por Sávio Carneiro (*)
No Brasil, 2.797 pessoas morrem em acidentes de trabalho por ano. E um dos principais fatores da exposição dos trabalhadores a riscos que afetam sua segurança e saúde é a dificuldade que se tem de sensibilizá-los da importância do trabalho seguro.
Uma das estratégias utilizadas é lembrá-lo sempre da sua importância para a sua família. Mas também percebemos que mesmo um trabalhador com consciência da necessidade de cumprir todas as regras de segurança pode cometer desvios.
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Os fatores internos e externos da empresa afetam seu comportamento.
AÇÕES IMEDIATAS
Por isso, investigar a causa de todo e qualquer pequeno acidente ou incidente pode ser a chave para compreender o que leva o trabalhador a cometer desvios, e assim ser capaz de elaborar soluções simples e efetivas capazes de evitar acidentes graves no futuro.
Para isso, o profissional TST tem a responsabilidade de elaborar um plano de ação convincente, para analisar todos os fatores que envolvem a atividade dos trabalhadores, e não apenas as ações imediatas que levam ao acidente ou prejudicam a saúde.
Mais isso não será suficiente também se os setores econômicos como é o caso da construção civil que está entre os setores mais letais para a saúde dos trabalhadores adotem medidas de prevenção para combater esses altos índices de acidentes laborais no Brasil.
A falta de investimento nos órgãos de fiscalização também contribuem muito para o problema.
Pelos dados da RAIS (Relação Anual de Informações Públicas) o risco de um trabalhador morrer na construção civil é mais que o dobro da média. Isso é resultado de uma combinação de negligências das empresas que vai desde a alta rotatividade e chega ao ponto de colocar em risco a vida do empregado, ao colocar na obra, um profissional sem treinamento e nem equipamento de proteção. E é essa a nossa triste realidade.
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* Santareno, é técnico em Segurança do Trabalho. DRT: N°0032990/PA
Muito bom a observação, realmente a todo momento temos que defender a saúde dos trabalhadores .
Parabéns pelo artigo, sou um dos poucos TST em atividade há mais de 20 anos em Stm, trabalho com manejo florestal e sou professor de curso técnico. A falta de auditores fiscais e o maior problema da segurança no trabalho em nossa região.
Os fiscais,após o período probatório foram embora, nenhum fiscal quer trabalhar aqui em Santarém, a Gerência não tem estrutura nenhuma, só serve pra homologar rescisões. As empresas que cumprem as normas de segurança são as multinacionais e os grandes grupos com filiais em Stm, o resto é só fachada!