Condenado foragido da Perfuga vira réu em nova ação penal ajuizada pelo Ministério Público

Publicado em por em Justiça, Política, Santarém

Condenado foragido da Perfuga vira réu em nova ação penal ajuizada pelo Ministério Público
Sede do MPPA em Santarém: ação penal protocolada pelo promotor Diego Belchior Santana. Foto: JC

Westerley Jesus de Oliveira, 53 anos, virou réu mais uma vez em ação penal ajuizada pelo Ministério Público do Pará (MPPA), por envolvimento na Perfuga. Foragido desde 2019, o empresário já foi condenado 3 vezes, e soma quase 30 anos de prisão por envolvimento no esquema criminoso contra os cofres públicos, através da Câmara de Vereadores de Santarém (PA), nos anos de 2015 e 2016.

A decisão que tornou Westerley réu foi assinada nesta segunda-feira (17) pelo juiz Rômulo Nogueira de Brito, da 2ª Vara Penal de Santarém.

“Recebo a denúncia oferecida pelo Representante do Ministério Público, por preencher os requisitos exigidos pelo artigo 41 do Código de Processo Penal, e não incidir qualquer das hipóteses de rejeição previstas no art. 395, do mesmo diploma legal”, justificou o magistrado.

O empresário condenado irá responder pela prática de 3 crimes:

∎ Direcionamento e fraude à licitação;
∎ Corrupção ativa e
∎ Associação criminosa.

De acordo com a denúncia do MP, Westerley teria fraudado, corrompendo servidores da Câmara de Vereadores, licitações, alterou quantidade e qualidade de mercadorias fornecidas à Casa e teria pago propina para que certames licitatórios fossem direcionados à suas empresas – Viva Comercial e Serviços, Jay Comércio e Serviços, entre outras, em nome de laranjas e de fachada.

Crime em série: Prisão de foragido da Perfuga pode implodir a reeleição do prefeito de Belterra.

Cinco pessoas envolvidas no esquema, entre os quais servidores públicos da Câmara, em delação premiada, detalharam todo o modus operandi da quadrilha.

O promotor de Justiça Diego Belchior Santana, que assinou a ação penal, pediu a condenação de Westerley pelos 3 crimes, além de pagamento de cerca de R$ 50 mil, a ser atualizado, correspondente aos valores que o empresário ganhou com a assinatura de 2 contratos de prestação de serviços para Câmara no ano de 2016.

Em Belterra

Westerley Oliveira também é acusado colocar em prática esse esquema criminoso em Belterra, na gestão do ex-prefeito Doutor Macedo, anos 2017 e 2018.

A rapinagem aos cofres públicos belterrense foi revelada em delação premiada feita pelo próprio empresário ao MPPA. Pouco tempo depois ele fugiu – e até hoje não foi localizado pela polícia.

Dr. Macedo e a ex-primeira-dama de Belterra, advogada Edna Silva, são 2 dos quase 20 investigados (pessoas física e jurídica) por suposto envolvimento no esquema criminoso.

Leia a íntegra da decisão do juiz Rômulo Nogueira de Brito.

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