A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) anunciou nesta quinta-feira (10) que as universidades federais perderão R$ 220 milhões do orçamento discriminado. A informação foi repassada à entidade pelo MEC (Ministério da Educação).
“O MEC informou que metade dos 7,2% ainda bloqueados, o equivalente à 3,2% do orçamento discricionário, será remanejada para outros órgãos para pagamento de despesas obrigatórias, representando uma perda de mais de R$ 220 milhões em nossos orçamentos”, disse a Andifes.
Na Ufopa (Universidade Federal do Oeste do Pará), com sede em Santarém (PA), esse bloqueio chegou a R$ 6.036.311,00, “o que impacta diretamente os serviços de fornecimento de energia, limpeza, vigilância, segurança e demais contratos”, diz em nota a reitora Aldenize Ruela Xavier.
“O bloqueio orçamentário imposto pelo Governo Federal [gestão Jair Bolsonaro] é extremamente preocupante e, se não for revertido, causará a interrupção de serviços essenciais para a Ufopa a partir de outubro”, acrescenta.
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Presidente da Andifes, o reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Marcus Vinicius David, afirmou também em nota que essa retirada aprofunda a crise nas instituições.
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“A situação que já era bastante preocupante, agora se torna insustentável. A Andifes trabalha para a reversão total do bloqueio, e vai agora redobrar esforços para obter a recomposição do valor cortado e o desbloqueio do valor ainda bloqueado, sem os quais fica inviável para as universidades manterem seus compromissos e atividades neste ano”, afirmou David.
O ministro da Educação, Victor Godoy Veiga, informou na noite da última sexta-feira que o bloqueio do orçamento na pasta, definido pelo governo há duas semanas, havia sido cortado pela metade. Com isso, o índice de 14,5% tinha caído para 7,2%.
Agora, metade desses 7,2% foi repassado, segundo a Andifes, para outros órgãos, destinando ao pagamento de despesas obrigatórias. Com isso, não há mais a possibilidade de as universidades federais terem esses R$ 220 milhões liberados novamente.
Verba fundamental
O orçamento discriminado é aquele na qual o governo federal consegue cortar porque não são gastos obrigatórios — como salários e aposentadorias.
No entanto, essa verba é fundamental para o funcionamento das universidades. É com ela que se paga contas de água, luz, segurança e manutenção, além de investimentos em pesquisa, bolsas e auxílios a estudantes carentes.
Com informações de O Globo e redação do JC
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Com a palavra a Reitora da Ufopa, bolsonarista que apoia esse desgoverno. Até a pequena verba pra custear o bandejao dos alunos e funcionários das universidades, esse desgoverno cortou pra menos de 1 real. Hoje as universidades federais sobrevivem com menos da metade da verba a elas destinada em 2015.
Educação, saúde, emprego não é prioridade pro “minto”. Mas tem muita gente que acha que faz um bom governo. 3 milhões mensalmente com cartão corporativo da presidência, e com sigilo de 100 anos pra ninguém saber como foi gasto. Podem fazer arminha.
Pela net é que se ver . Sindicato docente entrando em greve e outro achando que foi pouco e apoia reeleição . Discente não achando bom e uma grande maioria que deveria era ser mais e apoia reeleição.
Parabéns a todos que colocaram esse governo no controle. Bolsonaro sempre demostrou as suas intenções, mesmo assim os Ricos-pobres ou pobre-ricos votaram nele. Um dos principais pilares de um país é a educação, sem educação não tem desenvolvimento em nada. Vai lá e vota de novo nesse lixo de presidente.