Saiba qual o papel na organização criminosa do empresário preso em Alenquer por tráfico

Publicado em por em Alenquer, Pará, Segurança Pública

Saiba qual o papel na organização criminosa do empresário preso em Alenquer por tráfico
Fabrício Macedo: conexão com o gerente de tráfico de Joaninha. Foto: Reprodução

Preso em Alenquer (PA) no ínicio da semana (terça-feira, 26), em megaoperação nacional, o empresário Fabrício Macedo, 46 anos, de Alenquer (PA), mantinha vínculos direto com Daniel Ramon Negreiros Muniz, identificado como um dos líderes da organização criminosa alvo da Ladybug, como a ação policial foi batizada.

Em janeiro de 2022, Daniel Ramon foi preso por posse de drogas e envolvimento com tráfico. Voltou a ser preso nesta terça-feira. Ele, segundo investigações da Polícia Civil de Pernambuco, atuava como uma espécie de “gerente” do tráfico de Jonathan de Santana Silva, o Joaninha.

Joaninha é destacado por sua posição de liderança dentro dessa estrutura criminosa e por estar foragido do sistema prisional de Pernambuco desde o ano de 2019.

A análise do sigilo bancário e fiscal de Daniel Ramon revelou uma movimentação financeira significativa, quase R$ 1,3 milhão em suas contas bancárias durante o período investigado, o que seria incompatível com sua renda e atividades declaradas.

Nessa análise, descobriu-se a conexão entre Fabrício Machado de Macedo e Daniel Ramon.

Transações financeiras

A relação entre Fabrício e Daniel, ainda segundo a polícia, é evidenciada pelas transações financeiras. Fabrício recebia dinheiro de Daniel Ramon e outros pernambucanos integrantes da organização criminosa.

Esse dinheiro era, em sua quase totalidade, encaminhado por Macedo, de Alenquer, para Nathalia Zanuto, que mora em Rondônia, área fronteiriça do Brasil com a Bolívia.

Isso indicaria que Fabrício atuava como intermediário, facilitando o fluxo de dinheiro oriundo das atividades criminosas de Daniel Ramon e seus associados para outros membros da rede, possivelmente para o financiamento do comércio ilegal de drogas na fronteira do Brasil.

Ponto de partida

As investigações sobre o esquema da organização criminosa comandada por Joaninha começaram em 2022, quando das prisões de Robson de Oliveira Silva, Jeremias Albuquerque Ribeiro, William Santiago da Silva Santos e Elcio Henrique Ferreira Maciel, integrantes da quadrilha. Eles foram presos na cidade de Paulista (PE).

Foram presos em flagrante delito por crimes de tráfico, associação para o tráfico e posse ilegal de armas. Durante a operação, a polícia apreendeu 4 revólveres e uma grande quantidade de drogas, indicando participação ativa dos acusados em atividades criminosas relacionadas ao tráfico de drogas e ao porte ilegal de armas.

O serviço de Fabrício dentro da organização criminosa:

💸 Recepção de transações: Fabrício Machado de Macedo recebeu transações financeiras de Daniel Ramon e outros indivíduos de Pernambuco. Essas transações são indicativas de seu papel como intermediário nas negociações ilícitas dentro da organização criminosa.

💸 Encaminhamento de dinheiro: O dinheiro recebido por Fabrício foi quase totalmente encaminhado para Nathalia Zanuto, residende na cidade de São Francisco do Guaporé (RO), na fronteira do Brasil com a Bolívia. Isso sugere, segundo a polícia, que Fabrício atuava como um elo entre os fornecedores de dinheiro (possivelmente oriundo de atividades criminosas) e os destinatários finais, possivelmente para fins de lavagem de dinheiro ou financiamento de outras atividades ilícitas.

Leia também sobre esse caso: iPhone de empresário preso por tráfico e lavagem de dinheiro será remetido para PE.

E ainda: Quem é Fabrício Macedo, empresário preso na operação nacional Ladybug, em Alenquer.

— O JC também está no Telegram. E temos ainda canal do WhatsAPP. Siga-nos e leia notícias, veja vídeos e muito mais.


Publicado por:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *