por Sidney Canto
Dia 17 de maio de 1833
Tendo como governador da Província do Pará o coronel José Joaquim Machado de Oliveira, o Conselho Provincial do Estado determina a abolição dos nomes portugueses das vilas paraenses, passando as mesmas a terem os antigos nomes das aldeias:
Santarém – Vila do Tapajós
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Alenquer – Vila Surubiú
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Alter do Chão – Vila de Borari
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Pinhel – Vila de Matapuz
Aveiro – Vila de Tapajó-Tapera.
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No que diz respeito a Alenquer, as decisões tomadas pelo Conselho do Governo presidido por José Joaquim Machado de Oliveira de 14 a 17 de maio de 1833 não se limitaram a abolir a denominação de Alenquer (que passou a chamar-se Surubiumirim e não Surubiú). Também a autonomia municipal de Alenquer foi cassada na mesma ocasião, com a supressão do seu predicamento de Vila, e o seu terriório foi anexado ao da Vila de Santarém (que passou a se chamar Tapajós). Só 15 anos mais tarde, pela Lei nº 140, de 23 de junho de 1848, assinada pelo presidente da Província Jerônymo Francisco Coelho, a denominação de Alenquer e a sua autonomia municipal foram restauradas. O curioso é que, em 1833, quando cassaram a autonomia de Alenquer, presidia a sua Câmara o cidadão Theodozio Constantino Baptista. Em 1848, ao ser restaurada a autonomia da vila, com os “limites do antigo seu antigo município”, o mesmo cidadão foi eleito para presidir a Câmara municipal.