Diretor técnico do HRBA (Hospital Regional do Baixo Amazonas), o médico Erik Jennings comenta o post Hospital se prepara para 2ª captação de órgãos:
Jeso,
Infelizmente não haverá mais a captação de órgãos desta paciente. A família desistiu de doar, antes da equipe decolar de Belém. Todo o protocolo e estrutura técnica e apoio social estava pronto, mas temos que respeitar a vontade da família.
Disse-o muito bem o leitor do Blog, as convicções religiosas abortam a intenção de pessoas à doação de órgãos, lamentamos, tantos enfermos necessitando de um órgão para continuar a viver e encher de alegria os corações de seus familiares e amigos.Necessita-se trabalhar muito e espargir quão importante é prolongarmos e darmos vida aos semelhantes.A equipe multidisciplinar de captação , creio, tem muito trabalho para sedimentar nas mentes dos doadores e familiares o extremo ato humanitário de fazermos pessoas ressuscitarem para uma nova vida, nobilíssimo não?
É realmente lamentável que a família tenha desistido da doação. Tenho certeza que muitos serão beneficiados.
Ainda existe muito preconceito e informações distorcidas a respeito da doação de órgãos.
E ao mesmo tempo, existe uma longa fila de espera com milhares de pessoas que aguardam por essa nova chance de sobrevivência.
Espero que iniciemos em breve os transplantes aqui no nosso Hospital Regional.
A equipe do HRBA está de parabéns pelo excelente trabalho que vem sendo desenvolvido.
É uma pena mesmo. Diversas pessoas poderiam ser salvas. Mas, a vontade da familia tem que ser respeitada.
Parabenizo à equipe do HRBA por oferecer a nossa população essa grande possibilidade.
Torço pra que nas próximas vezes a família autorize a doação.
Que tristeza de saber que a família do paciente desistiu da doação. Eu que passei rcentemente por essa via-crúcis, com membro da família que precisou de um fígado, sei o desespero e a angústia dos que esperam por um órgão. Felizmente nos últimos minutos que restavam encontrou-se um doador , com uma família que não olhou para a morte, para o fim, e sim para a vida, para a continuidade, e hoje o brilho, a vida daquele doador está presente em outra pessoa.
Infelizmente as convicções religiosas são os maiores obstáculos às doações. Para os que crêem, deveriam ter em mente que a doação possibilitará a continuidade de uma vida, a felicidade de famílias inteiras, além de , contrabalanceando a perda do doador que se foi, terem o conforto do cometimento de um gesto nobre, de cidadania em seu grau máximo.
Torço para que aparecam famílias comprometidas com a continuidade da vida, e não somente com a preservação momentanea de um corpo inerte, que em dias virará pó.
Kenneth Fleming