A barraca modelo erguida pela Aces (Associação Comercial de Santarém) em 2016 na badalada Ilha do Amor, em Alter do Chão, sumiu do local, sem deixar rastros. A entidade investiu à época quase R$ 50 mil na confecção dela, com propósito de incentivar a renovação estética das demais barracas ali existentes.
O sumiço foi detectado na semana passada. E não se sabe até agora quem fez o desmonte da estrutura de 100 metros quadrados, coberta de palha, com placa solar, e que virou atração turística na ilha.

O protótipo, feito em madeira, com assoalho e varanda, foi projetada pelo engenheiro e presidente da Aces, Roberto Branco. “A iniciativa foi fruto de diálogo com a comunidade durante meses, com a tentativa de encontrar investidores para patrocinar as obras, sem nenhum custo para os barraqueiros”, relembra Branco em nota enviada ao portal JC.
“Nosso maior objetivo seria melhorar as condições de atendimento e fortalecer o setor de turismo que notoriamente avançou e representa uma importante estratégia de desenvolvimento sustentável para Santarém. Queríamos ajudar, mas infelizmente foi mais um projeto que encontrou limites diante das controvérsias de Alter do Chão”.
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Abaixo, a íntegra da nota da Aces sobre a barraca:
A Associação Comercial e Empresarial de Santarém (ACES) tomou conhecimento na segunda-feira (14/02) do desaparecimento em janeiro de 2022 da barraca padrão, construída por nossa entidade com apoio de associados em 2015/2016, com o objetivo de renovar o visual das 17 barracas e melhorar o atendimento aos visitantes no istmo conhecido como Ilha do Amor, no distrito de Alter do Chão.
Em 26 de outubro de 2021, por solicitação da direção do Museu de Ciência da Amazônia (MuCA), cedemos a barraca. Porém, ao iniciar as obras de revitalização que incluiriam a instalação de placas solares, os colaboradores da empreiteira constataram no dia seguinte o desaparecimento da estrutura. Diante do fato, lamentamos que a tenham desmontado deliberadamente, sem consultar a entidade, a Prefeitura de Santarém ou qualquer outro parceiro da construção.
O projeto teve um investimento R$ 45.760,90 e tinha como objetivo padronizar os empreendimentos turísticos do principal cartão postal da região Oeste do Pará. A barraca possuía um total de 100 m², incluindo área do assoalho, área coberta e varanda. A área coberta media 50m², com cobertura confeccionada em palha, uma matéria prima natural típica da região e a parede em bambu. Foi durante todos esses anos um atrativo turístico, sendo fotografada e filmada diariamente.
A iniciativa foi fruto de diálogo com a comunidade durante meses, com a tentativa de encontrar investidores para patrocinar as obras, sem nenhum custo para os barraqueiros. Porém, a insegurança jurídica quanto ao uso da praia, considerando ser área estar na jurisdição da Secretaria do Patrimônio da União (SPU), impediu o nosso plano.
Desde o princípio, nosso maior objetivo seria melhorar as condições de atendimento e fortalecer o setor de turismo que notoriamente avançou e representa uma importante estratégia de desenvolvimento sustentável para Santarém.
Queríamos ajudar, mas infelizmente foi mais um projeto que encontrou limites diante das controvérsias de Alter do Chão.
José Roberto Branco Ramos
Presidente da ACES
Sem barraca na praia a ilha do amor fica ainda mais bonita
Tenho quase certeza que foi o Nélio Aguiar e sua equipe da SEMINFRA. Ele é muito rápido. Destruiu a praça Rodrigues dos Santos num piscar de olhos. Sujeito péssimo.