O empresário Albenor Moura [foto], apontado como autor do bárbaro assassinato do advogado Raimundo Messias Oliveira de Sousa, o “Dinho”, crime ocorrido no ano de 2003, em Itaituba, no oeste do Pará, sentará no banco dos réus na manhã da próxima segunda-feira, 22, no Tribunal do Júri em Belém. A informação é do jornalista Evandro Correa, no seu blog.
A sessão será presidida pela juíza Angela Alice Alves Tuma.
Leia também – Corregedoria da PM vai apurar ameaças feitas por soldado em redes sociais.
Atuará na acusação o renomado promotor Edson Cardoso. O empresário chegou a ser julgado em Itaituba, porém o julgamento foi adiado e desaforado para Belém, por conta do flagrante de jurados mantendo contato com familiares e pessoas próximas aos acusados.
— ARTIGOS RELACIONADOS
Respondem pelo homicídio o empresário Albenor Moura e sua mulher, Nelly Maria Oliveira Sousa, donos de um posto de gasolina onde o corpo do advogado foi encontrado, dentro de um poço desativado, na propriedade, em adiantado estado de decomposição.
Outros denunciados
De acordo com a perícia, o cadáver estava no local há mais de 30 dias.
Além do casal também foram denunciados os funcionários do empresário Rogério Fabrízio Albuquerque e Luís Miguel Rodrigues Lobo. Todos estão respondendo pelo homicídio em liberdade por decisão do Superior Tribunal de Justiça.
Consta nos autos que o advogado foi visto pela última vez no dia 27 de setembro de 2003, no aeroporto de Itaituba vindo de área de garimpo, de onde saiu acompanhado pelo empresário Albenor Moura, proprietário do Auto Posto Jacaré. O advogado portava uma mala com 8 mil reais em espécie, além de 1,4 quilos de ouro.
Cooperativa
Segundo depoimentos de testemunhas, os dois vinham discutindo em razão da cobrança exagerada no preço do combustível e dos alimentos fornecidos por Moura à Cooperativa Ouro Roxo onde a vítima prestava assessoramento jurídico.
A entidade reúne cerca de 1.200 garimpeiros, na localidade de São José, no município Jacareacanga, a 500 quilômetros de Santarém. Por orientação do advogado, a cooperativa rompeu o contrato que mantinha com o empresário para compra de combustível e fornecimento de materiais e produto de trabalho dos garimpeiros.
De acordo com a denúncia, o empresário ameaçou, pessoalmente, o advogado de morte.
Cinco dias após o desaparecimento de Dinho, o delegado Jamil Casseb, que presidia o inquérito, solicitou à Justiça a prisão preventiva do empresário, juntamente com a mulher dele e dois empregados.
Petrobrás
Durante o inquérito, o filho da vítima, Márcio Sousa, informou que seu pai carregava também em sua bagagem, um dossiê comprovando o envolvimento de Albenor num possível esquema de desvio de combustível da Petrobrás, em Itaituba.
Essa informação foi confirmada posteriormente pela empresa petrolífera, totalizando um prejuízo de aproximadamente dois milhões de reais.
As informações teriam sido levantadas durante os oito meses em que Dinho prestou assessoria jurídica às empresas de Albenor e das quais havia se afastado após descobrir o esquema ilegal.
Neste caso ValterXDinho foi a Lei de Moisés “Olho por olho. Dente por Dente”.
Q a justiça seja feita após quae 17 anos.
Jeso, uma breve correção, o nome do “Dinho” era Raimundo Messias Oliveira de Sousa, e não Moisés.
Outra, o Fabricio ja faleceu ha anos em um acidente de trânsito em Itaituba, quando o caminhão que dirigia colidiu ou caiu numa ponte na transamazônica e pegou fogo.
Valeu, Hitamar. Feita a devida correção. Gratíssimo.
É bom lembrar, também, que Dinho era condenado por ser um dos mandantes do assassinato, em Santarém, do também advogado Válter Cardoso, em 1996. Acabou tendo um fim parecido com de sua vítima, mas isso não justifica a crueldade do assassinato. Esperamos que o julgamento seja feito com lisura, desta vez.
Bem lembrado, Jota Ninos.