO: 2014
Janeiro R$ 29.733,53 R$ 22.032,83
Fevereiro R$ 38.311,37 R$ 28.251,77
Total R$ 68.044,90 R$ 50.284,60
Média R$ 34.022,45 R$ 25.142,30


Publicado por:

9 Responses to No cargo, salário da nº 2 da Saúde duplicou

  • Estamos esquecendo de fazer algumas perguntas importantes neste debate: Por que a Lei do SUS (Lei no. 8.080/1990) determina que os cargos de direção e chefia no SUS sejam de dedicação exclusiva? Será que isso existe na Lei só para perturbar a vida dos médicos que tem que trabalhar em outros lugares? Será que exigir que gestores no SUS se dediquem integralmente as suas funções é um mero detalhe que pode ser desconsiderado na Lei?

  • o Brasileiro sempre procura justificar um erro seu. Essas pessoas que estão em cargo publico, sempre justificando que trabalham muito, são honestas, se preocupam com a população.

    O Brasil esta infestado de corrupção, e isso que a Dr. Lívia esta fazendo e corrupção.

    DR(A) LÍVIA, DESISTA DO CARGO, NÃO SUJE SUA IMAGEM POSITIVA POR UM CARGO PUBLICO QUE NÃO ESTA LHE TRAZENDO RETORNO ALGUM, SÓ PREJUÍZO MORAL.

  • Tenho certeza que a dra Lívia e a dra Valdenira não ganham sem trabalhar. E que são competentes, dedicadas e sempre à disposição da profissão, da ciência, da arte e da cultura médica, do serviço de saúde e da gestão governamental.

  • A dra Lívia é médica concursada da Prefeitura de Santarém desde 1998. Veio para a Amazônia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1996, para Oriximiná. Fez especialização em terapia intensiva na Universidade de São Paulo ( USP ), indicada pelo dr Alexandre Padilha, ex-ministro da saúde, que era infectologista da USP em Santarém. Foi liberada pelo ex-secretário Aílton Barros e pelo ex-prefeito Lira Maia, então. Colaborou e até hoje colabora para a implantação e funcionamento da UTI do Hospital Municipal desde 2001. É plantonista da UTI do Hospital Regional, desde quando ele entrou em operação, ainda no governo estadual petista. em 2007. Foi diretora do Hospital Geral da Unimed e tem um consultório particular, hoje quase sem a sua presença. para o desespero de muitas pessoas, com clientes de Santarém e do Baixo Amazonas.
    A sua presença na equipe da Secretaria Municipal de Saúde de Santarém ( SEMSA ), dirigida pela dra Valdenira Cunha, é muito bom para a população local. É claro que identifico muitos desafios por superar na saúde municipal. E como meus companheiros e companheiras do Partido dos Trabalhadores, discordo de muitos rumos que a Prefeitura tem tomado com a saúde do município. Mas acho que os profissionais de saúde que trabalham, ademais, como gestores, devem ser muito bem remunerados. Em nossa cidade, faltam médicos na atenção básica e também nas especialidades. A dra Lívia e a dra Valdenira são essenciais na clínica, sempre, e pelo tempo que forem da confiança do prefeito atual, na gestão. Elas tem legitimidade e direito. Os médicos e médicas não podem ser discriminados dos cargos de gestão, nem dispensados dos serviços de assistência por isso. Finalmente, ainda que minha diferença ideológica e partidária com a dra Lívia seja de abissal oposição, minha admiração profissional não me permite o silêncio, nesse momento. Afirmo que sua exposição pública, que insinua irregularidade de conduta, ilegalidade que não há, até, é injusta.

