Dois apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, um deles do Pará, acusados de tentar explodir um caminhão nas proximidades do aeroporto de Brasília na véspera do Natal, foram condenados em primeira instância nesta quinta-feira (11) pela Justiça do Distrito Federal.
George Washington de Oliveira Sousa, o paraense, recebeu pena de 9 anos e 4 meses de prisão, e Alan Diego dos Santos Rodrigues, de 5 anos e 4 meses. Os dois estão presos, mas ainda poderão recorrer.
Os crimes imputados aos dois são expor a perigo a vida ou o patrimônio mediante colocação de dinamite ou substância análoga e causar incêndio em depósito de combustível. George Washington também recebeu a pena por porte ilegal de arma de fogo e artefato explosivo.
A sentença, do juiz Osvaldo Tovani, afirma que o crime foi premeditado e que os dois confessaram.
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A decisão judicial lembra depoimento de George Washington no qual ele diz que houve o planejamento de instalação de explosivos em pelo menos dois locais da capital federal para “dar início ao caos” que levaria à “decretação do estado de sítio no país”, o que poderia “provocar a intervenção das Forças Armadas”.
Também afirma que os 2 condenados se conheceram no acampamento de apoiadores de Bolsonaro montado em frente ao quartel-general do Exército em Brasília.
Caixa de papelão
A bomba foi desarmada após o motorista do caminhão perceber a colocação do artefato no veículo e comunicar as autoridades.
A sentença menciona depoimento no qual o motorista afirma que, na madrugada de 24 de dezembro, estava dormindo dentro do veículo e se deparou, ao acordar, com uma caixa de papelão no para-lama de um dos eixos. Ao abrir, disse, encontrou duas bisnagas cinzas com fios pretos ligados a um aparelho com luzes acesas e uma antena.
O caminhão estava carregado com 63 mil litros de querosene de aviação.
Foragido
A acusação afirmava que George Washington providenciou e montou o artefato e que Alan deixou a caixa junto ao caminhão.
No processo, os dois pediram a soltura afirmando que são réus primários, têm “bons antecedentes, ocupação lícita, residência fixa” e contribuíram para o esclarecimento do fato. Também argumentaram que teria sido impossível consumar-se o crime em questão.
Procurada pela reportagem, a defesa de George Washington afirmou que não vai se manifestar a respeito da sentença no momento.
Um terceiro acusado, Wellington Macedo de Souza, que é considerado foragido, também é réu no caso, mas teve seu processo desmembrado. Em abril, disse, sem informar onde se encontra, que é inocente e que não sabia da existência do artefato nem do plano para detoná-lo.
Com informações da Folha de S. Paulo
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é hora de jornalista investigativo entrar nessa estória. Começando procurando saber se perguntaram para esse quem ensinou ele fazer bomba ou deu pronta. Como ele ficou sabendo do ponto superestratégico para se colocar uma bomba e fazer uma explosão mortal para centenas de pessoas?
Ah, era imposssivel consumar-se o crime em questão? Então era só brincadeirinha? Muita cara de pau. Saiu barato pra esses terroristas que envergonharam o nosso estado.
Parabéns patriota, aguarda visita do mito na cadeia ķkkkkkķkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkklklllklklklk