A Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará) intensificou o atendimento para comunidades quilombolas em todo o estado, proporcionado mais ações de assistência técnica, conservação e preservação ambiental, resgate e valorização da cultura geração de renda por meio do turismo e do artesanato, entre outros serviços.
O Pará tem 62 comunidades quilombolas tituladas, 4 territórios parcialmente titulados e outras 59 terras não tituladas, totalizando 125 áreas remanescentes de quilombos, segundo informações do Instituto de Terras do Pará (Iterpa), referentes a 2022.
A empresa registra principalmente, atendimentos nos município de Ananindeua, Baião, Irituia, Abaetetuba, São Miguel do Guamá, Moju e Santarém.
Delícias do Quilombo
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Em Santarém, por exemplo, a Emater realizou 280 atendimentos para 9 comunidades quilombolas que estão em processo de regularização no município. O acompanhamento técnico no território visa proporcionar o acesso a políticas públicas para 700 famílias.
Os atendimentos geram resultados como na comunidade Quilombola de Murumurutuba, onde está prevista para este ano a instalação da primeira agroindústria, que vai produzir polpas de frutas – inicialmente açaí, cupuaçu e taperebá.
A Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) já aprovou a certificação da agroindústria Delícias do Quilombo. Será mais um empreendimento para promover geração de emprego e renda no meio rural, principalmente em comunidades quilombolas de Santarém.
“É um momento de muita alegria e gratidão por todo o trabalho realizado. Nós queremos agradecer pelo trabalho da Emater, em especial ao Escritório de Santarém. Seus técnicos sempre estiveram conosco, dando suporte e apoio, e tirando todas dúvidas”, informou o presidente da Associação Quilombola de Murumurutuba, Mário Fernando.
Novos mercados
Ele explicou ainda que “com o registro, vamos iniciar o trabalho de produção e comercialização dos nossos produtos. Isso vai melhorar nossa produção e a qualidade de vida das famílias de Murumurutuba. Isso também irá contribuir para que possamos abrir mercado para muitos produtos que antes se estragavam, e agora nós vamos poder utilizar de forma correta, seguindo todas as orientações para a produção”.
Há quase um ano, a Emater oferece à comunidade assessoramento técnico, incluindo acompanhamento do diagnóstico das cadeias produtivas; fortalecimento da organização social; busca de investimentos para agroindústrias e relacionamento da produção com o cooperativismo.
“Estamos muito satisfeitos com essa relação da Emater na construção do projeto com a comunidade. Nós vamos trazer um ganho enorme às comunidades quilombolas e fortalecer, ainda mais, a luta do movimento”, frisou o extensionista rural do Escritório de Santarém, Haroldo Alessandro Siqueira, que também é sociólogo e trabalha com povos tradicionais.
Com informações e fotos da Agência Pará
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