Foto reprodução do Baú Mocorongo
por Vicente Malheiros da Fonseca (*)
Já em 1967, eu integrara a Comissão Julgadora do Festival de Música promovido pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do Pará, em Belém, presidida pelo Maestro Waldemar Henrique. No intervalo do Festival, apresentou-se o compositor Chico Buarque de Hollanda.
Em 1968, residente na “Casa da Juventude”, na capital paraense, participei ativamente da organização do “1º Festival da Música Popular da Amazônia”, realizado no Ginásio “Serra Freire”, ocasião em que também integrei a Comissão Julgadora desse certame musical, sob a Presidência do Maestro Waldemar Henrique.
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Em 1969, surgiu a ideia de um Festival em Santarém.
Em 1970, então, foi realizado o 1º Festival de Música Popular do Baixo-Amazonas, cuja Presidência da Comissão Organizadora tive a honra de exercer, por indicação de seus idealizadores e organizadores – uma plêiade de jovens idealistas –, dentre os quais tive a satisfação de integrar naqueles áureos tempos de juventude.
Residindo em Belém, como aluno do Curso de Direito da UFPA, fiz contatos com as autoridades governamentais, com a imprensa e musicistas da Capital do Estado.
Conseguimos apoio financeiro, publicidade e alguns integrantes do júri, dentre os quais o Maestro Waldemar Henrique, para a realização da etapa final do evento, realizada no Cinema Olímpia, de Santarém, com enorme sucesso e com a participação de numeroso público que lotou literalmente as dependências daquela casa (dezembro/1970).
Foi nessa ocasião que o Maestro Wilson Fonseca conheceu, pessoalmente, o Maestro Waldemar Henrique, que viajou para Santarém a fim de presidir a Comissão Julgadora do Festival.
Waldemar Henrique era, então, Diretor do Theatro da Paz, em Belém.
Foi também na mesma oportunidade que Waldemar Henrique convidou Wilson Fonseca para se apresentar no Theatro da Paz, que acabou evoluindo para a realização da histórica “Semana de Santarém” (outubro/1972).
Também integrei o Júri do Festival, ao lado dos Maestros Waldemar Henrique, Wilson Fonseca (Isoca) e Wilde Fonseca (Dororó), e outras personalidades.
O Tinho (José Agostinho da Fonseca Neto), meu irmão, ficou incumbido de preparar os principais arranjos das músicas do Festival, como integrante do Conjunto “Os Hippies”, dirigido pelo Odilson Matos.
A respeito do histórico e bem sucedido Festival existe farto material registrado, com ilustrações fotográficas, no livro Meu Baú Mocorongo (p. 749-777, volume 3), de Wilson Fonseca, impresso por RR Donnelley Moore (SP) e editado pelo Governo do Estado do Pará (Secretaria Especial de Promoção Social, Secretaria Executiva de Cultura e Secretaria Executiva de Educação), parte do Projeto Nossos Autores, coordenado pelo Sistema Estadual de Bibliotecas Escolares (SIEBE), lançado em Santarém (PA), em 17 de novembro de 2006.
Nessa mesma obra também está transcrita a entrevista que concedi à jornalista Lana, publicada em sua página literária denominada “Lana em Tom Maior”, na edição de 22/23 de março de 1970 do jornal “A Província do Pará” (Belém-PA).
Para quem quiser conhecer melhor esse inédito evento cultural – um dos mais importantes movimentos da arte musical no Baixo Amazonas –, eu recomendo a leitura desse material histórico. Lá se vão mais de 40 anos…
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* Santareno, é magistrado, compositor e professor universitário. Reside em Belém.
Não deu outra.
Aí está um verdadeiro presente de Natal, mais um belo artigo do Dr. Vicente sobre o Festival.
É só conferir:
https://www.jesocarneiro.com.br/memoria/1%C2%BA-festival-de-musica-popular-parte-ii.html#.TvdzEjW0y8A
Bom seria a edição de um CD com as músicas do Primeiro Festival com a finalidade de comemorar os 45 anos.
Eu procuro a letra da música “Corina” (salvo engano), e não encontro.
Eu Francisco José sousa de lemos vulgo Joe lemos Riker vencedor do primeiro festival do baixo amazonas com a musica Corina Cel 81919878
uma pena que os festivais de música tenham caido no esquecimento pela prefeitura de Santarém.
O artigo dá a dica necessárias sobre as Informações mais detalhadas a respeito do Festival. Estão lá no Baú Mocorongo, inclusive as páginas indicadas pelo dr. Vicente. Basta consultar essa obra, fartamente divulgada em Santarém e em Belém. Pelo que me lembro foram mais de 200 concorrentes. Para satisfazer a curiosidade de algumas pessoas pouco interessadas em correr atrás da pesquisa, talvez seja oportuno postar aqui no blog a síntese dessas informações. A família do mestre Isoca é orgulho dos santarenos.
Saudades, será que um dia verei novamente isto?
Waldemarzinho Penna na primeira fila. Que legal a foto, parabens Jeso e ao Vicente.
O egocentrismo do ilustre magistrado, que adora vangloriar os seus familiares e a si próprio, não informa os artistas participantes, as músicas concorrentes e muito menos os vencedores do festival. Humildade não faz mal a ninguém. Que coisa!