Livro sobre o Marques de Pombal

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O post Marques de Pombal: 230 anos de sua morte suscitou o comentário a seguir, do professor universitário Paulo Lima:

Excelente lembrança Padre Sidney,

Para quem quiser se aventurar na pesquisa sobre o Marques de Pombal recomendo a leitura de “A Época Pombalina”, do Prof. Francisco Falcon. A obra está esgotada, só se encontra em sebos. Mas achei um na Estante Virtual, minha referência de compra de livros esgotados via internet.

https://www.estantevirtual.com.br/sebolinhapaulista/Francisco-Jose-Calazans-Falcon-A-epoca-Pombalina-Politica-Economica-e-37479518

Cabe lembrar que o Marques de Pombal enviou para cá seu irmão para “tomar posse” efetivamente da Amazônia. E o irmão dele é o Mendonça Furtado que dá nome a uma das ruas mais importantes de Santarém.

Abraços ao nosso presidente do IHGTap e para todos que se interessam por história.

Paulo Lima


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7 Responses to Livro sobre o Marques de Pombal

  • O trecho “o Marques de Pombal enviou para cá seu irmão para “tomar posse” do texto acima, me faz lembrar de um certo compositor que compôs uma música intitulada “Uma flecha à Portugal”. Quando perguntei ao mesmo o porquê do nome da canção, esse me respondeu enfaticamente: é que os portugueses vieram para cá para nos explorar! – Francamente, apesar da cor morena, branca, negra, amarela… somos todos descendentes daqueles portugueses. Nossa língua, nossas vestimentas, a maior parte de nossa comida, nossa cultura etc são consequências deles. Temos uma porcentagem genética que os designam como nossos avós (generalizando). Portanto, nem eu, nem você estávamos aqui para ser explorados e Francisco Xavier De Mendonça Furtado legou ao Estado do Grão Pará e Maranhão, além dos nomes de muitas cidades, a civilidade da qual fazemos parte. Com certeza, todos que acessam este blog não andam nus pelas ruas, comem com talheres, não falam as línguas dos Tupis ou Guaranis e muito menos são abaporus (antropófagos).

    1. Prezado Prof. Mendonça,

      Me permita comentar que, embora a lógica de seu comentário seja correta, a construção dele pode levar a uma visão com a qual não posso compartilhar. A contribuição da cultura européia é sem dúvida importante contudo, não foi sem violência, a custa da escravização de milhões de seres humanos africanos, do genocídio dos nossos antepassados originários da região, os indígenas, que sai a mescla civilizatória brasileira.

      O fato de hoje falarmos majoritariamente português não é algo a se comemorar. Teríamos uma cultura muito mais rica se nosso processo histórico fosse mais integrador, mais de encontro entre culturas como alguns teóricos ainda insistem que foi. Mas não é esse o caso. Não falamos línguas originárias do desse continente porque nos foi proibido, por imposição e violência. Somos ligados à religiões de origem européia igualmente por essas imposições. A colonização portuguesa foi brutal e visava a exploração de nossos recursos naturais, nada mais que isso.

      Por fim queria discordar de qualquer comentário acerca de hábitos e uma escala de valores culturais em relação à eles. A antropologia já nos ensinou, e faz muito tempo, que precisamos aprender com as tradições de outras culturas e não olhá-las com preconceito e discriminação. Nunca vi algum indígena tratar o fato de comer talheres como algo menor ou mais civilizado. Pelo contrário, temos é muito que aprender com a cultura indígena, que, na nossa região é muito mais evidente do que em outras partes do país.

      Saudações,

      Paulo Lima

      1. Gostei! Mas, não tentei de forma alguma diminuir o fator indígena, apenas ressaltar que nossas características em muito diferem das deles, tendenciando à portuguesa. Nunca, jamais eu poderia falar algo contrário a uma parte de minhas origens, que com certeza têm elementos índios também. Quanto a “nos foi proibido” ou “nossos recursos naturais”, reafirmo: nós éramos eles, não estávamos lá. Seguindo a exposição, estaríamos hoje exigindo retratações dos romanos. Leia-se “Brasil 500 anos, uma nova dialética”, de Carlos Lisboa De Mendonça. Saudações!

      2. Maravilhosa discussão Paulo! Coloco mais pimenta e acrescento que o Brasil não foi colonizado mas sim, invadido pelos portugueses. Aqui havia uma sociedade constituída e poderes idem. Aí eu pergunto: se os naturais da terra do pau brasil tivessem recursos náuticos para atravessar o Atlântico, eles poderiam fincar um tacape num monte qualquer em Portugal ( ou Porto Calle) e declarar aquela terra propriedade do chefe tribal patrocinador da expedição e escravizar os habitantes? E seus descendentes viverem às custas dessas terras até hoje? Guardadas as proporções, ouso afirmar que o que Portugal fez com o Brasil foi o mesmo que os EUA fizeram com o Iraque, concordas? Alegro-me também pois o bravo AZULINO Elbio Pedroso finalmente resolveu vir à tona e nos mostrar um pouco de sua cultura. E já que ele tem mais de um exemplar, meu endereço é: Rua da Quitanda, 30/703-Centro – Rio de Janeiro/RJ-Cep:20011-030 – SAUDAÇÕES AZULINAS,

  • Paulo Lima

    Tenho mais de um exemplar deste livro, manda o endereço que lhe enviarei.

    Conheco e muito bem a Historia do Marques de Pombal.

    Estive 5anos da minha vida no Continente Africano ( Angola, Mocambique, Congo e Africa do Sul) e na capital AFRICANA chamada LISBOA e outros paises a Trabalho.

    Do “”Verga mais não quebro””” / Borracha Forte.

    1. Salve Elbio,

      Muito obrigado! Lisboa e o Rocío são realmente africanas. Você devia escrever sobre essas suas impressões de viagem. Compreender a África e sua relação com o antigo colonizador explica muito da história do Brasil contemporâneo. O endereço é:

      A/C Paulo Lima
      Av. Mendonça Furtado, 3979,
      Liberdade, Santarém, Pará
      68.040 – 050

      Eu li um da biblioteca da Universidade assim que saiu mas é uma obra indispensável e muito oportuna de reler.

      Abraços,

      Paulo Lima

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