  • A dra Lívia, secretária adjunta de saúde do município de Santarém, é médica concursada da Prefeitura desde 1998. Veio para a Amazônia pela Universidade Federal Fluminense, campus de Oriximiná, acho que em 1996. É médica que faz clínica e é especializada em terapia intensiva. Fez a residência médica ( ou pós graduação), em São Paulo, por indicação do ex ministro da saúde, Alexandre Padilha, que na época era infectologista da USP ( Universidade de São Paulo) e do Hospital Emílio Ribas ( SP) em Santarém. Foi liberada pelo secretário Aílton Barros, então, e pelo ex-prefeito Lira Maia. Voltou pra Santarém, colaborou( e até hoje colabora ) para a implantação e funcionamento da UTI do Hospital Municipal, desde 2001. É plantonista da UTI do hospital Regional, desde que o governo estadual petista inaugurou o funcionamento do HRB, em 2007. Seu consultório particular, hoje quase sem a sua presença, para o desespero de algumas pessoas, tem muitos clientes, da cidade e do Baixo Amazonas.
    A dra Lívia foi diretora do Hospital da Unimed e foi convidada para dirigir o Pronto Socorro Municipal, anteriormente, quando na ocasião não aceitou. Sua presença na atual equipe da SEMSA, dirigida pela dra Valdenira Cunha, é muito bom para a população de Santarém. Ela trabalha na gestão e continua trabalhando como médica.
    É claro que identifico desafios ainda por superar na saúde do município. E que discordo de alguns rumos atuais da Prefeitura, na direção da saúde municipal, como meus companheiros e companheiras do Partido dos Trabalhadores. Mas deixo claro que o salário e a remuneração de profissionais de medicina e gestores de saúde pública deve alcançar pelo menos mil reais por dia ( o menor valor para um plantão médico de doze horas). Que não há ilegalidade se há compatibilidade de horário. Que a dra Lívia, como a dra Valdenira, são excelentes profissionais e gestoras dedicadas. Que os médicos e as médicas não podem ser discriminados ou discriminadas para o exercício da função de gestores/as. Que em nossa cidade faltam médicos na atenção primária e também médicos especialistas, como as dras Lívia e Valdenira, que tem a legitimidade e o direito de serem médicas e gestoras, além de bem remuneradas.
    Tenho certeza que a dra Lívia não ganha sem trabalhar. Minha diferença ideológica e partidária com ela, que eu classificaria como abissal oposição, não me permite o silêncio nesse momento. A exposição pública que insinua qualquer irregularidade de conduta da dra Lívia, ilegalidade que não há, até, é injusta.
    EVERALDO MARTINS FILHO. Médico

  • Impressionantes, enquanto elas estão trabalhando honestamente, os ornestos da vida estão arquitetando de como assaltar os cofres públicos, pois sabem que fica por isso, ninguém vai pra cadeia.

  • Se comparássemos as falas, de 2012, dos então candidatos a prefeito Alexandre Von e Zenaldo Coutinho (Santarém e Belém, respectivamente), ambos do PSDB, poderíamos jurar que tinham engolido o mesmo cd sobre os conceitos de “gestão pública”. Falar feito papagaio é uma coisa, colocar em prática é outra. Quanto à problemática dos cargos de confiança na área da saúde, ao contrário do que tentam mostrar à população, é uma questão bem simples de se resolver. Não é obrigatório ser médico para ocupá-los. Aliás, pouquíssimos médicos entendem alguma coisa de gestão. Cabe aos médicos estudarem continuamente e praticarem o aprendido, de modo a não se tornarem obsoletos e porem em risco algum paciente. Existem profissionais em nossa cidade habilitados em Economia, Administração ou Gestão, Gestão Hospitalar, Gestão no SUS, Planejamento etc. Há pessoas da área de Enfermagem que administrariam muito melhor que vários médicos. Qual médico vai dedicar-se exclusivamente ao cargo de confiança do SUS? Se essas médicas são absolutamente necessárias em suas respectivas especialidades, errou o prefeito ao escolhê-las, erraram as médicas ao aceitarem os cargos. Isso para dizer o mínimo. Se houve má-fé, se elas se aproveitaram dos cargos, se, além do acúmulo ilegal de cargos, elas aproveitaram para receber sobre plantões não realizados, ou “superfaturaram” os seus trabalhos, tudo isso deve ser apurado pelo Ministério Público com a obrigatória imparcialidade. A secretária adjunta Lívia Correa foi uma crítica ferrenha da gestão anterior. Está na hora de ela mostrar se é simplesmente mais um papagaio que engoliu o cd da Ética, ou se a tem na prática. Não sou filiado a nenhum partido, muito menos fã do PT, nem estou a morrer de inveja da quantia recebida pela secretária. Escrevo como cidadão que tem o direito à TRANSPARÊNCIA por parte do PODER PÚBLICO. A propósito, Jeso, em um post similar a esse um dos leitores deste blog escreveu que é no contra cheque (informação interna), não no Portal da Transparência (informação pública), que constam os verdadeiros valores recebidos pelos funcionários da Prefeitura de Santarém. Isso valeria especialmente para os “amigos” e “apadrinhados”. O vereador Giovani Aguiar chegou a denunciar algo nesse sentido há um tempo. Se for verdade, a gravidade é para lá de preocupante e escandalosa.

  • Ei Jeso, enquanto isso o salário dos enfermeiros e técnicos do hospital municipal só congelam … Coitados. O interessante é que este cargo de secretaria adjunta de saúde nem existia nos 8 anos de PT. E olha que eles fizeram o pronto socorro novo, vários postos de saúde e a UPA . E este atual governo ja com 15 meses de governo e uma secretaria adjunta além da secretária de saúde nem conseguiu funcionar esta UPA. Eita vergonha pra esta Dra Livia . Alo MP..

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *