Soneto diabético
O diabo não foi nada ético
Muito menos democrático
Ao tornar-me um ser diabético
E deixar-me mais lunático…
E nem deus foi tão herético
Nem tampouco, antipático
Ao tornar-me um ser dietético
Muito embora homeopático…
E assim continuo um cético
Um sujeito problemático
Muito embora mais dialético
Com um desejo em si, catártico
De livrar-me de um mal hermético
Que destrói meu ser errático…
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Do diabético Jota Ninos, poeta amazônico nascido em Belém e naturalizado tapajônico.
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muito bom mesmo, parabéns, algo” trágico” escrito com humor inteligente, refinado. Esperando ansiosamente, outras histórias maravilhosas de seu pai…rs abraços
Heliana Aguiar
Eu não tinha a menor intenção de rir da desgraça alheia, mas quem mandou fazer poema espitituoso. Gostei e ri a beça.
e a estrofe da falta de doce?
Telma