O que posso afirmar é que o Brasil teve e tomou uma decisão nos marcos de sua lei e dos seus tratados como um país soberano que é.
José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, sobre a decisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de não extraditar o ex-ativista italiano Cesare Battisti.
Terror mas se ele e cidadao italiano .. fazer o que .
Se a Italia erra nao respauda o Brasil a errar tambem …
Levando em consideracao o que vc escreveu sobre perseguicao lembro que os pugilistas cubanos foram extraditados imediatamente para um pais que tem presos politicos , o que impede o governo brasileiro de fazer o mesmo , e olha que a Italia e um pais democratico , com instituicoes fortes.
Nao ha argumentacao de manter esse cidadao aqui … logo outros terroristas podem pedir o mesmo tratamento dado a esse cidadao … e logo abre espaco para os mensaleiros que respondem no STF fugirem e pedirem asilo a outro pais alegando perseguicao politica .
Armando é bom quando se debate desta maneira, muito bom seu comentário com relação as pugilistas cubanos. Valeu
Esta matéria foi tirada do blog Terror do Norte.
O Parlamento Europeu irá votar, na próxima quinta-feira (20), uma resolução assinada por todos os grupos políticos italianos e que pede a extradição do ex-militante Cesare Battisti.
A resolução será apresentada pelos representantes italianos no órgão: Roberta Angelilli (PPE/PDL), Gianni Pittella (S&D/PD), Mario Mauro (PPE/PDL), Carlo Casini (PPE/UDC), David Sassoli (S&D/PD), Niccolò Rinaldi (Alde/IDV) e Francesco Speroni (EFD/Liga Norte).
A resolução visa defender o recurso do governo italiano contra a decisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de manter Battisti no Brasil.
O texto também pede a intervenção política da chefe de diplomacia da União Europeia (UE), Catherine Ashton.
Na semana passada, um porta-voz da Comissão Europeia disse que Bruxelas não poderia se envolver no caso, considerado uma “questão bilateral”.
Para sensibilizar os membros do Parlamento, os representantes italianos agendaram para a próxima quarta-feira (19) uma entrevista coletiva em Bruxelas com os parentes das vítimas do ex-militante, que é condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos cometidos na década de 1970, quando integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC).
Os familiares das vítimas também devem se reunir, no mesmo dia, com o presidente do Parlamento
Europeu.
Me adicone na sua lista de email … gosto de politica ..
mando_seixas@yahoo.com.br
Em 1989, o Tratado de Extradição foi assinado pelos governos brasileiro e italiano e sua ratificação só entrou em vigor quatro anos depois. Para a defesa de Battisti, a permanência dele no país estaria garantida pelo próprio tratado, cujo artigo 3 estabelece que a extradição pode ser negada nos casos em que há “razões ponderáveis para supor que a pessoa reclamada será submetida a atos de perseguição e discriminação por motivo de raça, religião, sexo, nacionalidade, língua, opinião política, condição social ou pessoal; ou que sua situação possa ser agravada por um dos elementos mencionados”.
Lêem esta matéria retirado do blog Terror do Norte.
Dois pesos, duas medidas
Itália se nega a extraditar ex-capitão da ditadura uruguaia
E aí, defensores da extradição de Battisti? E aí, ministros direitistas do STF?
O governo italiano, tão empenhado na extradição de Cesare Battisti, adota postura diferente no caso do uruguaio Jorge Troccoli.
Capitão da marinha uruguaia, Troccoli teve uma atuação bastante ativa na tristemente famosa “Operação Condor” (que contou com a participação das ditaduras militares do Uruguai e de outros países sul-americanos), tendo sido responsável pela tortura e morte de mais de uma centena de opositores desses regimes, entre 1975 e 1983. Em 2002, o governo do Sr. Silvio Berlusconi – em sua segunda passagem pela chefia do gabinete de ministros da Itália – concedeu cidadania italiana ao Capitão Troccoli, mesmo sabendo das acusações de crime contra a humanidade que pesavam contra ele.
Em setembro do ano passado, o ministro da justiça da Itália, Angelino Alfano, negou-se à extraditar Troccoli para o Uruguai, alegando que ele é cidadão italiano, tomando como base jurídica um tratado assinado entre os dois países em 1879. Portanto, o mesmo governo que nega-se a extraditar um notório torturador, utilizando dessas filigranas jurídicas, é o mesmo que se considera ofendido pela não-extradição de Battisti, que seguiu todas as normas da legislação brasileira, que por sua vez se baseia em uma série de convenções internacionais.
“O curioso é que o governo de Berlusconi negou a extradição de Troccoli para o Uruguai, alegando dupla cidadania”, comentou o editor da página Gramsci e o Brasil, Luiz Sérgio Henriques. Henriques argumenta que o caso Troccoli tem “muitas semelhanças” com o de Battisti: “não faltaram pressões diplomáticas do governo uruguaio, recursos às instâncias do Judiciário italiano, etc.”, e conclui: “mas o governo de Berlusconi parece irredutível na sua decisão sobre Troccoli, ‘o Battisti uruguaio’, no dizer do jornal L’Unità. E se trata de um episódio recente, cujas escaramuças diplomáticas e judiciárias mais dramáticas ocorreram em 2008”.