Que coisa!

Publicado em por em Política

2 Comentários em Que coisa!

  • Dos aloprados já sabemos…inclusive dos seus….
    Mas sim..Oculista….fala mais sobre SIRSAN e ADEPARÁ….

    Tiberio Alloggio

  • Vejam onde estão e o que fazem integrantes petistas do primeiro escalão do governo Lula que tentaram infrutiferamente comprar um dossiê em pleno período eleitoral para incriminar membros do PSDB, mas que acabaram sendo pegos pela Polícia Federal com a mão na massa.
    Olhem só!

    Pivô dos ‘aloprados’ vira ‘fazendeiro’ no sul da Bahia.

    A dinheirama exposta na foto ao lado (R$ 1,7 milhão) foi apreendida pela Polícia Federal, em 2006, num hotel de São Paulo. Estava em poder de dois petistas. Seria usada para comprar, em pleno ano eleitoral, um dossiê contra o PSDB.
    Ao perscrutar as fitas do circuito interno de TV do hotel, a PF identificou o homem da mala do PT: Hamilton Lacerda. Era na época assessor do gabinete do senador Aloizio Mercadante (PT-SP). Percebia salário mensal de R$ 5 mil.
    Candidato ao governo de São Paulo contra José Serra, Mercadante deslocara o assessor para a coordenação de sua campanha. Sob os efeitos do caso do dossiê, Serra beliscou o mandato de governador no primeiro turno.
    E Lula, candidato à reeleição, viu a disputa que travava com o tucano Geraldo Alckmin escorregar para o segundo turno.
    Pois bem. O tempo passou. E os “aloprados” do dossiê, como Lula os apelidou, permanecem impunes. Melhor: melhoraram de vida.
    Em notícia pendurada nas páginas deste domingo (4), os reportes Hudson Corrêa e Leonardo Souza contam que Hamilton ‘Mala’ Lacerda virou empresário. De assessor parlamentar de Mercadante, passou a tocar, no sul da Bahia, uma fazenda de eucaliptos e uma revenda de produtos agrícolas.
    Tomados pelo capital social registrado na junta comercial, os negócios são um portento: R$ 1,5 milhão. A fazenda se chama Olho d’Água. Fica em município de nome sugestivo: Encruzilhada. Pertence à empresa Bahia Reflorestamento.
    A firma está registrado em nome de Lacerda e de um sócio: Juscelino Dourado. Vem a ser um ex-assessor do grão-petê Antonio Palocci. Era chefe de gabinete dele no Ministério da Fazenda. Deixou o cargo, em setembro de 2005, alvejado por uma denúncia.
    Durado foi levado ao noticiário por um advogado que disse ter negociado com ele propina de R$ 6 milhões. O dinheiro iria ao caixa dois do PT. Em troca, Dourado ajeitaria a renovação de um contrato na Caixa Econômica Federal.
    Dourado era sócio do aloprado Lacerda também na firma de implementos agrícolas, Destak. Deixou o quadro societário da empresa no ano passado.
    Lacerda possui um preposto na Bahia. Chama-se Breno Macedo dos Santos. Tem 27 anos. Na junta comercial, informou que sua profissão é “estudante”. Convertido em sócio de Lacerda, o estudante Breno registrou a fazenda de eucaliptos em seu nome no cartório. Porém…
    Porém, quem visita o imóvel dá de cara com uma placa. Afixada na porteira, informa o dono da propriedade: Bahia Reflorestamento, a empresa de Lacerda. Procurado, Lacerda preferiu guardar silêncio sobre seus negócios. O estudante Breno disse: “Na realidade sou eu que trabalho com isso. Vocês estão distorcendo isso”.
    Apresentou-se como “um familiar” de Lacerda. Não disse qual é o grau de parentesco que os une. Dourado, o ex-assessor de Palocci, não quis falar.
    Decorridos quatro anos, o dossiêgate desceu à crônica policial como um caso por resolver. A PF, sempre tão operosa, não logrou desvendar o grande ministério: a origem da grana. Lacerda foi indiciado por lavagem de dinheiro. Mas não foi punido.
    Em fevereiro passado, o “aloprado” retornou aos quadros do PT. Ele não é o único que se serviu da impunidade para se manter na ativa. Tome-se o exemplo de outro “aloprado”: Jorge Lorenzetti.
    Acumulava, em 2006, as funções de churrasqueiro de Lula e membro do grupo de “inteligência” da campanha reeitoral. Frequentou o escândalo do dossiê como negociador da aquisição da peça. Hoje, responde solidariamente por uma dívida de R$ 18,1 milhões no Basa (Banco da Amazônia).
    Decorre de empréstimos contraídos por empresa chamada Nova Amafrutas –uma fábrica de sucos, sediada no Pará. Foi à breca em 2006. Lorenzetti era membro da diretoria.
    O ex-primeiro-churrasqueiro figura como fiador em pelo menos três empréstimos. Somam R$ 1,3 milhão. O primeiro é de 2005. O último, de 2007. Depois que a dívida foi à Justiça, Lorenzetti tornou-se administrador de uma empresa em Santa Catarina, onde mora: Mage Sanduicheria. Está no nome da ex-mulher e da filha.
    O irmão, Silvestre Lorenzetti, informou que o negócio está parado há um ano. Nos arquivos da Receita Federal, a empresa consta como “ativa”.
    Outro “aloprado”, o petista Osvaldo Bargas, abriu em Brasília a MB Consultoria. Mexe com comércio, recursos humanos e área sindical.
    Sócio de Barjas, o filho dele, Helder, foi brincado, em abril de 2009, com um cargo na prefeitura de São Bernardo do Campo, gerida por Luiz Marinho (PT), amigo e ex-ministro de Lula.
    O “aloprado” Expedito Veloso, que havia sido afastado da diretoria de Gestão e Risco do Banco do Brasil nas pegadas do escândalo, retornou ao bancão oficial.
    Ostenta, desde setembro de 2008, o título de diretor-superintendente da subsidiária BB Previdência. Administra uma carteira de 41 planos de previdência. Coisa de R$ 1,37 bilhão.
    Em entrevista veiculada neste domingo, o novo ministro da Justiça de Lula, Luiz Paulo Barreto, escora-se no escândalo que roeu o DEM no Distrito Federal para proclamar: “Acabou no Brasil a época da impunidade”.
    Se desperdiçasse um naco de seu tempo analisando o inquérito do dossiê, o sucessor de Tarso Genro, agora no comando da PF, talvez dissesse algo assim: o Brasil continua sendo o paraíso da impunidade.

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