“Biólogos foram expostos como animais”

Publicado em por em Comentários, Oeste do Pará, povos indígenas

Do leitor que se assina João, sobre o post Biólogos ainda mantidos presos por índios:

Jeso,

É ato de selvajaria. Os biólogos foram trazidos amarrados para a cidade [Jacareacanga] e foram mostrados nas ruas igual a animais. E voltaram para a aldeia amarrados, e retornaram novamente amarrados e de novo foram expostos que nem animais.

Qualquer dia a população vai se rebelar e se armar contra esses desmandos de pessoas que invocam a condição de índio para descumprir a lei.

Até hoje a justiça não encontrou as três armas que levaram do destacamento da PM.


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7 Responses to “Biólogos foram expostos como animais”

  • Jeso,

    Não concordo com certas opiniões, principalmente do João, que não conhecem a realidade daqui de Jacareacanga ou conhece e tem outros interesses por trás. Antes de qualquer opinião, venham aqui e visitar as aldeias,a situação que os munduduku estão vivendo, é uma penúria, ainda existem pessoas que chegam aqui, por que acham que está sob a proteção do governo federal, podem fazer o que quiser. Entram nas aldeias com um carteira com o brasão do governo federal e enganam os índios, dizendo que são federais e fazem o que bem quer, como disse o reclamão, eles são blindado sim pela constituição e a culpa não é deles e sim nossa e de nossos políticos.

    Se os biólogos foram amarrados, é forma de garantia que os índios tem de poder defender o que é seus e o governo está tentando meter goela abaixo sem ouvir os principais que serão atingidos pela barragens.

    Todos foram liberados ontem a noite depois de uma reunião na praça da cidade. Agora governo federal, cumpra que seus emissários prometeram, senão as coisas podem se agravar.

    Venham conhecer a realidade daqui da região, tenho certeza que irão mudar de opinião.

    1. Eu moro na cidade e é de consenso geral que essa última ação dos índios não pode ser considerada como manifestação justa de reivindicação. Onde está permitido na lei que você amarre pessoas e as exponha em vias públicas? Se isso é reivindicação que façam sem violar a integridade física das pessoas. Eu acho que o senhor não é morador daqui e sim um visitante, que passa uns dias e se diz conhecedor da realidade local. Ninguém na cidade é contra os índios, mas somos contra esse ato de barbaridade, pois se for assim, aceitar que se amarrem as pessoas e desfilem com elas que nem animais, daqui a pouco os índios vão pegar as armas da polícia militar, que não devolveram, por ocasião da destruição do destacamento e apontar aos moradores na reivindicação do que entenderem por direito! Isso está certo? Reivindicar sim, mas não cometendo crimes. Esse é o sentimento da população local, que presenciou desde sexta feita até o domingo pessoas amarradas, conduzidas por índios, em plena área urbana. Jeso, procure ouvi o prefeito, presidente da câmara e o advogado que mora no município, que você dimensionará nossa revolta. Até sessão teve na Câmara de Vereadores e esse ato índigena foi desaprovado.

    2. Os índios dizem que querem continuar a viver de acordo com suas tradições, como fizeram seus ancestrais; isso significa que viver como seus ancestrais é bom para os índios, então eles vivem bem porque vivem como seus ancestrais.
      Os índios dizem que os grandes projetos do governo atrapalham sua vida e impedem que eles vivam como seus ancestrais, o que significa que estão vivendo bem, mas passarão a viver mal, por isso são contra as hidrelétricas, por exemplo.
      Mas se eles dizem que estão na penúria, alguma coisa está errada, pois eles deveriam estar vivendo bem, já que vivem como querem. Se as hidrelétricas ainda não existem e não mudaram o meio ambiente deles, por que eles estão vivendo na penúria?
      Alguém pode explicar isso?

  • Os índios são blindados pela Constituição. Eles tem suas razões e imagino que a principal é VIVER EM PAZ, Portanto, deixem os índios em PAZ.
    João, não existe parto sem dor.

  • Jeso, os biólogos continuam que nem animais, permanecem amarrados, no coreto da praça, com indios armados com flecha envolta.

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