por Helvecio Santos
E o verbo se fez futebol e habitando entre nós, do LEÃO fez porta voz, academia azulina, leonina, noite e dia, incansável a ensinar, futebolística conjugação, jogar, ganhar, ser campeão.
Leia também do autor – O patrocínio útil.
Ser SÃO FRANCISCO não há que duvidar! É amar o AZUL e Gagárin revelou – “A Terra é AZUL” –, completamente, inteiramente AZUL e nada pode contra a verdade que o astronauta comprovou.
Sublime casta do nobre esporte bretão, sangue AZUL, em teia, artéria ou veia, destino coração, sem desmerecer o arco íris futebolístico que com ele porfia, sonhando em ser ele um dia.
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Ser SÃO FRANCISCO é ser Tapajós, Amazonas, Arapiuns, Ituqui, Maicá. É ser rio, lago, igarapé. É ser enchente ou vazante, bordejante, ser amado do jeito que a vida é.
É não temer o risco, vislumbrar o horizonte com orgulho na fronte, na certeza que a vitória é o presente, e que o futuro esperado, será o passado lembrado, coroado, festejado. É ser fundado, refundado, recriado, ressurgido, Fênix das cinzas renascido. É saber-se filho da glória e do triunfo, legítimo campeão, aqui e até onde pode de sentimento o coração.
Ser SÃO FRANCISCO é ser luz na escuridão, farol que dá a direção, é dormir, é sonhar, é sorrir, ser campeão. É deitar-se em berço de glórias sorvendo o doce prazer das conquistas alinhavadas, olhando o AZUL do céu onde nuvens bailam desenhando formas de enfeitiçar, de conquistar.
É das lágrimas fazer o riso, pois no riso e na lágrima está a essência de saber-se AZULINO, entre os fortes filhos do Norte escolhido pelo divino, nos quais não se explica porque tanta sorte.
Ser SÃO FRANCISCO é agir como cidadão, estender os braços ao abraço, bem forte o aperto de mão, olhar sempre com os olhos do coração. É respeitar o ancião, no auxílio do Asilo, o São Vicente de Paula, quando da sua construção. É consciência, cidadão partícipe da “Campanha dos Postes”, da primeira rede de iluminação.
É cidadão cristão, espiritual, da reconstrução da torre da Matriz, Senhora da Conceição, posta abaixo por um forte temporal. É cidadão cultural, dando asas aos sonhos da Casa “Cristo Rei”, do teatro, do tempo dos festivais, artesanato diverso, da vila, do lugarejo, do mais longe, do disperso.
Ser SÃO FRANCISCO é torcer como Caçula; vibrar como Félix leiteiro; como Alair, querido cunhado, incentivando, grudado no alambrado; como João, Avinte, irmão de criação que como roupeiro dava a mão; como Eduardo, nosso querido Roxinho, paixão que não se explica, que marca pela vida que vai, pela vida que fica. É ser Pedrinho do Ventania, ali onde o cais existia, gitinho de porte, vibrando a cada corte, franciscano até à morte.
Ser SÃO FRANCISCO é João Otaviano vivo em nossa memória, é Dídimo Manoel, nosso embaixador lá no céu. É Agostinho Coleta do Couto, dirigente diplomado nas lides do LEÃO adorado, é Francisco Coimbra Lobato, AZULINO desde o primeiro sal, desde a pia batismal. É Benedito Guimarães, que pelas letras de João Santos contou parte de nossa história, de inúmeros encantos, conquistas, um relicário de glória.
Ser SÃO FRANCISCO é ser Carne Seca, músculo, suor, paixão; é Batista Cecebuta que não fugia da luta; é Bigode, o José, valentia com a bola no pé; é Búfalo, Canguru, Beleza Preta, Gato Pepeu; é ser um rio ou um mar ou melhor, ser um Riomar.
Ser SÃO FRANCISCO é ser sentimento, ser gigante, agasalhado nos mínimos músculos de um pequeno grande homem, dignidade ambulante, Navarrinho, ilustre AZULINO, notório representante dos súditos fiéis da academia do manto AZUL e do melhor da bola nos pés.
É ser Pão Doce, doce alimento dos deuses do futebol; é Balão sem São João; é Belterra, Guajará, Arapixuna, ser gigante boiuna; é Bimba, é Binga, ter ginga; é Cabecinha, desfilando voleios, cabeceando, estufando redes, estufando peitos, rendendo-se ao belo, ao divino, é gol, é tento, futebol menino.
