
Ano novo, nova gestão no Banco Central. Desde ontem (1º), o presidente da autarquia é Gabriel Galípolo, substituindo Roberto Campos Neto. Galípolo, 42 anos, é um economista paulistano, bacharel e mestre pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo).
Antes de assumir a principal cadeira do BC, foi diretor de Política Monetária da instituição. Também atuou como secretário executivo no ministério da Fazenda, no início da gestão de Fernando Haddad. Já foi professor universitário e presidente do Banco Fator.
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Contexto econômico
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Os mares da economia brasileira não estão tranquilos. Dólar alto, juros subindo e expectativas baixas em relação ao domínio da Fazenda sobre o cenário econômico ajudam a compor a maré ruim.
Uma mudança na gestão da principal instituição financeira do país é sempre importante, mas ganha ainda mais relevância em momentos de incerteza.
Muda o nome, muda a cabeça. Roberto Campos Neto, que geriu o BC de 2019 a 2024 é visto como alguém que tem uma visão sobre política monetária próxima à do mercado financeiro.
Galípolo, por outro lado, é mais próximo da academia e da pesquisa. E também do presidente Lula e de Fernando Haddad. Ponto importante.
Uma parte do mercado teme que os laços entre ele e o Executivo sejam estreitos demais: sua gestão pode ser um teste da independência do BC em relação ao governo.
Menino de ouro
O economista apareceu em um vídeo com Lula, publicado nas redes sociais do presidente da República no dia 20 de dezembro. Na declaração, o chefe do Executivo negou futuras interferências na autarquia e disse confiar nas decisões tomadas por Galípolo.
Também afirmou que se manteria atento à necessidade de novas medidas fiscais.
Além de Galípolo, outros nomes passaram a ocupar cargos no Banco Central. São eles:
- Nilton José Schneider David, ex-chefe de operações de tesouraria do Bradesco, é diretor de Política Monetária – vaga deixada pelo novo presidente da instituição.
- Izabela Moreira Corrêa pesquisa ciências políticas e foi professora de gestão pública e políticas públicas no Insper. É diretora de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta.
- Gilneu Astolfi Vivan foi responsável pelo Departamento da Regulação do Sistema Financeiro Nacional. Agora, é diretor de Regulação.
Com informações da Folha de S. Paulo
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