Acaba de morrer em Santarém (PA) Raul Loureiro, cuja vida se confunde com a história do cinema no município.
Ele é o “pai” dos cines Olímpia e Cinerama, ambos extintos.
Estava internado no hospital da Unimed com complicações diversas. Ao final, teve um AVC isquêmico (derrame) e faleceu no início da tarde deste sábado (30).
Veja como foi a festa dos 80 anos de Raul Loureiro, com cobertura social feita pelo colunista Adil Colares.
Raul era casado com Laura Loureiro. Tiveram 6 filhos — Manuel, Soyan, Sérgio, Marcelo (in memorian), Renato e Emanoel. A prole lhe rendeu 11 netos e 5 bisnetos.
Um dos netos, herdou-lhe o nome Raul.
Aguarde mais informações.
Repercussão
— Giovanna Litz Carneiro do Valle, advogada:
“Conhecemos Seu Raul desde criança. Ele morava na Travessa Barão do Rio Branco e nós sempre moramos aqui na Travessa dos Mártires. Nossas famílias sempre tiveram muitas afinidades e linhas de parentesco com os Franco do qual Dona Laura é uma das descendentes. Meu avô Osvaldo Franco Carneiro era primo legítimo do pai de D. Laura.
Meu pai Germano tinha uma amizade muito grande com o Sr Raul. Passavam horas conversando no escritório sobre política, Santarém, economia e assuntos diversos. E assim nossa amizade foi se consolidando com ele e sua família.
Aprendemos a amá-lo e a respeitá-lo pela pessoa humana, íntegra, trabalhadora, visionária e de princípios éticos e morais. Hoje, ao sabermos através de nosso amigo jornalista Jeso Carneiro, de sua partida definitiva à Casa Paterna, rogamos a Deus que o receba na Mansão Celeste pelas boas obras que aqui deixou plantadas entre nós. Descanse em paz!”
— Edu Dias, cantor e compositor:
“A passagem do Sr. Raul Loureiro para outro plano nos deixa órfão de um personagem que foi imprescindível para o desenvolvimento da cultura no Baixo Amazonas. Foi um baluarte no empreendimento de casas cinematográficas, tão determinante na formação cultural de gerações. Legado que deixa Santarém sem referência nessa área. Fica o nosso obrigado a Raul Loureiro, personalidade cultural da nossa memória.”
— Adil Colares, colunista social:
“Seu Raul Loureiro era um homem culto que todo tempo tinha histórias para nos contar… As minhas visitas à sua residência era um aprendizado. Suas histórias, principalmente antigas, e das viagens que sempre fazia a Portugal era uma felicidade poder contá-las, e feliz ele ficava, de podermos ouvi-las…”.
— Nélio Aguiar, prefeito de Santarém:
“A morte de Raul Loureiro, 85 anos, representa uma perda incomensurável para a sétima arte em Santarém. Uma vida dedicada ao fomento do cinema e que trouxe para o município uma janela do mundo, que realizou o sonho de milhares de famílias santarenas. Sentiremos muito a ausência desse desbravador da cinematografia, mas não esqueceremos e viveremos sempre o rico legado da arte deixado por Raul Loureiro. Que descanse em paz e que Deus conforte os corações de seus familiares!”
Ola amigos de Santarém e Belém. fiquei muito triste com a morte do Raul, estou tentando há algum tempo localizar e ficar sabendo que foi o meu avô “Raimundo Pimentel” Conheço apenas uma pequena história que ele tinha um cinema em Santarém. Mas pelo que tudo indica o dono dos cinemas era o Raul Loureiro. Existe algum órgão ligado a cultura da cidade em que eu pudesse fazer contato? Se realmente ele teve algum cinema teria que ser por volta de 1910, pois a minha mãe nasceu em 1913 ele ainda estava em Santarém depois que todos vieram para o Rio de Janeiro…Obrigado Marivaldo Pimentel (marivaldodesigner@gmail.com
SEU RAUL FOI MUITO GENEROSO COM AS PESSOAS MAIS QUERO DIZER PARA TODOS SANTARENOS QUE FOI EMBORA UMA PESSOA DE BEM MAIS QUE DEUS ESTÁ ESPERANDO DE BRAÇOS ABERTO.
Seu Raul Loureiro foi um homem à frente do seu tempo. Assumiu em Santarém a identidade da sétima arte. Me lembro dos maravilhosos vesperais que pude assistir no Cine Olímpia durante toda a minha adolescência. Trazia, para nós, sempre os melhores filmes. Nos vesperais que assisti posso listar: Ben-Hur, Sansão e Dalila, El Cid, Marcelino Pão e Vinho, O Tempo e o Vento, Sissi, O Morro dos Ventos Uivantes, Corcunda de Notre Dame, A Vida, Morte e Paixão de Cristo, Love Story e tantos outros clássicos do cinema internacional. Foi o nosso educador na sétima arte. Deixou um imenso legado artístico em nossas mentes, que guardaremos para sempre. Externo à família Loureiro os meus sinceros sentimentos.
O meu padrinho Raul( meu padrinho de batismo) , deixa um legado rico, de cultura, de humildade.e de boas conversas. Que Deus o receba em paz , no descanso eterno e contemple o verdadeiro paraíso santo
Concordo com as palavras do Adil Colares, pois também sempre considerei o Sr. Raul Loureiro, como um homem culto. Várias vezes em meu escritório tive o privilégio de escutá-lo, contando histórias da Europa, do Oriente Médio, da segunda guerra mundial, de economia e de política,
Dentre tantas virtudes do Sr. Raul Loureiro, particularmente me admirava muito era a sua lealdade e a sua honestidade, inclusive no que tange ao correto recolhimento dos seus tributos.