A Nova Universidade Federal e o Desenvolvimento do Oeste do Pará. Esse é o tema da primeira aula magna da UFOPA (Universidade Federal do Oeste do Pará), a ser proferida amanhã (22) pelo reitor da instituição, José Seixas Lourenço (foto), na Casa de Cultura Historiador João Santos.
Com aula, a 1ª universidade federal do interior da Amazônia iniciará oficialmente o ano acadêmico.
Na ocasião, serão ainda apresentados aos novos acadêmicos a estrutura e funcionamento da UFOPA, bem como o corpo administrativo e docente da institução, criada no ano passado.
Serão entregues ainda os certificados aos calouros que foram aprovados nas primeiras colocações dos cursos ofertados – Direito, Sistemas de Informação, Engenharia Florestal, Geografia, Matemática, Letras, Biologia, Pedagogia e Física Ambiental.
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O evento inicia às 19h.
O discurso direito na UFOPA
Na segunda-feira (22/03) podemos considerar que iniciaram de fato as atividades acadêmicas na mais “nova-velha” universidade do oeste do Pará, a UFOPA, com direito à Aula Magna (nessa o “Reitor” estava presente).
Não é de hoje que a Comissão Popular, movimento social crítico ao modelo dessa universidade, vinha alertando o processo conturbado que a comunidade acadêmica passaria e/ou permaneceria. Contudo, não era necessário ser Profeta ou Advinha para acertar na previsão, bastava olhar no comando interno e externo que se formara e o processo de implantação dessa universidade.
Agora a Caixa de Pandora foi aberta e todos os males vieram à tona pelos quatro, cinco, seis… cantos do Campus:
Eu liguei para faculdade solicitando informações se haveria estacionamento aqui; não souberam me dizer. Na verdade nunca sabem de nada.
Licença! Vocês sabem onde é a Sala de Pedagogia? – Acho que é pra lá.
Menina eu tirei até minha aliança pra chegar aqui. Deus me livre! – E eu estava morta de medo que meu carro quebrasse nesse escuro.
Pode um absurdo desse: um prato de vatapá, três reais? Vão roubar os presos! – E a cópia que já é dez centavos.
Pessoal, quando vocês forem me avisem, tá? Não quero andar só por aqui.
Égua! A parada de ônibus é longe pra caramba.
Vocês estão é com sorte que aqui não tinha nem bebedouro.
Ah! Não tô nem aí, eu tenho carro mesmo.
Gente, não tem ninguém pra dar uma informação aqui? – Diga, senhora! – É que eu queria saber onde é a Sala de Letras. – Fale com aqueles guardas, eles têm telefone e rádio, qualquer coisa eles entram em contato com o Campus I.
Até aqui a central de ar tá quebrada. Vá porra!
Agora ficou melhor pra ti, ficou mais perto da tua casa. – Não me preocupo com meu bem estar, prefiro que a universidade seja lá na Avenida Fernando Guilhon.
Só esses três policiais? – Eu tenho mais medo desses do que dos “gangueiros”.
Rapaz aqui dá de rolar um reggae bacana.
E por que ninguém avisou a gente que já éramos UFOPA? (risos)
Chegamos ao cúmulo já no início, diante das acusações e “apedrejamento” de faculdade pra faculdade; acadêmicos pra acadêmicos: – Essa turma pegou a nossa sala! E ainda não perceberam que há um inimigo comum: a casta dos que planejaram sem democracia essa universidade e agora assistem as consequências de camarote.
Já inauguraram as assembléias-ouvidorias. Os autores foram os acadêmicos de Física “Ambiental”, porém estavam reclamando apenas do espaço para sua faculdade e seus laboratórios (nessa o “Reitor” estava ausente).
– E quando a Letras precisar reivindicar vocês irão ajudá-los?
Será que haverá um movimento estudantil coletivo de fato, deixando de lado as demandas individuais? Será que sempre haverá a subserviência das faculdades à “Reitoria”? Será a vez dos universitários grevarem? Chegou o momento do estudante não vir apenas estudar, mas ser Estudante.
– Mas parece que esses alunos são acadêmicos masoquistas: sentem prazer sofrendo na universidade.
Laurimarcio Figueira
(Acadêmico de Direito)
Realmente, a Universidade está um caos!
Todo dia é dia de novidades!os alunos ñ tem informações corretas, cada dia as informações são diferentes, ninguém sabe quem é quem as coisas mudam sem que a comunidade academica saiba quais decisões foram tomadas.
Um dia vamos ficar no campus da Marechal no outro dia tds irão para o campus II, os coordenadores de programa não sabem a quem recorrer uma vez que os pro-reitores vivem em uma eterna briga de egos. Em fim a nova universidade chegou caduca, nada mudou as coisas estão piores. Porém o alto escalão quer passar para a sociedade a informação de aqui as coisas correm muito bem obrigada!
Espero que como o começo do ano letivo, o prof. José Seixas fixe residência em Santarém, é um absurdo que o Reitor da UFOPA more em Brasília, pois da Asa Norte ( onde ele mora) , não dá para acompanhar o caos que está a Universidade nesse momento de transição.