A morte da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes na noite de anteontem (14), no Rio de Janeiro, motivou atos em todo o Brasil e em capitais de outros países nesta quinta-feira (15).
Segundo estimativa do PSOL, partido da parlamentar, foram organizadas mais de 20 manifestações no país, entre as quais em Santarém e Belém, no Pará.
Foram realizados atos também em Buenos Aires, Montevidéu, Lisboa, Berlim, Londres, Amsterdã e Nova York.
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No Rio, uma multidão está reunida no centro da cidade, na Cinelândia, onde prestam homenagem à vereadora e ao motorista e cobram que os responsáveis sejam punidos.
Manifestantes acenderam velas na Câmara dos Vereadores e também penduraram faixas com dizeres como: “Marielle Gigante” e “Não nos calarão”.
SÃO PAULO
Milhares de pessoas ocuparam no início da noite de hoje (15) o vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp). As seis faixas de rolamento em frente ao prédio do museu foram bloqueadas ao tráfego de carros. Discursos comovidos se alternaram a gritos de palavras de ordem como “Marielle, presente”.
O ato na capital paulista também contou com a participação das percussionistas do instituto cultural Ilú Obá de Min, que tocaram tambores em homenagem a vereadora assassinada. Em seguida, a manifestação seguiu em passeata pelas ruas do centro da capital paulista.
“Parece que estou em um filme de terror. A gente vem para o Masp tantas vezes para fazer grandes mobilizações, manifestações feministas, mas nunca [a vítima] é uma mulher tão próxima da gente. Uma vereadora é uma mulher que tem poder. E supostamente está protegida. Mas não. Ela pode ser o que for. Ela vai seguir sendo mulher e seguir sendo mulher negra. A fragilidade de todas nós é muito grande”, destacou a vereadora pelo PSOL em São Paulo, Sâmia Bomfim.
Para a presidente da União da Juventude Socialista (UJS) e ex-presidente da União Nacional do Estudantes (UNE), Carina Vitral, a perda de Marielle é irreparável. “Não é qualquer militante política que foi assassinada. Ela era uma militante do tema da segurança pública. Do tema das favelas. Do tema dos mais pobres. E ao meter o dedo na ferida, ela foi executada por esse sistema e isso precisa ser absolutamente investigado”, disse.

BRASÍLIA
Em Brasília, o ato começou às 17h e reuniu mais de 300 pessoas na Praça Zumbi dos Palmares, tradicional palco de manifestações no centro da cidade. Representantes de diversos movimentos sociais e partidos estiveram presentes para prestar homenagens, destacar a luta histórica de Marielle e cobrar apuração do crime.
Neste link, a íntegra da matéria da Agência Brasil.
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