Poetas amazônicos – Diabético lunático

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Soneto diabético

O diabo não foi nada ético
Muito menos democrático
Ao tornar-me um ser diabético
E deixar-me mais lunático…

E nem deus foi tão herético
Nem tampouco, antipático
Ao tornar-me um ser dietético
Muito embora homeopático…

E assim continuo um cético
Um sujeito problemático
Muito embora mais dialético

Com um desejo em si, catártico
De livrar-me de um mal hermético
Que destrói meu ser errático…

– – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –

Do diabético Jota Ninos, poeta amazônico nascido em Belém e naturalizado tapajônico.

Leia também dele:
Plebiscito.
Overdose.
Excelências.
Soneto da mais pura inveja.
Édito.
Unanimidade.
Intertexto.
S.O.S.


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2 Responses to Poetas amazônicos – Diabético lunático

  • muito bom mesmo, parabéns, algo” trágico” escrito com humor inteligente, refinado. Esperando ansiosamente, outras histórias maravilhosas de seu pai…rs abraços

    Heliana Aguiar

  • Eu não tinha a menor intenção de rir da desgraça alheia, mas quem mandou fazer poema espitituoso. Gostei e ri a beça.

    e a estrofe da falta de doce?

    Telma

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