Não quero que ela seja vítima do que eu fui vítima: de chegar para governar e não ter projeto na prateleira e sem orçamento.
Lula, presidente, sobre o PAC 2 e alfinetando o tucano FHC.
Não quero que ela seja vítima do que eu fui vítima: de chegar para governar e não ter projeto na prateleira e sem orçamento.
Lula, presidente, sobre o PAC 2 e alfinetando o tucano FHC.
Eleição 2010: cenários e perspectivas
Sabemos de longa data que o primeiro passo para uma disputa eleitoral competitiva é a construção do cenário político feito pelos partidos. O cenário eleitoral constitui-se de dois elementos fundamentais: as candidaturas e as suas agendas. Candidatos e agendas formam uma entidade, um “ser político”, dual, fundado nas respectivas histórias e ações prospectivas.
No jargão da ciência política, candidatura implica no binômio história e futuro. Popularmente, aos olhos do eleitorado, Collor era “o jovem, destemido, que veio para cuidar da gente”; Maluf é “o malandro, como Pedro Malazarte, que ‘cuida’ da gente”; FHC é o “príncipe que veio cuidar da gente”; Lula, “como a gente, operário, que veio cuidar de gente como a gente”.
Portanto, história e futuro “da gente” formam o cenário eleitoral. E é isto o que estamos vendo na preparação das eleições deste ano
Primeiro acompanhamos a evolução das candidaturas já confirmadas para este ano. Polarizando a disputa, de um lado temos José Serra (PSBD, e seus aliados) e de outro Dilma Rousseff (PT e aliados). Alem desses dois, outros aprecem nas pesquisas, especialmente, Ciro Gomes e Marina Silva. Em breve alguns mais estarão nas pesquisas, os ditos “nanicos”.
Este cenário vem sendo construído desde fevereiro de 2008, ocasião em que apareceu, publicamente, a primeira pesquisa de intenção de voto. De lá para cá várias simulações foram feitas e a polarização entre Serra e Dilma sempre foi destacada, independentemente das respectivas intenções de voto.
Para compreendermos melhor a construção do cenário temos que ter em mente que o processo eleitoral brasileiro tem quatro etapas estabelecidas por leis. A primeira delas, sem data estabelecida para começar vai até fim de março, quando candidatos têm que se desincompatibilizar de cargos executivos, como aconteceu agora com José Serra e Dilma Rousseff. Este é o período em que os pretendentes constroem suas alianças, políticas e sociais, e posicionam-se perante o eleitorado, isto é, publicitam suas histórias e dizem ao eleitorado “a que vieram”.
Este é um momento em que as candidaturas sofrem oscilações maiores. Passado esta etapa, as definições das candidaturas tornam-se mais nítidas e entra em jogo as alianças sociais em tornos dos candidatos. Isto é, os grupos e classes sociais vão se posicionando em torno dos candidatos e os indecisos vão palatinamente diminuindo. Hoje temos 20% de indecisos, mais do que os “Outros” candidatos e Serra e Dilma estão virtualmente empatados, 34% e 31%, respectivamente. Esta segunda etapa vai até junho quando as convenções partidárias formalizam as candidaturas. Neste período vivemos um limbo eleitoral, pois já temos candidatos definidos, mas não se podem fazer campanhas. É por isso que o Presidente Lula tem sido multado pelo TSE ao fazer inaugurações e discursos abrindo espaços para a apresentação da candidata do PT.
As demais etapas começam em julho quando as campanhas ganham as ruas e a propaganda eleitoral começa. Até lá ainda teremos oscilações nas intenções de voto, porém menores.
O momento em que estamos já estabeleceu que a polarização entre Serra e Dilma será a tônica desta campanha. As projeções que fizemos indicam que Dilma está em curva ascendente consistente e Serra, na melhor das hipóteses, se estabilizará na faixa de 30-35%, percentual próximo ao que obteve no 2º turno de 2002 (38%). Isto é, a sua passagem pela prefeitura de São Paulo e no governo do estado de São Paulo (2006-09) não lhe acrescentou nada de significativo em termos de voto.
Dilma, ao contrário, entra nesta disputa com 4% de intenções de voto em fevereiro de 2008 e hoje se projeta apontando para cima em vias de passar o Serra em breve.
O cenário construído tem e terá até a eleição o confronto de duas historiais e duas agendas: Serra, com sua história e suas alianças já definidas, herda os 8 anos dos governos FHC e Dilma, com sua história e suas alianças já definidas, herda os 8 anos dos governos Lula.
Marcus Figueiredo
Boletim Carta Maior
11/04/2010
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A democracia falara mais alto, felizmente.
Miltron Peloso
Percebendo que sua popularidade restringe-se somente aos desprovidos de intelectualidade, o Presidente Lula num gesto de humildade que, aliás, não é o seu forte, acabou voltando atrás e pedira desculpas ao Poder Judiciário sobre as recentes declarações que fizera num palanque eleitoral em São Bernardo durante um comício de adesão de um partido a aliança governista.
Até ai tudo bem, entretanto, o que salta aos olhos, está sendo o modus operandi da referida adesão, ou seja, como o PC do B, partido formando essencialmente por trabalhadores sindicais, aderiu de maneira simplória a candidatura de Dilma Roussef ao Palácio do Planalto sem ao menos saber, caso tenham, as suas propostas e projetos políticos de governo.
Pois bem, segundo relatos de especialistas, o governo federal durante sua gestão borrifou generosamente nas arcas dos sindicalistas nada mais nada menos do que 80 milhões de reais, dinheiro público que servira dentre outras finalidades, para financiar festas e outras orgias nababescas realizadas pelos sindicatos aos seus sindicalizados, tendo direito ainda a salmon, camarão, filé ao molho madeira, estrogonofe, whisk black label 30 anos, e de sobremesa uma acompanhante.
Dessa forma, compra-se tudo, inclusive apoio político.
Nada diferente, caro Oculista, da prática dos demais partidos, salvo honrosas exceções.
Concordo plenamente, agora o inconcebível e tentar revestir-se de um puritanismo inigualável, e isso, os integrantes petistas, principalmente o Presidente Lula, fazem reiteradamente de maneira hipócrita, ou seja, vendem-se ao eleitorado como ovelhas quando na realidade são lobos
“Desprovidos de intelectualidade”…Hum…Hum!
Ó Oculista, qual o critério para se medir a intelectualidade? E para que serve? Para afirmar que FHC fez mais pelo País do que o Lula?