Ser SÃO FRANCISCO é ser forte, ser parte sentindo-se todo, AZUL, AZULINO, completo, ao modo feito divino! É primavera, é incenso perfumado, é ser cheia que emprenha os campos, futebol. É Maromba, proteção que faz brotar a plantação, é gol, é abrigo, é o manto do LEÃO, é título de campeão. É apascentar “outros animais” que sonham ser seus iguais. É estrela riscando o céu, é encantamento, encantaria, ser saudado pelo povo… gritaria!
Ser SÃO FRANCISCO é ser tatuado no manto, manto sagrado, AZUL, mais AZUL, valorado pelo suor derramado, AZUL da Santa, Senhora da Conceição, também manto abençoado que nos dá sua proteção.
Ser SÃO FRANCISCO é ser Liberalino Machado, primeiro inoculado por este vírus AZUL, azulão, azulado e mais Guilherme Colares, Rafael Santana e os irmãos Miguel, Adalgiso e Otávio Paixão, fundadores do LEÃO, mentes abençoadas que em 1929, atendendo ditames de Deus, fizeram felizes seus dias e também os dias meus. E o verbo se fez futebol e habitando entre nós, do LEÃO fez porta voz.
SER SÃO FRANCISCO é tudo isso! É ser filho da glória e do triunfo! É reinar no Amazonas, é reinar no Tapajós!
Os súditos? Todos nós!
P.S: dedico estes escritos àqueles que, como eu, pela graça de Deus, foram inoculados por esse vírus divino chamado SÃO FRANCISCO FUTEBOL CLUBE, glorioso LEÃO AZUL santareno, fundado em 30 de outubro de 1929.
Com base no livro do escritor João Santos, “História do São Francisco Futebol Clube”, nomeio os jogadores que na manhã de um domingo de dezembro daquele ano fizeram o prélio inaugural da “agremiação que viria a se constituir em lídima expressão do futebol santareno”.
Ao nomeá-los, homenageio também aqueles que os sucederam e, com suor, fizeram o AZUL mais AZUL do planeta: “o goleiro Raimundo Bacatela, os beques Zacarias e Antônio Pereira, a linha média formada por Faéco, Adalgiso e Dominguinho, e o ataque constituído de Liberalino, Guilherme, Otávio, Raimundo Matos e Tutu”.
Helvecio, filho da terra!
De tantas histórias maravilhosas que com o tempo também se desgastam… Parabéns pelo teu trabalho!
Vou me reportar à essa matéria de janeiro/2016, Ser São Francisco onde neste clube em 1949, um jovem conhecido como Pedroso fez seu primeiro gol, no segundo tempo do jogo contra a seleção de Óbidos. Ele fez parte do ano de glória do São Francisco junto com Taro, Cecebuta, Manoel Luiz, Búfalo, Romano, Zé Maria ou Pretinho, Baruca, Beleza Preta, Mindó e Vadinho.
Informações retiradas do livro “Histórias da minha vida” /2015, onde recebeu o carinho dentre tantos amigos, do recém falecido Ismaelino Santos, o Arara.
Seu Pedroso, meu pai, completa 90 anos no próximo 11 de março/2017!
Ser leão é ser filha do seu cunhado Alair e sobrinha do zagueirão Helvécio!Gostei muito,sei do seu amor pelo são Francisco e admiro muito esse amor! Vamos ser sempre LEÃO!!!Lindo essa declaração de amor pelo nosso LEÃO VALENTE DE GUERRA!!!
Parabéns
Respeitando os outros
Porém , Ser Sao Francisco
É estar sob o Azul do manto sagrado
Com conquistas, glórias e emoção
Não importar em qual gramado
O Leão é raça e Coração
Azulinos de Paixão
Gerações veem e não vão
Amam o maior, o Leão
O eterno Azul Campeão
……
Leaooooooooo
Ser São Francisco é se emocionar e recordar sempre.
Tenho certeza que meu avô, o velho Dídimo, alegra-se lá no céu com esta linda lembrança. Ele que em vida amava pra chorar e sorrir pelo seu Leão Azul.
Obrigada!!
Família Sousa
Helvecio Santos !
SER SÃO FRANCISCO é ser filho da glória e do triunfo! PERFEITO, PERFEITO…PERFEITO
Só acrescentaria no texto que : Tú foste o Pelé da Zaga do Todo Poderoso Leão barçazul, na minha opinião.